QUARENTA E QUATRO

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ANA LUIZA

– O que foi? – Abel pergunta assim que eu me levanto.

– Em menos de 5 horas você vai ser oficialmente meu. – Eu falo e ele dá uma gargalhada alta.

– E isso é ruim?

– Não, é só estranho. Eu não pensei nunca que eu ia conseguir. – Falo lembrando das investidas nele enquanto estávamos em Paris e ele sorri.

– Eu nunca duvidei que você fosse. – Ele me dá um beijo na mão e eu sorrio.

Bom, a umas semanas atrás decidimos algumas coisas sobre nosso futuro, a primeira delas é que eu queria muito a cidadania portuguesa, até porque o Fernando teria, e eu casando com um homem de lá, eu teria que esperar três anos casada para que isso acontecesse.

Eu conseguiria mais rápido se... eu casasse com um homem português e em território português, então, por quê não?

Faríamos uma cerimônia, a que eu sonhei, meu vestido azul, na praia, com alguns amigos e familiares, e assinaríamos um documento de união estável, quando o Fernando tivesse uns três meses, então casaríamos oficialmente, em Portugal.

Eu surtei com a ideia, lá era maravilhoso, casar lá era um sonho, e Abel ficou mega feliz com a possibilidade de casar no seu país perto da sua família. Obviamente daqui eu só levaria para Portugal os mais próximos, não daria pra ir a família toda, da mesma forma que não daria para a família toda do Abel estar aqui hoje.

Basicamente vieram seus pais, as meninas, e dois tios.

– Hoje o Fernando está impossível. – Falo passando a mão na barriga vendo ele chutar forte, Abel estava tão acostumado a conversar com a minha barriga que ele sempre sabia em que parte do Fernando ele estava tocando, e quase sempre ele conseguia segurar o pesinho dele, era fofo.

– Tô sabendo que eu fui expulso da minha própria casa para você se arrumar com as meninas, eu supero. – Ele fala pegando seu smoking e as chaves do carro.

– Eu reservei um lugar muito legal pra você e seus amigos, uma barbearia com um carro antigo dentro, cerveja, sinuca, vai ser legal.

– É, estou traumatizado de beber cerveja. – Ele fala e eu sorrio.

– Só chegue sóbrio. – Ele me dá um beijo na testa concordando e saindo do apartamento.

Olho em volta vendo que cada dia mais o apartamento estava ficando vazio, nossa casa estava quase pronta, e com isso começamos a arrumar as nossas coisas, não iríamos levar móveis, mas roupas e outras coisas pessoais já estavam começando a ser embalado em caixas.

Como não não seria uma cerimônia tradicional de casamento por agora, só teríamos um mestre de cerimônia, e trocaríamos votos, e a aliança seria diferente também, não a oficial do casamento mas já era diferente.

Já a de Portugal, seria uma cerimônia de casamento religiosa, Abel não casou na igreja católica com a Ana por ela não ser da religião, e eu desde pequena sempre fui, então realizaria o sonho de casar em uma. Na igreja católica só se permite casar uma vez, então eu tive muita sorte do Abel não ter sido casado lá.

Com isso, não teríamos muitas madrinhas, do meu lado seriam 3 do meu lado e 3 do lado do Abel.

– Cheguei! – Mamãe fala sorrindo abrindo a porta, vou até ela com um sorriso e a abraço.

– Está tudo bem? – Pergunto e ela concorda.

– Sim, trouxe o meu vestido. – Ela fala animada e eu sorrio concordando.

dangerous | abel ferreira Onde histórias criam vida. Descubra agora