Capítulo 26: A Sinfonia da Noite Eterna e o Primeiro Verso da Carnificina

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Data de publicação: 23/08/2024
Palavras: 7.399

- A noite traz consigo uma sinfonia macabra, tecida com as notas do medo e do silêncio

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- A noite traz consigo uma sinfonia macabra, tecida com as notas do medo e do silêncio. Cada sombra que dança na escuridão parece antecipar o inevitável, um prelúdio sombrio ao que está por vir. Re, de pé no centro de um campo enegrecido, sentia o peso da noite sobre seus ombros. O vento frio sussurrava segredos esquecidos, carregando o aroma metálico do sangue que em breve tingiria o solo. O silêncio, quebrado apenas pelo som distante de passos, anunciava a chegada de algo inevitável.

Seu coração, geralmente indomável, agora pulsava em um ritmo diferente, como se estivesse em sintonia com a escuridão ao seu redor. Ele podia sentir a aproximação dos inimigos, como predadores à espreita. Os olhos de Re percorreram o horizonte, onde as estrelas pareciam piscar de maneira sinistra, como testemunhas silenciosas do que estava para acontecer.

O tempo parecia desacelerar, cada segundo se estendendo em uma eternidade enquanto ele aguardava o primeiro movimento. E então, veio. O som de lâminas sendo desembainhadas, o reluzir do aço sob a luz pálida da lua, e o primeiro grito, um lamento que ecoou pela noite, anunciando o início da carnificina.

Com um suspiro pesado, Re estendeu a mão, e uma lâmina prateada apareceu, pulsando com uma energia antiga e implacável. Seus olhos se fixaram nos adversários que emergiam da escuridão, figuras indistintas, mas carregadas de intenções mortais. Ele sabia que não haveria clemência, não naquela noite. A sinfonia que estava para ser tocada seria uma melodia de dor e destruição, e ele, o maestro.

- Vocês escolheram esta noite para o seu fim - murmurou, sua voz reverberando com uma autoridade fria, enquanto a primeira gota de sangue manchava o solo, o primeiro verso de uma canção que ecoaria para sempre nas profundezas de suas lembranças

O campo, antes pacífico, agora era um palco onde o drama da existência se desenrolava, um espetáculo cruel, mas inevitável. E enquanto Re avançava, cada golpe seu era uma nota na sinfonia da noite eterna, uma composição onde cada morte acrescentava uma nova camada ao crescendo da destruição. A carnificina havia começado, e não haveria trégua até que o último acorde fosse tocado.

Para entender melhor a situação, precisamos voltar no tempo.

Quando o Império de Partum estava livre das ameaças que rondavam Reuel Ashford-Valet, MORS, com relutância, permitiu que ele retornasse ao seu país. Porém, algo havia mudado em Reuel. Quando MORS abriu o portal, os olhos de Reuel encontraram os dele com uma frieza tão penetrante que fez MORS tremer de medo. A presença de Reuel naquele momento era um presságio do que estava por vir. A quantidade de almas que seriam ceifadas naquela noite era suficiente para assustar até o mais corajoso dos seres.

Reuel atravessou o portal com seus olhos brilhando em um verde esmeralda intenso, carregados de uma fúria contida. O ar ao seu redor parecia vibrar com a tensão, e sua raiva era palpável. Ele surgiu no quarto de sua irmã, o mesmo local em que estivera pela última vez. Olhou ao redor, seus olhos percorrendo o ambiente vazio, e suspirou profundamente. O silêncio era perturbador. Sua mente estava a mil, buscando um plano, uma estratégia, mas nada vinha.

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