Uma Esposa Para Um Mafioso Jeon Jungkook

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Por que caralhos ela tá nessa revista? E ainda por cima vestida desse jeito...e do lado desse cara!!

Eu bufei, meus olhos estavam na capa da revista, onde ela estava de costas segurando na guitarra. Meus olhos foram para sua cintura, onde estava a mão do Jackson.

Eu tornei a bufar, jogando a revista de lado. Me levantei da minha cadeira e peguei minhas coisas, iria para casa. Já eram oito horas da noite, precisava ver minha pequena e perguntar a Sn o porquê que ela está naquela revista.

Já em casa, fui direto para o quarto da Yejin, onde eu sabia que elas estariam. Mas me surpreendo ao não vê-las ali. Suspirei, indo para o meu quarto, precisava de um banho.

Sou pego de surpresa ao encontrar as duas deitadas na minha cama. Sn dormia em um sono profundo, já Yejin por outro lado, estava acordada assistindo Barbie.

Após Yejin perceber minha presença, ela sentou sob a cama, logo, saiu engatinhando sob cama com cuidado para não acordar Sn, mas, antes de se levantar, ela sinalizou com seus dedinhos para mim fazer silêncio.

Estando próxima o bastante, ela pegou em minha mão e saiu do quarto, me levando junto. Paramos no quarto da pequena.

— A mamãe Sn está mimindo, papai. Então, não a acorde! – ordenou. Ela foi em direção a sua cama, eu a segui.

— E por que vocês duas estão no meu quarto? – perguntei, ajeitando a coberta na pequena.

— Porque eu estava com saudades e queria te ver antes de dormir, papai. – confessou, com um bico fofo nos lábios.

Um sorriso se formou nos meus. Eu me aproximei e depositei um selar demorado em sua testa.

— Dorme com Deus, pequena! – desejei, acariciando seus cabelinhos.

— Te amo papai! – ela abraçou minha mão tatuada, logo, fechando seus olhinhos.

Meu sorriso aumentou, me fazendo depositar outro selar em sua testa.

— O papai também te ama.– confessei.

Após um tempinho, escutei uma respiração pesada da garotinha, indicando que ela havia dormido.

Eu me levantei e voltei para o meu quarto, onde encontrei Sn dormindo. Me aproximei da garota, ela dormia em um sono profundo. Estava com seus longos cabelos alisados e soltos, e sem seus óculos de fundo de garrafa. Ainda estava com a maquiagem, não vou mentir, ela estava bonita daquele.

Meus olhos foram para o porta retrato ao lado da minha cama, a foto em que estava eu e Emma em uma viagem para Londres. Meus olhos voltaram para Sn, que adormecia. Mas, logo voltaram para o porta retrato. Eu soltei um longo suspiro abaixando a cabeça e caminhando na direção do banheiro. Precisava de um banho de água morna.

Após terminar, vestir uma calça moletom cinza, calcei minhas pantufas também da cor cinza e uma regata preta.

Saí do banheiro e fui na direção da garota, a peguei em meu colo com cuidado para não acorda-la e caminhei em direção ao seu quarto; que não ficava muito longe do meu.

Após colocá-la em sua cama, escuto murmuros e fungados vindo da garota. Ela parecia estar tendo um pesadelo.

— Jimin... não...– ela murmurou, com a voz embargada.– Jimin...– tornou a murmurar.

Uma lágrima escapou de seus olhos, seguido de outras. Jimin?
Juntei minhas sobrancelhas, curioso em quem era esse tal Jimin.

Eu levei minha mão tatuada até o seu rosto, com meu polegar, limpei as lágrimas que haviam escorrido. Segundos depois após meu toque, ela pareceu se acalmar.

Estava curioso, bastante curioso. Mas, preferi deixá-la dormindo em seu quarto e voltei pro meu.

Após retornar, meus olhos pararam novamente no porta retrato da mesinha do lado da minha cama.

Eu o peguei, fitando a foto em que eu estava abraço com Emma. Como eu sentia falta dela.

A dor do luto é uma dor desgraçada, te corrói e te destrói por dentro de formas inexplicáveis, A saudade é a pior parte do luto.

Quando a saudade bate, o peito aperta e o desespero te domina, você tenta alivia-la de qualquer jeito.

Afinal, a pessoa está morta, não é mandando uma simples mensagem que você poderá conversar com ela. A dor e a saudade do luto não, pelo contrário, ela te tortura por saber que você nunca mais, em toda a sua vida, poderá ver,conversar, mandar sequer uma simples mensagem.

Uma das piores partes do luto, é quando as memórias invadem seus pensamentos, e elas misturadas com saudades, te corroem e te destroem por dentro.

Ela sempre tirou o de melhor de dentro de mim. Sempre me fazia rir e gargalhar sempre que ela estava em minha presença. Nunca fui tão feliz em toda minha vida quanto fui ao lado dela, mas...por que ela teve que me deixar? Por que tiraram ela de mim? Por que, por que?

Eu observava o céu pela enorme janela de vidro que eu tinha em meu quarto, pensava em Emma e em todos os momentos que tivemos juntos. Aquela era uma dor tão insuportável de se sentir todos os dias.

Sou interrompido dos meus pensamentos por alguém batendo na porta. Logo, a porta foi totalmente aberta, revelando uma silhueta bastante familiar. Era Sn.

Ela se aproximou de mim com duas canecas em mãos, ao chegar perto o suficiente, me entregou a caneca azul.

— É chocolate quente! – indagou, me fazendo erguer meu olhar para si.

— Eu não pedi por isso! – a respondi, de modo frio.

— Eu sei. - respondeu, não deixando se abalar pelo meu modo de falar.– a lua está tão bonita hoje! – confessou, admirada.

Eu fiquei em silêncio, meus olhos foram para a garota ao meu lado, mas logo voltaram para o céu.

— Ela era tão bonita...– admitiu, chamando minha atenção para si. Ela observava a foto em minhas mãos.

— Era. Uma das mais bonitas que conheci! – confessei concordando, observando a imagem. – e não só na aparência, mas na alma também! – tornei a confessar.

— Deve sentir tanta falta dela!...– murmurou, subindo seu olhar para mim.

— Você não faz idéia! – admitir.

Ela deu um sorriso fraco, tristonha. Logo, bebeu do seu achocolatado.

— Você me lembra eu! – confessou.

— Como assim? – perguntei, a olhando com o cenho franzido.

Ela soltou um longo suspiro, observando o céu nublado. Ela mordiscou as bochechas, pensativa. Seus olhos esboçavam tristeza.

— Quando eu tinha 20 anos, eu era noiva! – confessou, aquilo me surpreendeu. – mas, infelizmente nossa relação era proibida, a família dele era rica e a minha era pobre, pra piorar, tinha acabado de perder meu pai para um suicídio, e como não sabia quem era minha mãe, por ela ter me abandonado quando menor, então não tinha família alguma! – explicou, mantinha um sorriso triste nos lábios.

— Pelo menos não o perdeu para a morte! – indaguei, fazendo ela me olhar. Seu sorriso triste aumentou, junto com a tristeza em seus olhos.

— É aí que você se engana! Eu perdi meu noivo para o câncer. Mas, antes de perde-lo...– ela mordiscou seus lábios, seus olhos se encheram de lágrimas.– eu perdi nosso bebê de quatro meses para um aborto espontâneo! – confessou, fitando meus olhos.

Eu fiquei em silêncio, paralisado, totalmente em choque com a confissão da garota.