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Eu continuei em silêncio, totalmente surpreso com a confissão da menor. Eu não fazia idéia daquilo.

— Eu... – murmurei. Ela me interrompeu.

— Sente muito? – perguntou, aumentando seu sorriso. Mas, era nítido que era de pura tristeza.

— Eu não fazia idéia sobre isso. Eu, como pai, sinto muito pela sua perda, deve ter sido uma dor agonizante! – a consolei. Ela desviou o olhar para céu.

— É até hoje! – admitiu.– quando você acha que esqueceu e está finalmente vivendo bem e em paz, ela sempre dá um jeitinho de voltar. Minha mente sempre me tortura por eu não ter tido um útero forte, palavras ditas pela madrasta do Jimin, o que eu sei que é totalmente verdade! – sorriu, tristemente.– se não fosse pelo meu útero fraco, eu teria uma linda menina de oito anos! – ela me olhou com lágrimas nos olhos.– talvez ela até estaria brincando e se dando super bem com a Yejin! – confessou imaginando. Sua voz saiu totalmente embargada e falha no final.

Ela baixou a cabeça permitindo que as lágrimas saíssem, logo, começando a dar pequenos soluços entre o choro.

— Me desculpa...não costumo chorar na frente de ninguém! – confessou tentando controlar o choro.

Eu deixei minha caneca de lado e a puxei para um abraço, no qual ela retribuiu apoiando sua cabeça em meu peitoral e segurando firmemente em minha regata, se permitindo chorar entre o nosso abraço.

— Está tudo bem, chorar não é sinônimo de fraqueza. É sinal que aguentou tudo por muito tempo calada, apenas engolindo o próprio choro e dor! – a consolei, acariciando sua nuca em um cafuné.

Ela se permitiu chorar ainda mais, eu apenas a consolei alisando suas costas e fazendo cafuné em sua nuca com minha mão tatuada.

[...]

Ela se acalmou até demais depois de um tempo, adormecendo em meu peitoral. Estávamos sentado em uma cama embutida com a janela de vidro, que servia mais como um sofá.

Eu soltei um suspiro a observando dormindo, me fazendo levar minha mão até sua bochecha, e com meu polegar, acariciar aquela região. Ela já sofreu tanto nessa vida pra tão pouca idade.

Com cuidado, a peguei em meus braços e a coloquei deitada em minha cama mesmo, estava com medo de acorda-la se eu a levasse até seu quarto.

Após colocá-la, eu a observei, tirando uma mecha do seu cabelo que estava em seu rosto e o colocando atrás de sua orelha. Eu a cobri com meu edredom e a observei, alisando em forma de carícias seus longo cabelos com minha mão tatuada.

— Você não tem um útero fraco! Muito pelo contrário, futura senhora Jeon! – murmurei baixinho, para não ter risco de acorda-la.

Eu me afastei após pegar um travesseiro que sobrava em minha cama de casal. Caminhei até o enorme sofá que eu tinha em meu quarto, não iria dormir na mesma cama que a garota; não sem o consentimento dela.

 Caminhei até o enorme sofá que eu tinha em meu quarto, não iria dormir na mesma cama que a garota; não sem o consentimento dela

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Uma Esposa Para Um Mafioso Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora