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ArmPol

Pol revirou os olhos quando avistou Arm cochichando algo no ouvido do Pete, que ao lado estava Vegas que também revirava os olhos com a cena adiante, esperando o seu namorado finalizar a conversa com o amigo.

Pol não queria ter que se sentir incomodado com os seus dois amigos juntos, porém, aquela cena dos dois aos amassos na festa o atormenta até hoje. Provavelmente ele tem noção que o Pete é louco pelo o Vegas e não tem uma mínima chance dele ainda está interessado pelo o garoto de óculos.

É idiotice dele sentir ciúmes do próprio amigo. É idiotice dele achar que tem direito de ter ciúmes do Arm, este a qual ele tem certeza sobre os sentimentos, mas é covarde o suficiente de assumir para a sua mãe. Arm não poderia esperar pra sempre ele se assumir para a mãe.

A mãe do Pol é rigorosa, católica e super protetora. Até hoje a mulher não sabe sobre a sua sexualidade, pois o garoto tem receio da sua reação, tem medo da sua mãe sentir nojo do próprio filho. Seu pai, apesar de ser um álcoolatra, nunca mostrou ser do tipo preconceituoso, e também era mais atencioso que a mãe.

Soltou um suspiro negando com a cabeça. Se ele não fosse tão covarde, ele não precisaria se sentir assim, mas acontece que enfrentar a sua mãe não é tão fácil assim.

Ele observou Arm se encolhendo com algo que o Vegas disse antes do mesmo começar a puxar o seu namorado para longe. O rapaz ajeitou o seu óculos e caminhou em direção ao Pol, este que abriu um pequeno sorriso quando seus olhos se encontram.

- Ei, o que vocês estavam conversando? - Pol perguntou assim que o outro sentou ao seu lado na areia.

- Nada importante. - Deu de ombros evitando olhar para o outro. - Mas como você viu, Vegas atrapalhou nosso papo.

- Por que está me evitando?

- O que você acha, Pol? - Finalmente direcionou os olhos para o amigo. - Transamos ontem, mas ainda sim continuamos agindo somente como amigos e nem se quer podemos rótular isso.

Pol solta um suspiro entendendo o frustração do outro.

- Arm, eu quero namorar com você, eu falei a verdade quando disse isso. - Distraidamente esbarrou os dedos no outro. - Mas pra isso acontecer, tenho que enfrentar a minha mãe primeiro, mas como você sabe, eu tenho muito medo.

- Tudo bem você sentir medo, eu estou aqui com você. Eu nunca irei deixá-lo sozinho. - Entrelaça sua mão com a do Pol. - Mas eu vou entender se você quiser continuar sendo somente o meu amigo, então assim você não irá precisar falar com a sua mãe.

- Não, Arm. Eu preciso fazer isso, não só por você, mas por mim também. A mamãe precisa saber sobre a minha orientação, e não importa se eu vou namorar, ou não. Não aguento mais fingir ser o que eu não sou.

- Tudo bem, apenas faça isso no seu tempo. Eu sinto muito por reagir assim, mas é que eu não aguento mais esconder. Eu quero que todo mundo saiba o que sentimos pelo o outro.

- Talvez isso nem seja mais segredo. Geralmente não somos muitos discretos. - Riu fraco. - Só não entendo ainda o Pete ter beijado você.

- Bebê, já conversamos sobre isso. O Pee estava somente me usando pra fazer ciúmes ao Vegas, e de troca eu ganhei aquela jaqueta de couro dele.

- Foi tão de repente que por um segundo eu esqueci que o Pete é louco pelo o Vegas, me veio o pensando sobre o que ele sentia por você no passado havia voltado.

- Impossível. E naquela época o Pete se sentia apenas atraído, nada românticamente, e além do mais, ele estava se descobrindo.

- Me sinto um idiota por sentir ciúmes.

My criminal neighbor - VegasPete Onde histórias criam vida. Descubra agora