NOVE

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Vá em frente e chore, garotinha
Ninguém faz isso como você
Eu sei o quanto isso importa para você
Eu sei que você tem problemas com seu pai
E se você fosse minha garotinha
Eu faria tudo o que pudesse
Eu fugiria e me esconderia com você

(daddy issues - the neighbourhood)

ANA LUIZA

Chegamos em Campos do Jordão, depois de longas horas dirigindo, o chalé que Laura havia reservado era lindo, Abel estava tão impressionado quanto eu, foram buscar nossas malas no carro enquanto fazíamos check-in na entrada do chalé.

– O chalé de vocês é o último, ele comporta até 7 pessoas mas quem fez a reserva falou que seriam duas, está correto? – Ela pergunta e eu concordo com a cabeça, meu Deus como a Laura era exagerada.

– Está sim.

– Ok, irão te levar até lá. – Sorrio agradecendo e seguimos um dos funcionários do hotel.

– O pagamento é no checkout? – Ele pergunta e eu nego.

– A Laura já pagou.

– Quem é Laura? – Ele pergunta como se fosse óbvio, e realmente era.

– Minha funcionária lá da empresa.

– Eu vou te passar o valor. – Ele fala e eu o ignoro. – Ana Luiza, estou falando com você.

– Eu sei, e eu estou te ignorando, a próxima você paga Abelzito. – Eu sorrio mas ele fica quieto alguns estantes, pensativo, mas com cara de que está cansado demais para discutir.

– Sejam bem vindos, e boa estadia. – O funcionário fala entregando a chave pro Abel que agradece abrindo a porta do chalé, quando entramos, eu quase morri de vergonha.

Ele estava LOTADO de rosas no chão, na cama tinha um balde com champanhe, e mais rosas na cama, além de algumas velas espalhadas pelo quarto, Abel me olha e eu coloco a mão na cabeça.

– Meu Deus, eu juro que não fui eu que pedi nada disso, ai eu vou matar a Laura, que vergonha. – Coloco a mão no rosto e sinto ele esquentar de uma forma absurda. – Meu Deus vou matar a Laura, vou mandar ela embora... ah não, eu não posso mandar ela embora, só confio nela, jesus!

– Ei, calma, calma. – Ele chega perto de mim e tira a minha mão do meu rosto. – Está tudo bem, está muito bonito, vamos aproveitar.

– Você não está achando eu louca?

– O lugar está lindo Luli, para com isso. – Ele fala me puxando pra um abraço, sorrio com aquilo e o abraço com mais força, sinto suas mãos fazer um carinho gostoso no meu cabelo, e não me solto do seu abraço, ficamos ali parados um com o outro algum tempo, até eu me distanciar e ficar na ponta do pé pra beijar sua boca.

Ele sorriu no meio do beijo e mordeu meu lábio inferior, sua mão que estava em minha nuca já desceu pra minha cintura onde ele apertou com força, fazendo eu soltar um gemido baixo.

– Acabamos de chegar e já estamos assim? – Brinco enquanto passo a mão por seu abdome debaixo da camiseta que ele usava, acho que a maioria das pessoas não tinha noção do que ele escondia por debaixo da roupa, obviamente ele não era o mais musculoso do mundo, mas era um puto de um gostoso.

–  Quer descansar?

– Eu descanso quando estiver morta Abel, eu quero que você me coma.

– Ana Luiza... – Ele me olha com quem vai me dar uma bronca pelo palavreado e eu começo a rir.

dangerous | abel ferreira Onde histórias criam vida. Descubra agora