TRINTA E SEIS

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Mas dizem que é só quando eu pegar no colo
Que eu vou sentir o verdadeiro amor
Você é a primeira coisa certa
De alguém que só errou, só errou
Quando eu escutei seu coração, eu parei
Peço pra guardar, pra te proteger
É pra sempre
( Coisa Certa - Luan Othen)

ANA LUIZA

Estava deitada com Abel em seu quarto enquanto passava a mão em seu peito nu fazendo um carinho ali, desde que tinha contado pra ele da gravidez o sorriso dele não desmanchava, ele com certeza gostou mais da ideia do que eu esperava.

– E como vai ser? Você quer vir morar aqui comigo? – Ele me surpreende com o pedido encaro ele surpresa.

– Está falando sério?

– Sim, eu quero acompanhar você todo momento.

– Abel... e depois de 2025? Como vai ser? Eu não quero morar em Portugal, na verdade eu não posso, minha vida toda está aqui. – Falo me referindo ao fim do seu contrato.

– Eu já me acostumei com o Brasil, Luli...

– Então quer dizer que você vai ficar?

– Se eu não tivesse você, na verdade... vocês! – Ele corrige e eu sorrio. – Não teria motivos, mas com vocês, eu quero ficar, são a minha família.

Eu seguro seu rosto dando um selinho demorado nele.

– Eu queria morar numa casa, bem grande, com piscina e um playgroud pro bebê. – Falo sonhadora e ele sorri.

– Por que não? – Ele pergunta me dando um beijo na testa e eu me levanto vendo o horário.

– A consulta! – Falo lembrando ele que concorda se levantando, seria a minha primeira consulta, eu estava tão ansiosa.

Coloco um vestido e prendo meu cabelo por conta do calor, fico me encarando um tempo no espelho, só conseguia pensar em como ficaria grávida, já tinha feito até montagem, eu estava surtando.

– Vai ficar linda. – Abel fala chegando atrás de mim e colocando a mão na minha barriga, ele me dá um beijo no pescoço, e mostra a chave do carro dizendo que estava pronto.

Saio com ele, e mando uma mensagem pra minha mãe dizendo que ligaria por chamada de vídeo pra ela ver o bebê, contei pra Abel que ela estava pensando em finalmente largar o embuste do meu pai, e agora com o bebê, eu tinha mais certeza que era isso que ela iria fazer, ela não ficaria longe, sempre quis ser avó, sou a única filha dela, ela não iria querer acompanhar de longe a gestação.

Na sala de espera enquanto eu estava roendo as unhas e balançando as pernas incontrolavelmente, Abel estava numa calma que só.

– Amor, calma. – Ele pega a minha mão suando, e eu balanço a cabeça negativamente.

– Será que ele vai estar bem?

– Claro que vai amor.

Ele coloca a mão na minha barriga e com a outra mão faz um carinho em meu rosto.

– Ana Luiza Ferrari. – A médica me chama e Abel arregala os olhos.

– Ferrari? – ele pergunta e eu franzo a sobrancelha.

– Você nunca viu meu sobrenome Abel?

– Ferrari tipo, Ferrari? – Os olhos dele brilhavam. – Será que se casarmos eu posso pegar seu sobrenome?

Eu dou um tapa nele e entro pra sala rindo, fã de F1 sendo fã de F1.

– Sejam bem vindos, fiquei feliz demais quando você entrou em contato Ana, eu acompanho você e vai ser uma honra cuidar do seu bebê. – A médica fala segurando a minha mão depois segurando a de Abel.

dangerous | abel ferreira Onde histórias criam vida. Descubra agora