Mabelle Bernnet, uma artista sonhadora, faz um pedido um tanto inusitado quando apaga uma vela no seu aniversário, trazendo aquele que governa a tão temida Floresta das Trevas, o Rei elfo Thranduil ao seu mundo. Agora ela tem que lidar com um elfo r...
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O belo calor aconchegante do aquecedor, não é suficiente para esquentar meu pobre nariz entupido e gelado. Espirrei diversas vezes, por sorte, Thranduil estava do lado de fora da casa e não presenciou a cena grotesca de me ver assoando meu fodido nariz. Da janela da cozinha, observo o elfo retornando de sua caminhada, por mais que o tempo esteja congelando do lado de fora, Thranduil aparentemente não sente frio, vestindo apenas uma camisa azul-claro, que por mais que seja de mangas compridas, o tecido não é páreo para o tempo nevado. Calças jeans escuro e botas. Qualquer ser humano estaria ferrado lá fora.
Seu cabelo está solto e perfeitamente alinhado, apenas algumas mechas se movem com o vento misturado com a neve. Se não fosse pelos tons de sua roupa, o elfo se camuflaria em meio a paisagem esbranquiçada.
— Queria não me preocupar com o frio, tanto quanto aquele elfo ranzinza. Não é mesmo Salém? — Falo com o pequeno gato.
Viro meu rosto para observar o rei em meu jardim nevado, Thranduil parece entediado, assim como frustrado. Seu humor não anda dos melhores, o que me obriga a ficar um tanto distante.
O gato ronrona ao passar entre minhas pernas, o felino apenas mia baixo antes de sair correndo para algum canto da casa. Encolhi meus ombros assim que a porta é aberta e o vento gélido entra por ela. Tossi ao ponto da minha garganta reclamar dolorida.
— Odeio frio, odeio neve. — Tossi mais uma vez e limpei o nariz. Fingi não notar a presença do elfo, é menos vergonhoso. — Acho que vou morrer...
— O inverno não tem culpa da sua saúde ser precária. — Revirei meus olhos ao ouvi-lo. — Os humanos são tão frágeis que chega a ser ridículo. O seu resfriado não está tão forte ao ponto de matá-la, então não se preocupe tanto.
Pensei em respondê-lo, mas tossi mais uma vez. Ao tentar respirar, o meu nariz fez um barulho estranho. O que arrancou uma cara enojada do elfo e um olhar de coitada da minha parte.
— O senhor tem certeza que não vou morrer? — Perguntei enquanto lavava as mãos e sentia a região dos olhos dar leves pontadas.
— Tenho, criatura. — Sorri para o elfo enquanto me sentava à sua frente. Thranduil arqueou sua sobrancelha direita.
