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MADAME LEE

Hoje ocorreria um evento importantíssimo que eu iria acompanhada de Eunji e o meu marido. A real, é que eu estava preocupada com a Eunji, percebia que sua depressão se agravava cada vez mais, e isso era preocupante.

Em meu quarto, observava uma caixa antiga, onde havia uma roupinha de bebê e um par de sapatinhos rosa.
Como eu sinto saudades do meu bebê...

"— É melhor terminarmos, eu fico com a sn e você vá viver sua vida! – meu ex-marido exclamou.

— Não! Eu quero ficar com a minha filha!! – rebati, sentia um nó terrível se formando em minha garganta, junto ao desespero que me dominava.

— Eu amo outra mulher agora! Uma muito melhor do que você, Minyoung!! – exclamou de volta, cuspindo suas palavras.

— Por que você fez isso?...– perguntei em um murmuro, com a voz completamente embargada.

— Porque sim!! Você não me satisfaz mais...sei que somos pobres, mas você não se arruma, fede a comida de restaurante e vive cansada, desleixada! – explicou, com repulsa.– eu acabei me apaixonando por outra mulher, e é ela que eu amo agora Minyoung! E por direito da lei, a guarda da sn é minha!!

Suas palavras foram como facadas em minhas costas. Além da traição do homem que eu tanto amava a anos, ouvir aquelas palavras dele sobre mim era terrível. Doloroso. Mas, era mais doloroso ainda ouvir que ele ficaria com nossa filha.

Infelizmente a lei na Coreia era injusta, a guarda dos filhos ficam com os pais, e nunca com as mães.

— Por favor, Yejun...– eu me ajoelhei, desesperada.– por favor, eu te imploro! Deixa eu ficar com a minha filha, por favor!!! – supliquei, desesperada.

— A sn é minha!! – exclamou autoritário.

Ele passou por mim, possesso, indo na direção do nosso quarto. Ele pegou uma mala grande e a abriu, colocando-a sob a cama. Caminhou até minha parte da cômoda velha e a abriu, tirando todas as minhas roupas e pertences, e jogando-as tudo na mala.

Eu me desesperei mais ainda, minha ficha estava caindo.

Desesperada, eu me levantei daquele chão de cimento puro e corri para o quartinho da minha bebê. Ela estava acordada, brincando com o brinquedo que girava do bercinho.

Com lágrimas nos olhos, eu me aproximei a olhando. Chorosa, a peguei em meu colo.

— Oi meu amor...– a ajeitei em meus braços.– a mamãe te ama tanto minha princesa...eu prometo que voltarei para te encontrar, a mamãe promete! – a abracei, desabando a chorar.

Ela me observava com seus olhinhos levemente puxados, não entendia absolutamente nada.

Eu depositei um selar em sua testinha e a acariciei seus curtos fios de cabelos.

— Eu te amo, te amo muito!...eu realmente queria poder ficar com você...– murmurei, chorosa.

— Vai embora daqui Minyoung!! – a voz grossa e arrogante de Yejun ecoou pelo cômodo.

— Deixa eu pelo menos me despedir da minha filha!!! – exclamei, irritada com ele.

— É, se despedaça mesmo! Você, nunca mais a verá!!! – afirmou rudemente. Suas palavras me desesperavam mais ainda.

Ao invés de discutir com ele, eu preferir curtir meus últimos momentos com minha preciosa filha. A balançava em meus braços enquanto cantarolava a melodia da caixinha de música que havia em seu quarto.

Uma Esposa Para Um Mafioso Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora