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JEON SN

Eu encarava a mulher a minha frente, ambas completamente destruídas por dentro.

Apesar de eu não querer acreditar em nenhuma de suas palavras, no fundo, através do seu olhar, eu sabia perfeitamente que era tudo a mais pura e cruel verdade, e isso era ainda mais doloroso.

Era doloroso pois, a vida toda cresci odiando minha mãe e amando meu pai, via meu pai como o mocinho da história e minha mãe a vilã, mas crescer e ver que ao longo de todos esses anos, e saber que era totalmente o oposto, era doloroso demais.

Saber que o homem que mais confiei e amei em toda minha vida, o meu próprio pai, era o verdadeiro vilão de toda essa história. Que era o verdadeiro cruel e perverso, e não minha mãe que eu tanto odiei um dia.

— Me perdoa...– murmurou aos prantos com a cabeça baixada.– me perdoa por não ter a encontrado! – tornou a murmurar.

Mesmo contra minha total vontade, eu me aproximei e a abracei. Ela retribuiu no mesmo instante, me abraçando apertadamente em um abraço repleto de emoções. Tais emoções que eu jamais imaginei que sentiria por a mulher que eu tanto odiava, que era minha mãe, a madrasta do Jimin, e, a madame Lee, que surpreendente, são a mesma pessoa.

Eu me levantei daquele chão repleto de areia, ela me acompanhou, ficando ambas frente a frente uma da outra. Agora, não mais como madame Lee e senhora Jeon, mas sim, como mãe e filha.

— Eu...– murmurei.– confesso que ainda é tudo muito difícil de acreditar... – tornei a murmurar, sendo honesta.

— Eu não te julgo! – afirmou limpando as lágrimas que insistiam em escorrer por suas bochechas.– mas acredite em mim, por favor! – pediu, sua voz era desesperadora.

E também não a julgo, afinal, ela passou quase 30 anos da vida dela procurando por mim, e quando finalmente me encontrou, descobriu que a vida toda foi taxada como a vilã da história pelo homem que me criou a vida toda, e que ela tanto amou no passado.

— Eu te perdôo, madame Lee! – afirmei segurando em suas mãos.– mas é como eu disse...ainda é tudo difícil de aceitar. – continuei, ela assentiu.

— Tudo bem, eu entendo...– murmurou soltando um suspiro, colocando um fraco sorriso nos lábios.– não me chame de madame Lee, pode me chamar por Minyoung ou, como quiser...

Eu assenti, colocando um sorriso fraco nos lábios.

— Bom...você já me chama de Sn, então...– murmurei, uma risada nasalada a escapou, junto a mim.

— Quer almoçar? O Lee está preparando churrasco para o almoço, bom que vocês se conhecem...– murmurou, esperançosa. Seus olhos brilhavam como nunca, nunca os havia visto assim antes.

— É claro. Mas...seria uma boa ele me conhecer? Bom...agora... você é...– murmurava, totalmente sem graça e nervosa.

— Ele irá adorar te conhecer! – confessou abrindo um sorriso pelo meu nervosismo.– ele foi o que mais me ajudou e me apoiou a te procurar, Sn! – tornou a confessar, aumentando seu sorriso.

— Vejo que ele não é tão ruim assim...– murmurei, surpresa.

— Ele é uma boa pessoa! Apesar do ocorrido que te contei, ele nunca deixou de ser uma ruinha pessoa, e marido, para mim! – confessou. Se referia ao fato do tal Lee dizer pra ela no passado que ainda amava a esposa falecida.

Uma Esposa Para Um Mafioso Jeon JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora