Capítulo 25 - Sentimentos confusos

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Pov Lalisa Manoban

Parei em frente a um tipo de galpão, observando algumas pessoas se cumprimentando e passando pela porta.

Havia um senhor de meia idade recebendo todos com um sorriso animado no rosto, encarei o endereço no gps novamente, eu estava no lugar certo?, todo mundo parecia muito feliz para um grupo de apoio.

Sai do carro depois de estaciona-lo na calçada, torcendo para que eu não tivesse nenhum problema com isso, eu não fazia ideia de quantos minutos ou horas aquelas reuniões duravam, já que era a minha primeira.

Respirei fundo entrando no campo de visão do senhor, que me encarou surpreso, ou talvez ele só estivesse tentando me reconhecer, com certeza ele não conseguiria fazer isso, era a primeira vez que eu ia até o lugar.

— Boa tarde, Lalisa?. Encarei ele surpresa, aquela psicóloga era rápida, o que mais ela tinha falado sobre mim?.

— Boa tarde, pode me chamar de Lisa. -Estendi minha mão para cumprimenta-lo, e ele a apertou no ar.

— Muito prazer em te conhecer Lisa, você pode entrar e ficar a vontade está bem?.

— Tudo bem obrigada.

Entrei no lugar observando as pessoas conversando uma com as outras, eu não sabia dizer com certeza se todos ali se conheciam, mas eles conversavam um com os outros, eu apenas me distanciei ao máximo, com certeza não estava pronta pra falar nada, só queria observar por enquanto.

Percebi que havia muita variedade de idades ali, pessoas de 20 anos a 60, homens e mulheres, confesso que essa variedade me pegou de surpresa, quando falavam em grupo de apoio eu só imaginava várias pessoas idosas em roda, pelo jeito eu estava errada.

O senhor que antes recebia todo mundo na porta agora organizava as cadeiras em uma espécie de roda, junto de mais duas pessoas, não tive problema em me aproximar e sentar em uma delas, fiquei ao lado de uma mulher bem nova, chutando alto ela tinha apenas 21 anos, como Rosé.

O senhor que parecia ser o cordernador de tudo ali, puxou um pouco sua cadeira para ficar em mais evidência.

— Boa tarde a todos.

Todos disseram boa tarde em unisson, e eu acompanhei.

— Para quem ainda não me conhece, sou Seungmin, mas vocês podem me chamar de Seun, sou cordenador do grupo de apoio, aquela pessoa que você vai pegar o contato e ligar, ou mandar mensagem quando quiser, eu estou aqui única e exclusivamente para ajudar e dar apoio a qualquer pessoa que precise disso, sem julgamentos ou apontação de dedos.

Todos que estão aqui passam ou já passaram pelo mesmo problema, o que significa que você não precisa ter vergonha de falar sobre ele, estamos em um lugar seguro, alguém quer começar se apresentando ou contato alguma história?.

Fiquei aliviada de um homem ter levantado a mão, não queria ter atenção sobre mim ainda, isso me apavorava.

— Olá pessoal me chamo, Ethan. -Percebi que Ethan não era asiático e sim americano. — Tenho 30 anos, e sou viciado em bebida alcólica desde os 15.

— Muito prazer Ethan. -Seun falou por todos nós. — Quer contar um pouco da sua história pra gente?.

Ethan parecia um pouco nervoso antes de falar, seu gestos denunciava isso, ele mexia a perna freneticamente, na verdade eu jurei que ele ia travar, mas começou a falar em seguida.

— Eu comecei a beber quando minha mãe morreu, ela era americana e meu pai Coreano. -Isso explicava sua aparência. — Quando ela morreu meu pai ficou estranho, não me olhava mais nos olhos, não falava mais comigo, como se me culpasse silenciosamente de alguma coisa. Isso me feriu demais, e eu comecei a achar realmente que tinha culpa na morte da minha mãe, o que me fez beber mais, quando eu completei a maior idade, e não tinha emprego ou faculdade, e não queria saber de ir atrás também, meu pai me colocou para fora de casa, e dizia que eu era uma vergonha, e de certa forma ele tinha razão, fui morar em um abrigo por um tempo e lá eu conheci minha esposa.

Consequências de um dia •Chaelisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora