Uma Esposa Para Um Mafioso Jeon Jungkook

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JEON SN

Alguns dias se passaram desde o ocorrido com Yoongi. Jungkook estava abalado, completamente destruído pela traição do amigo.

Meus enjôos aumentaram, e com isso, mesmo contra minha vontade por ele ainda estar passando por um momento delicado, eu precisava, necessitava conversar com ele e esclarecer tudo de uma vez.

Ao terminar de pentear meus curtos cabelos, eu soltei um suspiro, me encorajando em frente ao espelho.

Jeon estava no escritório, estava afundado em trabalho, amanhã seria o dia da nossa missão na casa branca, confesso que estava super ansiosa.

Ao estar em frente a porta do seu escritório, eu bati, logo, escutei um "entre. E assim eu fiz, nervosa, entrei naquela sala e tratei de fechar a porta.

Ele, que estava concentrado em diversas papeladas, ergueu seu olhar para mim.

— O que quer? Precisa de alguma coisa? – seu tom saiu sério, ele estava assim nos últimos dias.

— Preciso conversar com você! – afirmei, fazendo-o erguer seu olhar novamente para mim.

— Sobre o que? – perguntou, me fitando.

Eu soltei um suspiro, me sentando na cadeira a sua frente, apenas sua mesa de madeira escura nos separava.

— Sabe...nesses últimos tempos...apesar do nosso casamento ser um casamento falso, ainda sim, nos tratamos como um casal...mesmo longe das pessoas...– murmurei. Céus, estava tão nervosa.

— E? – perguntou, voltando sua atenção para os papéis.

— Eu...eu quero saber se sente alguma?...– perguntei, mordiscando os lábios, nervosa.– eu quero saber se nesse meio tempo você sentiu alguma coisa por mim!? – expliquei, devidamente enquanto ignorava meu nervosismo.

Ele fixou seu olhar em qualquer canto do papel, já eu, desviei meu olhar para sua mesa, e, me arrependi amargamente. Como eu pude ter sido tão tonta?...

— É difícil explicar! – exclamou, me fazendo olha-lo.– me desculpa, Sn. Mas...não pense que gosto de você a ponto de realmente ama-la! –confessou, sua resposta foi como um tapa em minha cara.

— Mas...você disse que me amava naquela noite...– murmurei, me relembrando da noite conturbada que ele havia confessado me amar.

Ele desviou o olhar, engolindo seco. Logo, voltou a me olhar.

— Eu só falei aquilo...porque fiquei com medo de que tentasse algo contra sua própria vida! Yejin jamais me perdoaria se você morresse! – explicou. Outro tapa em minha cara.

— Entendo...– murmurei desviando meu olhar, mas ainda sim, eu me sentia tão inconformada com tudo aquilo.– você...não gostou de mim nenhuma vez? Nem que fosse só por um pouquinho?...– murmurei, esperançosa.

Ele ficou em silêncio, me fitando. Seu silêncio já foi uma resposta, a resposta que eu não queria ter escutado e nem entendido.

— Eu não queria te falar, pois sei que ninguém merece ouvir uma coisa dessas, mas...– iniciou, soltando um suspiro enquanto criava coragem para me contar.– eu só fui carinhoso, romântico com você, porque eu sabia que se eu fosse assim, você transaria comigo sem ficar de joguinhos! – explicou. Mais outra bofetada em minha cara.