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Exatas uma semana e meia haviam se passado. Nesse meio tempo, eu acabei por me afastar de Jeon.

Ele parecia não se importar, chegava tarde em casa por conta do trabalho. E eu até mesmo dormia mais cedo para evita-lo. As vezes dormia no quarto da Yejin, com a desculpa de que havia pego no sono no meio do filme.

Hoje era a véspera do aniversário da Yejin, e também, a véspera do aniversário de morte da Emma.

Eu soltei um suspiro pesado, estava no escritório do Jungkook esperando pelo mesmo. Eram exatas oito horas da noite, o horário que ele estava tendo o costume de chegar.

Sentada no sofá de couro, eu me peguei fitando o único porta retrato que tinha nós dois no local, que era do nosso casamento.

Distraída, percebo a porta do escritório ser aberta pelo mesmo. Ao me ver, ele não disfarçou o seu semblante surpreso. Mas, logo tornou a caminhar em direção a mesa do local.

— O que está fazendo aqui? Achei que estivesse dormindo. – comentou.

Ele tirava a gravata enquanto fitava a janela do local.

— Vim para resolver o assunto de amanhã. – expliquei, enquanto me levantava e caminhava em sua direção.– amanhã é aniversário da Yejin, e...– sou interrompida após sentir um cheiro forte de álcool vendo do mesmo.– você bebeu? – perguntei, incrédula.

— Um pouco. – admitiu desabotoando os botões da camisa social.

— Tem chegado tarde em casa...e quando reaparece, aparece bêbado...– murmurei em um sussurro, para mim mesma.

— Eu tenho bebido todas as noites. – me corrigiu, ou tentou.– mas você tem dormido em todas elas... – continuou.

— Tudo bem. – afirmei, fazendo o mesmo me olhar.– não me importo se chega arriado de bêbado ou não. – afirmei, dando a mínima; ou fingindo.

Ele franziu o cenho. Jamais imaginou que ouviria isso de mim.

— Só por favor, não suma o dia e nem a noite toda amanhã. Eu sei que é um dia difícil para você, mas não deixa de ser o aniversário da sua filha. – afirmei em um pedido, ele assentiu concordando.

Sem olhá-lo, comecei a caminhar em direção a porta, mas sou barrada por ele. Que me puxou pelo braço e me virou, me colocando de costas para ele e me apoiar sob aquela mesa madeirada.

Ele abraçou minha cintura, apoiando seu queixo na curvatura do meu pescoço.

— Você está tão distante...– murmurou. Seu hálito alcoólico atingiu minhas narinas.

Eu permaneci em silêncio, com os olhos parados no porta retrato dos dois juntos. Ele sorria de orelha a orelha abraçado a ela, e ela estava do mesmo jeito que o garoto. Eu mordisquei os lábios, sentindo aquele maldito desconforto.

— Ainda está menstruada? – perguntou.– não quis te amolar durante essa semana por medo de você ficar estressada e brigar comigo. – confessou.

— Não estou menstruada. – o respondi. Minha voz não esboçava quaisquer sentimento, junto a minha feição que fitava descaradamente o porta retrato.

A real, é que eu nem menstruei ainda, mas não queria dizer nada. No fundo, estava me sentindo "quebrada.

— Vou me deitar. – murmurei cabisbaixa.– se for continuar bebendo, não faça barulho para acordar Yejin. – pedir, sem dar a mínima se ele iria continuar bebendo ou não(ou fingindo).

— Sn...o que está acontecendo? Ainda está de TPM, é isso? – perguntou, desentendido.

— Só estou me sentindo cansada, só isso...– murmurei passando por ele.

Uma Esposa Para Um Mafioso Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora