Mesmo que eu quisesse mais do que tudo responder com um sim pra garotinha, eu não podia. Apesar da minha imensa vontade de abraça-la e protege-la do mundo como uma mãe faria, eu não podia.
Infelizmente eu era apenas uma babá, apesar do meu ódio pelo pai da garotinha, eu aceitaria com o maior prazer. Mas é fato que ele não aceitaria tal coisa jamais.
— Isso você tem que perguntar ao seu papai, meu amor. – expliquei. Ela assentiu, tristonha. Logo soltou um suspiro.
— Você quer ser minha amiga, então? – perguntou, erguendo seu olhar de jabuticabas para mim.
— Mas é claro! – concordei abrindo um sorriso, ela me acompanhou.
Ela pulou em meus braços envolvendo os braços ao redor do meu pescoço.
— Quer conhecer minhas Barbies e Bonecas? – perguntou, animada. Eu me levantei segurando em sua mãozinha.
— É claro! – concordei.
— Você vai amar conhecer a Raquel, Bianca e a Gabi! – ela saiu andando na frente, me guiando até as escadas.
Eu fiquei curiosa em saber quem era Raquel, Bianca e Gabi, até que ela me mostrou suas três bonecas baby alive.
Seu quarto era grande e perfeito, um verdadeiro sonho de criança. Haviam tantas bonecas, Barbies e brinquedos. Seria fácil distrai-la naquele lugar. O quarto era todo rosa com branco, cortinas, paredes, cama, mesa, alguns móveis eram todos da cor rosa com branco. Era lindo.
Eu e a pequena passamos a manhã toda brincando, até que descobrir que estava perto do horário dela se arrumar e ir para a escolinha.
Eram exatas dez e meia da manhã, eu dei um banho de banheira nela com direito a bolhas de sabão e patinho, no fundo coloquei baby shark tocando.
Quando ela terminou, coloquei a mesma roupa que ela estava, afinal, ela ainda ia almoçar e não queria que ela sujasse a roupa de ir para a escolinha.
Descemos até o andar de baixo e a cozinheira me deu uma tigela com diferentes tipos de comida pra mim e pra ela.
Eu me sentei na sala e coloquei um desenho que ela havia pedido e almocei junto a ela. Após terminarmos, a levei de novo até o seu quartinho.
Ela escovou os dentinhos, fiz uma Maria Chiquinha em seus cabelos lisos e pretos, e coloquei uma presilha presa em seu cabelo. Vestir seu uniforme lindinho e fofo nela e passei um perfume da Cinderela na pequena.
— Vai ser a mais gata da escola! – confessei fazendo ela sorrir.
— Graças a você. – admitiu, meu sorriso aumentou.
Terminei de arruma-la e desci com ela para o andar de baixo. No mesmo andar havia um homem que me guiou até o carro que iríamos levá-la.
Quem dirigia o carro era o mesmo homem que havia conhecido assim que cheguei na mansão, o senhor Oh.
Ao chegar, desci com ela pegando em sua mãozinha e carreguei sua mochila e ursinho que ela havia trago.
— Se cuida. Não deixa ninguém te intimidar na escolinha, e se fizerem isso, corra e conte pra professora, ou pra mim e o papai! - acariciei sua bochecha. Ela assentiu sorrindo.
Coloquei sua mochilinha em suas costas e a entreguei seu ursinho, ela depositou um selar em minha bochecha e nos despedimos.
Eu a observei até ter a certeza que ela havia entrado na escola junto aos outros coleguinhas. Olhei ao redor e percebi algumas mães me encararem enquanto cochichavam algo, típico dessas madames nojentinhas.
Eu me virei para retornar ao carro e me surpreendi totalmente com a figura alta e grande a minha frente. Era Jungkook. Ele estava parado a minha frente, me encarando com suas mãos nos bolsos de sua calça social.
Eu fiquei totalmente surpresa com sua aparição repentina, mas me aproximei.
— Que susto!! – admitir em um murmuro, assustada.– o que tá fazendo aqui? – perguntei ajeitando meus óculos.
— Vim ver como estava tratando minha filha! – admitiu. Me olhando de cima a baixo.
— Não é só porque o pai dela é um idiota sem educação que irei tratá-la mal! – confessei, sendo honesta.
Um sorriso se formou em seus lábios, nenhum pouco ofendido com minhas palavras.
— Isso eu irei pergunta-la pessoalmente! – se afastou, caminhando para dentro da escolinha.
Ele iria rachar a cara, e eu fazia questão de assistir a essa cena esplêndida. Eu o acompanhei, ele conversou com a supervisora da entrada e que permitiu nossa entrada.
Eu o acompanhei, após ele chegar na sala de aula dela e ela o ver, ela saiu correndo com um baita sorriso no rosto enquanto chamava pelo mesmo.
— Papaaaiii! – ela agarrou em seu pescoço. O homem a abraçou pegando-a no colo.
— Meu amor! – a chamou com um sorriso nos lábios, logo se separando do abraço mas ainda a mantendo em seus braços.– como foi ficar com a tia Sn? Gostou?
— Eu amei! – confessou. Eu abri um sorriso com sua resposta. Ele me olhou mas logo voltou a olha-la.
— Está bonita! – o homem confessou a olhando de cima abaixo. Ela sorriu.
– Foi a mamãe Sn que me arrumou! – tornou a confessar.
Meu sorriso se desmanchou, não contava com ela me chamando assim, não na frente dele.
Ele ficou totalmente surpreso com a fala da sua filha, levando seu olhar até mim.
— Eu...– murmurei, sem conseguir raciocinar uma frase decente.
— A mamãe Sn falou que primeiro eu tinha que pedir o papai se ela podia ser minha mamãe. – explicou.– então, papai, a Sn pode ser minha mamãe? – perguntou de forma inocente.
Jungkook nos entre-olhava. Eu não sabia o que falar, muda estava muda me permaneci.
Ele parecia processar aquela informação, certamente não estava ciente sobre o quanto a falta de uma mãe afetava sua própria filha.
— A Sn não pode ser sua mamãe,, princesa. O papai não é casado com ela! – explicou meio sem jeito.
— Então casa com ela! respondeu de forma simplista, totalmente inocente.
— Um casamento não é assim tão fácil filha, pra isso o papai teria que amar a tia Sn e a tia Sn teria que amar o papai! – tornou a explicar.
Tentava a todo custo fazer a criança entender. Incompreensiva,ela desceu do colo do homem pegando em sua mão e se aproximou, pegando na minha mão.
Para a surpresa de ambos, ela entrelaçou minha mão com a do Jungkook.
Ela se afastou em dois curtos passos e nos entre- olhou com seus olhinhos de jabuticabas inocentes.
— Então se amem! – "ordenou".– Assim poderei ter um papai e uma mamãe! – continuou, explicando.
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Uma Esposa Para Um Mafioso Jeon Jungkook
RomanceJungkook perdeu sua amada em um tiroteio por assassinato, sendo obrigado a assumir a máfia do seu pai. A única coisa boa que restou foi sua filha; que ele ama mais do que tudo. Acabou por se tornar um homem frio, impaciente e rude com todos, menos c...