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Ele saiu ainda me puxando por toda a empresa, eu continuava a bater em suas costas com minha bolsa, na tentativa falha de me soltar. Todos ao nosso redor nos olhavam, surpresos, ninguém dali ainda sabia sobre minha relação com Jungkook.

Após me puxar até o lado de fora, fomos até sua BMW preta. Ele abriu a porta de trás e me enfiou lá dentro, logo entrando junto. Sehun quem estava no volante.

— Nos leve pra casa! – ordenou, seu tom saiu rude.

Sehun apenas concordou arrancando com o carro em direção a mansão. Eu me afastei do mesmo, grudando no banco da outra janela e me virando de costas para ele.

Ele me olhou de relance, mas apenas o ignorei. Fingia prestar atenção na estrada, mas a real é que eu estava segurando ao máximo as lágrimas de pura raiva e ódio dos meus olhos.

Depois de longos minutos de silêncio naquele carro, nós finalmente chegamos na mansão. Sehun foi o primeiro a sair do carro, ao perceber o clima pesado que estava no ambiente.

— Espera, não saia ainda! – ordenou.

Ele soltou um suspiro lento, eu o acompanhei, mas o meu saiu rápido. Ainda estava puta.

Ele desceu do carro, para fazer sabe-se lá o que. Eu não estava afim de escuta-lo, então, quando eu ia descer meus olhos foram para o banco do carro. Seu iPhone da última geração estava sob ele.

Eu o peguei, por pura curiosidade. Eu queria ter a certeza se ele realmente estava me traindo ou não. Após liga-lo, havia uma notificação de mensagem, parecia ser daquela mesma mulher que estava com ele mais cedo.

— Te espero hoje às oito no hotel para terminarmos de resolver sobre aquele assunto assunto importante. E boa sorte aí, acho que vai precisar! Arrumou uma mulher maluca, ein Jeon kkkkkk. – eu li aquela mensagem em um murmuro, lendo até mesmo os KKKK – maluca??!

Maluca eles vão ver é agora! Totalmente dominada pela raiva, mais do que já estava, desci daquele carro batendo a porta com força.

Aquilo chamou a atenção dos homens de Jeon, principalmente do mesmo. Irritada, caminhei na direção das escadas. Não estava afim de vê- lo ou conversar com ele, caso contrário eu me tornaria realmente uma maluca. Uma completa louca.

Mas, o ódio não me permitiu apenas sair assim. Não sem antes brigar com o mesmo. No meio das escadas de pedras, eu me virei, o encarando. Ele estava pronto para me seguir, mas parou após me eu virar para o mesmo no pé da escada.

— Eu espero que você tenha um ótimo encontro com essa mulherzinha! – iniciei, balançando o seu celular em minha mão.

— O que está fazendo com o meu celular? – perguntou após levar suas mãos em seus bolsos, a procura do mesmo. Ele suspirou, voltando a me olhar.– isso não importa, me deixe explicar... – continuou, eu o cortei.

— Explicar o que, Jungkook?! Que você vai hoje a noite em um encontro com essa mulher em um hotel??! – retruquei, possessa.– me diz, é por isso que não tem mais vindo pra casa? É por causa dela??! – continuei.

O enchia de perguntas e afirmações ao mesmo tempo, sem deixá-lo se explicar. Eu suspirei, rindo ao me lembrar de nosso casamento e do seu voto, com suas promessas que por um momento eu jurei ser verdadeiras.

— Fui tão burra de acreditar que não me trairia...que não me deixaria com fama de corna... – murmurei, em meio a tristeza e irritação.

— Eu não te trai caralho!!! – retrucou, se defendendo.

Mentiroso, é claro que ele não iria assumir tão facilmente assim. Acima de tudo, ele não passava de um homem como qualquer outro.

Eu tornei a me lembrar daquela maldita cena no escritório dele. E de brinde quando ela sorriu ao ver toda a nossa discussão, e pelos dias que ele simplesmente sumiu do mapa, com a desculpa de trabalho.
Trabalho uma porra.

Uma Esposa Para Um Mafioso Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora