Capítulo 28

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O aplicativo começou a alarmar quando ainda estava na metade do caminho. Eu olhei e os níveis de energia da garota estavam em noventa e oito por cento.

— Droga...

Procurei um local escuro e sem câmeras para poder usar o teletransporte ou iria perder a garota. E por sorte havia ao lado de uma farmácia o ambiente propício para isso.

Entrei lá e no mesmo segundo sumi, aparecendo no apartamento da pessoa em questão. Ela já estava pendurada na escada se debatendo.

Cortei a corda e antes que ela atingisse o chão, a peguei.

— Quem é você?

Ela me empurrou quando a coloquei no chão.

— Por que você está aqui? Eu não preciso de ajuda... Me deixa em paz...

Quando tentou correr eu a segurei.

— Morrer não vai resolver o seu problema.

— Nossa! Temos uma Sherlock Holmes aqui.

Ia ser uma noite daquelas... Ou não...

— Você quer saber como é a sensação de morte? Eu vou te mostrar...

Estalei os dedos e a fiz sentir a sensação de estar sendo estrangulada e ao mesmo tempo cortada por uma corda, os olhos saltando, a perda de consciência lenta e cada um dos seus órgãos parando lentamente de funcionar por falta de oxigênio. Tudo isso em questão de segundos.

A suspendi brevemente para dar vivacidade a encenação. Depois a soltei e buscando o ar enquanto tossia e chorava ao mesmo tempo, me olhou.

— O que você é? Um demônio?

— Quase isso, sou uma ceifadora.

— Então por que está fazendo trabalho que não é seu? Ceife minha alma e deixe o resto para quem quer que comande o inferno.

Eu soltei uma risada alta.

— Eu já vim do inferno, uma atormentada que subiu ao cargo de ceifadora. Lá não é como retrata nos dramas, você claramente iria implorar perdão no primeiro segundo.

Quem riu com deboche foi ela, cuspindo no chão.

— Ser estupido.

Balancei a cabeça em negação. Me abaixei na frente dela que ainda estava caída no chão, segurando na camisa com bastante força e a olhando bem no fundo dos olhos.

— É uma pena que você não lembra de mim, iria ficar mais divertido.

Nesse momento, e nesse extrato momento, Park Joong-gil resolveu aparecer.

— Calma Hyon-Ah... Eu prefiro acreditar que essa criatura evoluiu com o passar dos tempos e das reencarnações.

— Evoluiu?

Levantei indignada, basicamente a jogando no chão.

— De onde vocês me conhecem? — Perguntou confusa e um pouco assustada com a aparição repentina do Park Joong-gil.

— De longas datas... — Respondi. — E você continua a mesma pessoa estúpida de antes.

Sai de perto dela e respirei fundo.

— Você quer realmente morrer Hyolin? Eu vou te proporcionar isso... De maneira bem dolorosa e lenta.

— Como?

Park Joong-gil abaixou na frente dela e a ajudou a levantar... A observando.

— Senhorita Hyolin, eu sei que tem dias que parece difícil, mas suicídio não é a solução.

Motivos para o Amanhã ( EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora