Capítulo 15: A busca pelas relíquias perdidas

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Data de publicação: 23/03/2024
Palavras: 10.015

O que o tempo tem a esconder de um imortal? O que um nome tem a oferecer se nunca foi dito? O tempo esconde tantas coisas de nós, até para seres imortais; o tempo é sagaz

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O que o tempo tem a esconder de um imortal? O que um nome tem a oferecer se nunca foi dito? O tempo esconde tantas coisas de nós, até para seres imortais; o tempo é sagaz. Não brinque com o tempo, flua como água em um rio. Se é imortal, você precisa aproveitar o tempo da melhor forma possível: estude, treine, adquira conhecimento, seja extraordinário. Foi o que ele fez. Mas quem é ele? Em seu tempo, ele era chamado assim: 'Ele'. As pessoas não conheciam seu nome, mas quando o conheciam, só lembravam quando estavam com ele. Depois que se afastavam dele, as pessoas esqueciam que ele existia. O nome dele tinha um poder semelhante ao da vampira ancestral Crystalis; apenas a pronúncia desse nome causava medo: Crystalis. Mas quem é esse homem? Qual é o seu nome? Mortheus.

Após o retorno de Cytriano, Kingi e Crystalis com seus dois novos serviçais ao palácio, depararam-se com a presença do imperador, cuja expressão séria denota curiosidade e certa tensão. Ele questionou os três sobre o que havia acontecido, mas uma aura de raiva envolvia-os, exceto Kingi, que mantinha a compostura.

O imperador insistiu, pressionando por respostas, até que Kingi, com sua calma peculiar, ofereceu-se para esclarecer os eventos. O imperador, atento, solicitou uma explicação completa. Após alguns minutos, Kingi terminou de narrar os eventos para o imperador, enquanto Cytriano escapou despercebido. Crystalis permaneceu em silêncio, absorta em seus próprios pensamentos, especialmente sobre a voz misteriosa que ouvira anteriormente.

Curioso, o imperador indagou a Crystalis sobre a identidade de seus novos acompanhantes. Ela respondeu que Eldzay, o vampiro, e Fenyr, o lobisomem, agora eram seus serviçais. Reconhecendo os nomes de uma antiga história, o imperador recordou-se de dois guerreiros que haviam mudado o curso de uma guerra passada, embora a história fosse escassa em detalhes relevantes.

Dirigindo-se a Fenyr em um idioma muito antigo, já esquecido, o imperador provocou:

-"Glaysoiarom del Poulddir?"

Crystalis reconheceu o idioma e compreendeu o que o imperador estava tentando fazer, preparando-se para o desafio iminente. Fenyr, indignado com a provocação, partiu para o ataque, seus movimentos rápidos e brutais. Crystalis, pronta para intervir, foi detida pelo imperador, que ordenou que não interferisse. Evitando os ataques de Fenyr com habilidade, o imperador analisava seu adversário, determinando sua identidade. Em um momento de deslize, Fenyr rasgou as vestes do imperador, desencadeando a fúria da misteriosa mi ryate. Com uma velocidade surpreendente, ela segurou a cabeça de Fenyr com força e o lançou ao chão, deixando-o ferido e apavorado. Com um grito repleto de raiva e indignação, dirigiu-se ao lobisomem:

— O que você pensa que está fazendo, atacando o imperador? E, ainda pior, rasgando suas vestes! Você não faz ideia da qualidade deste tecido, desta veste. Ela vale mais do que você, seu cão sarnento! Tem sorte de o ministro Cytriano não estar presente para testemunhar sua insolência.

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