— Ágda Marques —
Estava deitada no colo de Daphne enquanto ela fazia carinho nos meus cabelos, eu estava sem chão depois desse término com Jin.
( Daphne ) — Não chora Ág. — acaricia meus cabelos. — Você de novo passando por esse sofrimento.
( Ágda ) — Eu sou uma tonta mesmo, nosso relacionamento estava tão bem no começo e depois esfriou do nada. — Me levanto do sofá com a cara vermelha de choro.
( Daphne ) — Você viu a ex dele com ele? — afirmo com a cabeça. — Sinto muito!
( Ágda ) — Eu vou tomar um banho. — Me levanto.
( Daphne ) — Vai sua fedida! — Brinca me arrancando um riso.
( Ágda ) — Idiota! — Sorrio.
Meu celular começou a tocar novamente e suspirei. O nome de Jin brilhava na tela e eu apenas virei-o para baixo e tentei ignorar.
( Daphne ) — Você quer que eu atenda e mande ele para a puta que pariu? — Nego.
( Ágda ) — Não! Ele não merece tanto esforço. — sussurrei e ela sorriu. — Está tudo bem. Eu tô legal.
Depois do meu banho fui para a cozinhar ajudar Daphne do Jantar, Lana estava saindo com Taehyung e parece que iria dormir fora hoje. Daphne me fazia rir conforme íamos fazendo o jantar.
( Daphne ) — Porra!!! — Ela resmungou. — Se esse bunda mole não parar de te ligar, eu juro que vou até a casa dele e eu quebro o celular e coloco os caquinhos de vidro dentro do prato dele. — Continou irritadiça e eu ri.
( Ágda ) — Eu não iria te impedir. — Digo rindo.
( Daphne ) — Minha parceira do mal. — Daphne disse e piscou o olho, me fazendo soltar mais uma risada genuína.
>> Alguns dias depois
( Ágda ) — Obrigada e volte sempre. — sorrio agradecendo ao último cliente que estava dentro da cafeteria.
Estava fechando o caixa para assim poder fechar tudo e ir para casa descansar, esses dias estavam sendo muito cansativos.
Assim que terminei de fechar a loja, sigo em direção ao ponto de ônibus mais próximo, já que eu meu único objetivo era ir pra casa e descansar mas minhas vontades não foram realizadas.
Jin bem do outro lado da rua encostado no seu carro. Logo que seus olhos encontram com os meus ele vem na minha direção.
( Jin ) — Ágda...
Ignorei sua voz e segui o meu caminho como se nada estivesse acontecendo. O que foi de fato uma péssima ideia, Jin estava me chamando e vindo atrás de mim. A voz dele era suave e cheia de angústia, mas isso não me fez parar.
( Jin ) — PODE POR FAVOR PARAR E ME DAR UMA CHANCE DE EXPLICAR TUDO O QUE ACONTECEU? — ele gritou e sua voz saiu como um rugido de leão.
Todos ao redor pararam para encarar a cena e mesmo que não quisesse, eu também parei. Ainda de costas, o ouvi suspirar.
Ele caminhou até mim e logo estava na minha frente. O seu rosto estava repleto de olheiras que marcavam seu rosto. Desviei meu olhar e ajeitei meu casaco no corpo.
( Ágda ) — Eu não quero ouvir você Kim. Eu só quero que você pare de me procurar e me deixe seguir minha vida.
( Jin ) — Se você me ouvir, juro que deixo você em paz e não te procuro mais. — ele sussurrou e eu respirei fundo.
( Ágda ) — Então tá! — resmunguei.
Jin pegou na minha mão para me guiar, mas soltei com firmeza e lhe dei um olhar claro. O segui até seu carro e ele dirigiu até a casa dele. Adentramos ainda em silêncio e o vir ir a cozinha indo preparar um chá quente, já que estava bem frio na cidade. Logo ele voltou com uma bandeja e serviu chá para nós dois.
( Jin ) — Você quer que eu aumente o aquecedor? — ele disse e logo olhou para as minhas mãos brancas que ficavam assim toda a vez que estava frio.
( Ágda ) — Eu prefiro que você fale de uma vez, assim eu posso seguir minha vida em paz. — disse firme, e Jin suspirou e assentiu.
( Jin ) — Tudo o que aconteceu não passou de um mal entendido, Ág. — ele começou e eu rolei os olhos. — Eu a Nori estávamos apenas conversando como amigos, eu cedi a ir em seu encontro porque ela queria falar algumas coisas que não resolvemos no passado.
Encarei-o sem nenhum tipo de emoção. Sinceramente, haviam claros sinais de que não era apenas aquilo. Kim parece que leu minha mente e novamente tentou pegar nas minhas mãos mas eu desviei e cruzei meus braços para não deixar que ele tentasse de novo.
( Jin ) — As mensagens...eu não te contei tudo de início porque eu sabia que você iria ficar insegura. Você não ia querer que eu conversasse com a minha ex e... — o interrompo.
( Ágda ) — Eu nunca fui abusiva ou possessiva Kim, como eu iria te impedir de conversar com alguém? — Perguntei firme.
( Jin ) — Eu não queria que você pensasse o que está pensando agora. E, sim agora que eu parei para pensar, eu não ter contado tudo tornou suspeito. Mas, não! Não teve nenhuma mensagem com intenções secundárias, eu juro. E eu posso mostrar tudo... eu...
( Ágda ) — Você pediu um tempo no relacionamento Kim, você queria um tempo. — Digo.
( Jin ) — Porque eu estava esgotado emocionalmente com as minhas demandas no trabalho! Nada disso tem haver com a Nori! Eu nunca faria isso com você, Ág! Você me conhece, você sabe! — ele disse com lágrimas nos olhos, mas eu estava tão machucada.
Jin respirou fundo e esfregou o rosto, penteando os cabelos para trás com seus dedos. Suspirei e encontrei a sua inquietação ainda em silêncio.
( Jin ) — Eu me odeio por te machucar, Ág!
Assenti e encarei minhas próprias mãos em meu colo; e, conhecendo Jin como eu conheço, sabia que ele estava sendo sincero. Meu coração batia apertado e eu não sabia bem o que fazer.
( Jin ) — Eu não estou pronto para perder você, Ág. Eu só... a única coisa que eu quis foi me reparar antes. Você tem todo o meu amor. — ele disse e tocou minha mão, mas dessa vez eu não o evitei.
( Ágda ) — Eu ainda estou confusa, Seokjin. Parecia que você estava muito feliz ao lado de Nori e...
A próxima coisa que sei, é que os lábios macios de Jinnie estão nos meus. Sua mão na linha da minha mandíbula e a outra deslizando timidamente por minha cintura. O corpo veio ao encontro ao meu no sofá, escalando sobre mim. Ele partiu o beijo, mas se manteve tocando minha testa com a sua. Só então eu vi que ele estava chorando.
( Jin ) — Eu senti tanta falta disso. — ele sussurrou. — Pode me perdoar? Por favor?
( Ágda ) — Eu te perdoo Jinnie... — sorrio e vejo ele sorri também.