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O café da tarde ocorreu normalmente, já tínhamos entregado o convite para todos, menos para o Jackson já que Sn não sabia que ele era meu primo.

Yejin brincava com os meus pais, Yoongi brincava junto. Já Jackson por outro lado conversava com Sn, aquilo já estava me dando nos nervos.

Eu bufei, me levantando e indo até Yejin. Logo, meu pai me barrou me chamando para conversar em um canto da sala. Percebi mamãe ir até Sn e Jackson, sentando para conversar com eles. O que me tranquilizou um pouco.

— O que te fez mudar de ideia? – o coroa indagou a conversa.

— Um certo velho me disse uma vez, que quando amamos alguém temos que fazer alguns sacrifícios! – expliquei, o respondendo. Pude escutar uma risada vindo do mesmo.

— Que bom que ainda escuta os meus conselhos! E eu não sou velho, seu moleque! – me repreendeu, me arrancando um riso.

Não é como se eu amasse Sn, mas, depois da conversa que tive com ela, eu realmente seria um babaca de não vir em um dia importante como esse. Apesar de ser um casamento falso, mesmo assim, ainda era um dia importante. Afinal, ninguém além de mim e Sn sabiam que esse casamento era falso.

— Mas me diz, você não está se casando apenas por que eu mandei não, né? – me olhou.

— Você sabe que eu nunca te escuto! Eu já tinha um relacionamento com a Sn antes, mas queria oficializa-lo de uma vez logo, ai você veio com papo de casamento e resolvi pedi-la em casamento! – expliquei, sem muita empolgação.

Eu mentia a cada palavra. Mesmo eu "odiando" eles, eu não conseguia ir contra eles. Me parte o coração ver a tristeza e a decepção nos olhos deles por minha causa, então é por isso que prefiro não ser tão próximo deles. Afinal, enquanto eu não achar o assassino de Emma eles sempre serão minha maior suspeita.

— Seu moleque! – me repreendeu.– quando é que vai parar de me chamar de "você" mas sim de senhor ou pai?! – tornou a me repreender, me cobrando.

— No dia que o senhor parar de me chamar de moleque, pai! – o repreendi, mas, dessa vez fui respeitoso.

Um sorriso se formou em seus lábios enrugados, as vezes, até eu ficava espantado com a enorme semelhança que temos um com o outro. Parece que estou me vendo daqui a 30 anos.

— Há quanto tempo não me chama de pai, filho! – um sorriso orgulho habitava seus lábios. Ele depositou sua mão enrugada em meu ombro.

— Eu ainda odeio o senhor! – retruquei, me fazendo de durão.

Escutei uma risada nasalada vindo do mesmo. Logo direcionei meu olhar para minha frente, onde encontrei sn vindo de encontro a mim toda animada.

— Sua mãe me contou que você ainda tem um quarto aqui de quando era adolescente, podemos ir vê-lo? – perguntou, empolgada.

— Acho que não seria uma boa ideia...– meu pai iniciou, logo se aproximou levemente da garota levando sua mão até a lateral de sua boca, na tentativa de me fazer não escuta-lo.– ele escondia revistas de mulheres peladas debaixo da cama!

— Pai!! – o repreendi. Os dois caíram na gargalhada.

— Que nojo! – a garota rebateu, me olhando.

— Eu era um adolescente na puberdade! – me defendi. Ou melhor dizendo, defendi meu "eu" de 15 anos atrás.

— Não deixa de ser nojento! – retrucou. Eu suspirei, não estava afim de discutir com a garota.

— Vai, leva ela lá no quarto. Já me livrei daquelas revistas! – meu pai debochou. Pude escutar uma risada sincera vindo de Sn, mas após olha-la com um olhar afiado, ela se conteve, ou tentou.

Uma Esposa Para Um Mafioso Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora