61

300 32 125
                                    

Suspirei preocupado, acariciando a bochecha pálida do meu namorado. Pete estava desacordado havia três dias devido à facada, mas, felizmente, ele sobreviveu graças à ajuda de Nop, que fez de tudo para salvá-lo.

Durante esses dias, Nop me pediu desculpas inúmeras vezes. Para ser sincero, eu não me importava com mais nada além do meu Pete. Big também estava internado; apesar de Nop ter cuidado do ferimento dele, Big estava muito desnutrido.

‐ Amor, preciso que você acorde logo. – Murmurei, deslizando meu polegar sobre sua pele, que parecia tão sensível naquele momento.

De repente, Pete mexeu levemente os dedos. Meu coração acelerou, e me inclinei mais perto, esperando qualquer sinal de que ele estivesse despertando.

‐ Pete? – Chamei suavemente, segurando sua mão com mais firmeza. – Por favor, amor, volte pra mim.

Seus olhos começaram a se abrir lentamente, e um pequeno gemido escapou de seus lábios. Eu podia ver a dor e a confusão em seu olhar enquanto ele tentava se situar.

‐ Vegas... – Sussurrou, sua voz fraca e rouca.

‐ Estou aqui, Pete. – Apertei sua mão com carinho, meus olhos cheios de lágrimas de alívio. – Estou aqui, amor. Você está seguro agora.

Ele piscou algumas vezes, tentando focar em mim. 

‐ O que aconteceu? – Perguntou, a voz ainda um pouco hesitante.

‐ Você foi ferido, Pete. – Respirei fundo, tentando manter a calma. – Mas você está bem agora. Nop te salvou e Big está bem também, ele está se recuperando no hospital.

Pete tentou se mover, mas uma expressão de dor atravessou seu rosto. 

‐ E o Ken? – Perguntou, a voz carregada de medo.

‐ Eu cuidei dele. – Minha voz era firme. – Ele não vai mais nos machucar. Você está seguro, amor. Nós estamos seguros.

Ele fechou os olhos por um momento, respirando fundo. 

- Vegas... – Começou, abrindo os olhos novamente. – Obrigado por não desistir de mim.

Meus olhos se encheram de lágrimas novamente. 

‐ Eu nunca vou desistir de você, honey. Nunca.

Pete ainda estava fraco, mas conseguiu erguer a cabeça o suficiente para me olhar nos olhos. 

‐ Vegas... você matou o Ken?

Neguei com a cabeça. 

- Não, ele está preso em uma casa abandonada. Estou apenas esperando você acordar para resolver isso.

Ele fechou os olhos por um momento, respirando fundo.

- Ele está sofrendo?

Um sorriso frio se formou nos meus lábios. 

‐ Sim, Pete. Estou fazendo questão de torturá-lo.

- Não mate ele ainda. Eu quero vê-lo sofrendo, pagando por tudo que fez, por ter matado minha mãe.

Beijei sua testa, sentindo a força que ele ainda possuía apesar de tudo.

‐ Eu vou matá-lo apenas quando você pedir, amor. 

- Obrigado, Vee. Eu preciso disso. Preciso vê-lo pagar por todo o mal que causou.

‐ Você vai, Pete. –  Prometi, meus olhos fixos nos dele. – Nós vamos fazer justiça juntos.

‐ Hm, então me atualize sobre os acontecimentos durante esses dias que eu estava desacordado. – Pete pediu, endireitando-se na cama, uma careta fraca em seu rosto. – Como está o Big?

My criminal neighbor - VegasPete Onde histórias criam vida. Descubra agora