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JEON JUNGKOOK

Eu desejava que fosse qualquer pessoa nesse mundo, desde meu maior inimigo há até mesmo aos meus pais e ao Taehyung, mas o Yoongi não, ele não.

A dor da traição de um amigo, ainda mais do que você mais tinha consideração, amor, admiração, e principalmente, total confiança, e escutar todas essas terríveis coisas, era uma dor agonizante.

"Quando olhei para trás, não me doeu as facadas, mas sim quem havia me dado-as."
"A sua mentira e traição, foi uma covardia que doeu mais do que a verdade e uma facada no coração."
Uma vez eu escutei essas ambas frases, e elas nunca fizeram tanto sentido e significado como agora.

Eu desejava a morte, do que acreditar que quem havia me apunhalado pelas minhas costas, foi o mesmo que entrou, comeu e bebeu em minha casa. O mesmo que eu confiei de olhos fechados, e que eu jurava de pés juntos que era o único que eu podia confiar em meio a tantos inimigos.

Eu o fitava, raivosamente. Eu estava perdido, o ódio me dominava, mas a dor em saber que era ele me impedia de fazer qualquer coisa. Porém, o ódio da traição, gritava muito mais alto.

Sendo assim, caminhei em sua direção cuspindo fogo.
Ele, por outro lado, me olhava arrependidamente, desejava amargamente através do olhar, que eu não estivesse ali. Mas já era tarde demais.

— Jungkook...– murmurou com os olhos se enchendo de lágrimas. O gosto amargo do arrependimento e desespero o consumia a cada passo que eu dava.

— Seu filho da puta desgraçado!!!! – afirmei agressivamente.

Ao estar próximo o suficiente, depositei um soco em sua face, seguida de mais, mais outro, mais outro, mais outro, e mais outro. Mas, nenhum daqueles socos chegavam aos pés da dor que eu sentia.

Eu o peguei pelo colarinho, o fazendo ficar em pé e prensado contra a estande de livros que havia em seu escritório.

Ele me olhava com a boca sangrando, eu por outro lado, o olhava com meus olhos lacrimejando. Céus, era uma dor insuportável.

— Por que?...– foi a única coisa que consegui sussurrar em meio a dor agonizante que eu sentia, era uma dor a ponto de ser sentida fisicamente.

— Me perdoa...– murmurou, choramingoso com os olhos cheios d'água.

Eu baixei a cabeça, sentindo o gosto amargo do terrível choro me atingindo. E então, lentamente deslizei até o chão, ficando de joelhos com a cabeça baixa, enquanto chorava descontroladamente.

Não...eu não conseguia acreditar! Aquilo só pode ser um pesadelo...não pode ser real! Por favor senhor, me diga que isso não é real! Eu te imploro!!!!

Apesar da dor e da negação terrível que eu sentia, o ódio me consumia cada vez mais. Eu não ia deixar aquilo barato, eu prometi a mim mesmo, que quem quer que fosse o assassino, eu não teria dó alguma, já que não tiveram comigo.

Eu me levantei daquele chão madeirado e tornei a ficar em sua frente, de pé o fitando.

— Jungkook...– tornou a murmurar, percebia o ódio através do meu olhar sombrio sobre si.

— Me diz, Yoongi...a quanto tempo ficava com ela e me apunhalava pelas costas? – perguntei friamente.

Ele ficou em silêncio, me fitando. Apesar de aparentar estar arrependido, ele sabia melhor do que ninguém que não tinha mais volta.

Uma Esposa Para Um Mafioso Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora