dangerous | abel ferreira

SETE

Querido Senhor, quando eu chegar no paraíso
Por favor, me deixe trazer o meu homem
Quando ele chegar, me diga se Você o deixará entrar
Pai, me diga se puder
Toda aquela graça, todo aquele corpo
Todo aquele rosto me faz querer festejar
Ele é meu Sol, ele me faz brilhar como diamantes
(Young and Beautiful - Lana Del Rey)

ANA LUIZA

Eu coloquei a batata gratinada no forno, e olhei pra Abel sentado no sofá assistindo algum jogo que logo reconheci não ser de algum time brasileiro. Ele me olha e eu dou um sorriso, ele faz o mesmo e eu caminho até ele, sentando em uma das suas pernas.

– Daqui a pouco está pronto, o que está assistindo?

– Um jogo da Al Saad.

– Ah, eu sei lá o que é isso. – Falo e ele ri passando a mão pela minha cintura e fazendo um carinho nela.

– Você realmente ficou linda com a minha camisa.

– Ainda não pude gritar por você.

– Eu não jogo, linda. – Ele fala e eu dou um sorriso pela forma que ele me chamou, faço um carinho em seu cabelo e ele fecha os olhos sentindo o carinho, eu aproveito pra prestar atenção em cada parte do seu rosto, eu gostava de tudo, meu coração ficava fraco, mas eu não tinha medo.

Ele abriu os olhos e ficamos em silêncio apenas um olhando nos olhos do outro, até ele quebrar esse contato visual e me puxar para um beijo, toda vez que eu o beijava era uma sensação diferente dentro de mim.

coração tenha misericórdia de mim.

– Preciso confessar uma coisa. – Ele fala soltando meus lábios, e eu com os meus dedos contorno o seu, inchado pelo beijo que havíamos de dar.

– Confessa.

– Eu quero muito, te colocar na minha cama, e te beijar todinha. – Eu arregalo os olhos pois não estava preparada pra ouvir aquilo, ficava tão sexy saindo dos seus lábios, com todo seu sotaque, mas ao mesmo tempo, uma onda de insegurança toma conta de mim, ele já deveria ter transado com muitas mulheres, era muito mais velho que eu, se eu pensasse eu iria enlouquecer, então apenas fingiria que estou super segura com tudo isso.

– Eu tô maluca pra estar na sua cama. – Confesso e ele da uma risadinha. – Mas, a batata gratinada tá cheirando, eu preciso ir ver.

Ele concorda e eu saio do seu colo com um sorriso bobo, ele coloca a mesa e me ajuda a tirar as coisas do forno, nos sentamos e ele se serve, olho pra ele nervosa.

– Por que está me olhando assim? – Ele pergunta brincalhão.

– Por que você já deve ter comido nos melhores restaurantes, e eu sou uma mera apaixonada por culinária.

– Você fez com amor?

– Como assim?

– Minha mãe sempre dizia que todas as vezes que fazemos as coisas por amor, elas ficam gostosas.

– Então vai estar boa. – Ele sorri e prova o frango xadrez que eu havia feito, eu o olho com expectativa e ele fecha os olhos. – Meu Deus Luli, isso está muito bom.

– Está brincando? Jura que não está falando pra me agradar?

– Eu juro. – Ele me olha provando as outras coisas e eu fico feliz da vida vendo as caras que ele fazia.

Então provei e realmente, estava muito boa.

Comemos enquanto jogávamos conversa fora, e tomávamos um dos seus vinhos caros.