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O silêncio permaneceu naquele escritório, mas logo foi invadido pelo som da chuva.

— Vá embora! – ordenou quebrando o silêncio daquele local.– a empresa ligará para você se formos te contratar! – explicou baixando o olhar. Parecia atordoado.

— Mas...só isso? Não vai me fazer mais perguntas ou...– ele me interrompeu.

— Apenas saia!! – ordenou aumentando levemente seu tom.

Eu permaneci em silêncio. Por um momento esqueci o quanto ele era um mal educado. Se ele acha que vou me deixar ser vencida assim, está muito enganado.

— Mas eu... – ele me assustou se levantando da cadeira.

— Apenas saia!! – se aproximou de mim me puxando, foi então que o barulho do trovão invadiu a sala, paralisando o homem a minha frente.– por favor...saia daqui! – murmurou em um quase suplico.

Ele se afastou, parecia ficar ainda mais atordoado conforme os trovões aumentavam. Eu fiquei sem entender nada, mas, aos poucos eu fui começando a entender.

Ele se afastou de mim se sentando no enorme sofá marrom escuro de couro, após outro estrondo, ele levou suas mãos até seus ouvidos. Foi então que eu entendi tudo.

Com cautela, retirei da minha bolsa meu celular com meus fones de ouvidos e me aproximei do homem. Me agachei ao seu lado e levei os dois fones até seus dois ouvidos. No fone tocava It will rain do Bruno Mars, era minha música predileta.

Ele ergueu seu olhar para mim, surpreso com minha ação repentina. Eu me afastei me sentando no chão a sua frente, apenas a mesinha de centro nos separavamos.

Eu tirei da minha bolsa uma caderneta e uma caneta, tentaria a todo custo distrai-lo.

Comecei a desenha-lo, ele olhava o papel curioso, não ousou retrucar e nem retirar os fones de ouvidos, no fundo ele sabia que minhas intenções eram boas.

Eu observava a mulher a minha frente fazendo uma auto caricatura minha, apesar da minha imensa vontade de expulsa-la dali e ter minha crise de pânico em paz; eu decidi mantê-la ao meu lado

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Eu observava a mulher a minha frente fazendo uma auto caricatura minha, apesar da minha imensa vontade de expulsa-la dali e ter minha crise de pânico em paz; eu decidi mantê-la ao meu lado.

A observava atentamente, seus fones tocava uma música suave e gostosa de se ouvir.

Após a garota terminar, ela levantou seu olhar para mim me entregando sua caderneta, eu a peguei e observei minha caricatura, era exagerada mas engraçada. O que mais destacava no desenho era minha cara de "bravo" com dentes exagerados de "coelho".

Eu tornei a erguer meu olhar pra garota que no mesmo instante abriu um sorriso fechado, certamente na esperança de eu falar alguma coisa.

Mas, permaneci em silêncio, mesmo que eu quisesse desviar o olhar, meus olhos pareciam me puxar para a face da garota, me prendendo.

Então em silêncio a observei, no fone tocava o refrão da música.

"Sim, por você, eu vou tentar, vou tentar, vou tentar, vou tentar

Uma Esposa Para Um Mafioso Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora