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- Feliz aniversário, meu girassol.

Sorri ao ver meu namorado entrar no quarto com uma bandeja recheada de comida. Ele sentou-se na ponta da cama, colocando a bandeja no meu colo. Havia biscoitos de avelã, vitamina de banana e algumas frutas cortadas.

Fechei os olhos, sentindo um beijo na minha testa, e os abri quando seu polegar acariciou minha bochecha, fazendo-me inclinar sobre a sua mão. Suas íris estavam suaves, brilhantes e encantadoras.

- Estou ficando velho. - Brinquei.

- Você ainda continua um pirralho. - Brincou, e revirei os olhos. - Estou brincando. Você está crescendo, honey. Meu garoto.

- Obrigado pelo café da manhã. Com certeza vou comer tudo.

Vegas me encarava profundamente, como se estivesse me estudando.

- Você está bem, amor? Parece tenso.

- Muitas coisas aconteceram. - Suspirei cansado. - Estou me sentindo estranho. Ontem fiz algo aterrorizante, ainda estou assustado, mas aliviado de o Tawan estar morto. Você vai querer terminar comigo?

- De onde tirou isso, amor? Eu faço pior, e você continua ao meu lado.

- Você mata monstros. - Sussurrei. - Eu pedi para você matar o Tawan porque tinha medo dele nos aterrorizar, e queria vê-lo morto. Mas não esperava fazer isso eu mesmo, entende? Parece que fugi de mim, perdi meu controle. Você está decepcionado?

- Baby, não estou surpreso. Sempre vi esse seu lado frio com ciúmes ou para proteger alguém que ama. Vejo a forma como seus olhos mudam, não parece aquele doce Pete. - Afastou um fio de cabelo do meu rosto. - Não estou decepcionado, mas também não estou orgulhoso ou feliz com tudo isso. Mas prometa que não fará mais, ok? Não quero você se prejudicando.

- Estou assustado. E se eu quiser fazer de novo? Eu sou estranho, Vegas. Eu me descontrolo quando se trata de você. - Sussurrei tremulo. - Eu queria o Tawan morto, entende? Eu queria matá-lo! Eu quase fiz isso!

- Honey, estou aqui com você. Mas entenda, não há mais ninguém em meu coração, então não se preocupe, ok? Não faça mais isso. Por favor, se controle.

- Fiz você transar na frente dele. Desculpa.

- Ei, eu também quis. Você não me obrigou, e não é a primeira vez que algo assim acontece...

- Parece que não somos um casal normal como os outros. - Faço uma careta. - Você não se incomoda com tudo isso? De sermos dois estranhos...?

- Eu sempre estive ciente de que não sou uma pessoa muito normal, mas aí surgiu alguém mais louco que eu. - Riu, apontando para mim. - Não acha que somos um casal perfeito?

- Eu tenho certeza. Sempre estive ciente de que fomos feitos um para o outro, mas você era um chato que me dispensava toda hora.

- E você era um chato que pensava ser discreto quando me perseguia por aí. Sejamos franco, amor. Você era um pouco burrinho.

Abri a boca, ofendido, e dei-lhe um tapa no braço. Vegas soltou uma risada, esfregando o local atingido.

- Agora tenho certeza de que não sinto falta desse Vegas ogro. - Faço um beicinho irritado. - Hoje é meu aniversário, seja mais amável comigo.

- Eu sempre sou amável com você, meu amor. - Beijou minha bochecha. - Termine de comer e vá tomar um banho, vou levá-lo a faculdade. Seja mais rápido, não posso me atrasar.

Terminei de comer com cuidado, aproveitando cada garfada. Depois, fui tomar meu banho matinal, deixando a água correr para me refrescar.

Vesti-me depois do banho e desci as escadas, todo arrumadinho. Encontrei o Vegas mexendo no celular e, de surpresa, o abracei por trás.

My criminal neighbor - VegasPete Onde histórias criam vida. Descubra agora