Capítulo 27: Entre sombras e poder - caminhos cruzados?

2 0 0
                                    

Data de publicação: 07/09/2024
Palavras: 12.788

Sob uma lua pálida, refletindo a virtude mais bela e desejada por todos, surge a pergunta: o que sou eu? Os pobres me possuem, os ricos anseiam por mim

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Sob uma lua pálida, refletindo a virtude mais bela e desejada por todos, surge a pergunta: o que sou eu? Os pobres me possuem, os ricos anseiam por mim. Sou o amor? Ou talvez compaixão e riqueza? — Os humanos, afinal, são sempre tão gananciosos.

Estou presente em todos os lugares, exceto em você. Sou o anseio dos deuses e o ideal inatingível dos impuros. O que sou eu? — Sou a perfeição. Embora esteja em todos os lugares, em você não resido. Sou o anseio dos Deuses e a visão inalcançável dos impuros.

Minha morada está nos olhos vermelhos, e no calor do momento, faço minha chegada. Tenho muitos nomes, mas sempre me chamam de...? — Sempre me chamam de ira. Nos olhos vermelhos é onde habito, e no calor do momento, é quando apareço.

Em mentes fracas, eu me quebro; em corpos fortes, eu me dilacero. Meu poder corrói até os espíritos mais fortes. O que sou? — Eu sou a dúvida. Em mentes fracas, eu entro e me quebro, e em corpos fortes, dilacera. Meu poder corroi até os espíritos mais robustos.

— Já me escondi por tempo demais —  murmurou para si mesmo, a voz carregada de um tom sombrio e decidido. — Eu dizia a mim mesmo que não era necessário recorrer a tanta violência. O meu âmago já é cruel o suficiente para realizar tudo o que planejo. Mas ele é fraco quando se trata de tomar decisões! — A frustração crescia, sua expressão contorcida em uma mistura de raiva e desdém. Seus olhos, antes apenas frios e calculistas, agora brilhavam com uma intensidade ameaçadora, como se as chamas de sua fúria estivessem prestes a consumir tudo ao seu redor.

— Eu me enfureço quando ele hesita, quando fica atolado em seus pensamentos intermináveis. Já é hora de assumir o controle da situação. Esses vermes precisam sentir o verdadeiro medo que somos capazes de causar. — Seu tom era cortante, impregnado com a promessa de um terror implacável. Ele avançou para frente, seus movimentos eram como o rosnado de um predador pronto para atacar.

As sombras ao seu redor se estendiam e se contorciam, refletindo a turbulência interna. O ar parecia pesado, quase palpável, carregado com a tensão crescente que emanava dele. Cada palavra proferida era uma ameaça silenciosa, e seu olhar fixo no horizonte era um prenúncio sombrio das atrocidades que estavam por vir.

— Agora — ele disse com uma voz que soava como um sussurro carregado de gelo — é o momento de mostrar a eles a verdadeira face do medo.

A noite estava fria, trazendo consigo um caos inquietante que se espalhava pela capital Scientia de Partum. O vento soprava com fúria, invadindo os corredores do palácio através das janelas quebradas, fazendo as cortinas rasgadas balançarem como sombras vivas. O assobio agudo do vento reverberava pelas paredes de pedra, criando uma sinfonia de terror que ressoava em cada canto escuro.

O rei, em um estado de completo desespero, mal conseguia controlar o tremor que tomava conta de seu corpo. Sua mente, outrora afiada, estava agora totalmente dominada pelo medo, um medo paralisante que o consumia por inteiro. Seus olhos arregalados refletiam a impotência que sentia, e o suor escorria por seu rosto em torrentes, misturando-se às lágrimas não derramadas de puro terror. Estar frente a frente com Reuel Ashford-Valet, o temido imperador de Partum, era como encarar a própria morte. A mera menção do nome de Reuel já era suficiente para instigar o pavor em seus inimigos, mas estar diante dele, com a reputação sombria do imperador pairando como uma sombra opressiva, era uma experiência aterrorizante além das palavras.

Partum FantasyOnde histórias criam vida. Descubra agora