Capítulo 17

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* ALERTA DE GATILHO*
* VIOLÊNCIA*

O senhor Lim estava extremamente irritado com esse caso, eu também, então decidi que o deixaria desestressar um pouco antes de voltarmos para Jumadeung.

Ele arrastou o garoto por aquele galpão velho como se arrastasse um saco de lixo, o que não era muito diferente. O garoto gritava em desespero.

— Pode gritar, aqui ninguém vai te escutar. — Falou o gerente Lim. — Eu disse que iriamos conversar depois. Qual foi a sensação de ser invisível e ninguém te ouvir?

— Vocês são loucos!

— Eu lido com o pior lado do ser humano há quase meio milênio. E acredite, não somos loucos.

Eu apenas observava em silêncio, esperando o momento certo para intervir. Ele jogou o garoto contra a parede no fim do galpão e o levantou pela gola da camisa até ficar acima de sua cabeça.

Ao erguer sua mão o garoto fechou os olhos com força e se encolheu.

— Agora você tem medo... — Resmungou o Lim. — Eu não vou te bater, afinal ainda é uma criança, irresponsável, mas é uma criança. Só que irei fazer coisa bem melhor... Você não aguentaria um tapa meu e isso seria chato, acabar uma brincadeira de maneira tão precosse.

Soltou a criança no chão que o olhava paralisado de medo. Lim então estalou os dedos, eu fiquei esperando algo acontecer, olhei para os lados e tudo estava calmo. Pelo menos na parte externa.

Foi então que eu entendi que o garoto estava totalmente paralisado do pescoço para baixo, os olhos arregalados e se esforçava para mexer a boca que não saia um som se quer ou seus lábios se moviam.

O gerente Lim se abaixou e falou olhando bem em seus olhos.

— Você quer saber como uma vítima de estupro se sente? Eu vou te mostrar.

O galpão transformou-se em um local escuro e sem saída, onde estávamos apenas o gerente Lim, o garoto e eu. Então comecei a ouvir passos atrás de mim e quando vi uma cópia do garoto andava em sua direção com um sorriso maléfico e sádico.

Lim se afastou e ficou observando de braços cruzados. A cópia se aproximou do verdadeiro e abaixou-se na sua frente, sorrindo colocou o cabelo atrás da orelha, tocando o rosto do verdadeiro como se fosse beija-lo.

— Você gosta disso, não é? — Perguntou a cópia. — Não vai doer, eu não vou te machucar.

As lágrimas começaram a descer por seu rosto. O rosto do verdadeiro.

— Não chore. — Falou a cópia. — Eu te farei homem hoje.

Começou então a descer a camisa de sua caça. O gerente Lim estalou os dedos e o tirou de sua paralisia física.

— Agora corra, tente sair daqui, gritar... Você está livre. — Falou o Lim., sério.

O garoto olhou tudo ao redor, mas não conseguia ver absolutamente nada. Somente escuridão profunda e nos três, incluindo sua cópia diabólica.

Quando a cópia rasgou a camisa do garoto, o beijando, eu intervi.

— Já chega.

Ele sumiu, voltando a ficar somente nos três e o galpão voltou ao normal.

— Você merecia uma surra até simplesmente morrer e descer direto para o inferno. — O gerente sim deu um tapa no seu rosto usando a parte contrária a palma, o que fez o garoto ir longe e cuspir sangue.

— Já chega senhor Lim, é uma ordem. Não está no nosso setor, matar humanos.

Ele me olhou enfurecido, mas mesmo contra vontade se afastou. Fui até o garoto e o levantei pelo braço.

Motivos para o Amanhã ( EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora