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Ao entrarmos no escritório, ele me colocou sentada sob o enorme sofá de couro que havia ali.

Ele cobriu meu corpo com seu próprio corpo, deitando em cima de mim e segurando firmemente em meus pulsos acima da minha cabeça, me impedindo de que eu tente fugir.

— Me diz, por que está assim? – perguntou, seu tom saiu calmo, ou tentava.

Eu fiquei em silêncio, desviando meu olhar e minha cara para o lado. Sentia meus olhos se encherem d'água, droga.

— Olha pra mim, Sn.– pediu, mas eu neguei com o rosto ainda virado.

Ele soltou uma de suas mãos e a levou até meu queixo, me obrigando a olha-lo. Ele juntou suas sobrancelhas, surpreso.

— Está...chorando? – perguntou, surpreso.

— Me deixa em paz! – ordenei em um murmuro, chorosa e irritada.

Tentei virar a cara novamente mas ele me impediu, me obrigando a olha-lo de novo.

— Vamos conversar, Sn! – exclamou, após soltar um suspiro pesado.– por que está chorando? – tornou a perguntar. Eu fiquei em silêncio, mas a raiva e o choro voltaram a me dominar.

Eu tentei desviar novamente o rosto, mas ele me impediu levando sua mão até minha bochecha e acariciando a região com o polegar.

— Hm? – murmurou, calmo e carinhoso.

— Porque você quebrou a confiança que eu tinha em você!! – respondi, sendo sincera. Finalmente o olhando.– achei que poderia confiar em você e nas suas palavras, mas me enganei feio! – afirmei. Uma lágrima escapou dos meus olhos, ele a limpou com seu polegar.

— Não suporto vê-la assim...– confessou, se referindo ao meu eu chorosa.

— Você é tão falso...cínico! Um idiota!! – o xinguei, irritada.– um desgraçado  falso e mentiroso... e sonso!!...

— Pode me xingar o quanto e do que quiser! Minha consciência está limpa, não te traí e nunca nem seria capaz de fazer isso! – afirmou, sereno.

— Então está insinuando que eu enlouqueci de vez?! – retruquei, parando meus olhos no mesmo.

— Não! E não te julgo, eu no seu lugar também teria surtado. – explicou tirando sua mão do meu queixo levando-a até minha bochecha, com seu polegar, acariciou aquela região.

— Então me solta e me deixa ir embora! – pedir. Tentava ficar calma, e de brinde, segurar as lágrimas.

— Não antes de me escutar! – afirmou, se levantando e finalmente me soltando.

Eu até pensei em fugir, mas estaria sendo infantil demais. Mas que se dane, não tô afim de ouvir nada vindo dele.

Logo tratei de sair indo em direção a porta. Mas que merda, ela tava trancada.

— Procurando por isso? – sua voz invadiu o comodo silencioso, me fazendo virar e olha-lo.

Em sua mão tatuada continha uma chave, que acredito ser a mesma que estou a procura. Mas, antes mesmo que eu pudesse pega-la, ele a escondeu dentro da cueca.

— Acha que não sou capaz de enfiar minha mão aí dentro e pegá-la? – perguntei, cruzando meus braços.

— Faça isso! – ordenou, abrindo levemente os braços em redenção. Eu ia avançar mas parei após ele continuar sua fala.– mas saiba que terá consequências...se é que me entende! – um sorriso ladino se formou em seus lábios.

Eu bufei cruzando os braços, derrotada. Caminhei em direção ao sofá em que estava e me sentei, bicuda.

— Primeiramente, eu não te trai! – afirmou, iniciando.– segundamente, ela é uma colega de trabalho.– continuou. – ela tem um certo problema com toque, gosta tudo em perfeito estado. Minha gravata estava torta e ela estava incomodada, só que eu nem havia percebido isso.– tornou a se explicar, sentando no sofá a minha frente.– na hora que você chegou na sala, foi a exata hora que ela me pegou desprevenido e arrumou minha gravata.
Eu não tive tempo nem de reagir, logo você chegou e entendeu tudo errado! – continuou com sua explicação, soltando um suspiro, derrotado.

Uma Esposa Para Um Mafioso Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora