Capítulo 16

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* ALERTA DE GATILHO*
* VIOLÊNCIA SEXUAL E FÍSICA*
* VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA*

Dooyon se trancou em uma das cabines do banheiro e mesmo se esforçando, dava para ouvir seu choro baixinho, abafado.

Bati na porta do banheiro duas vezes com a dobra do meu dedo indicador.

— Olá, você está passando mal?

A senhora Goo me aguardava em sua sala.

—  Precisa de algum remédio? Quer que eu chame um médico? - Tentei mais uma vez e segui sem resposta.

Bati mais duas vezes na porta da cabine. Como ele não respondeu e estávamos só nós dois no banheiro, abri a tranca ao estalar meus dedos e empurrei.

Ele se assustou e me olhava com os olhos arregalados.

— Senhor.... Lim?

— Isso mesmo.

Olhou o crachá pendurado e meu pescoço.

— Não sabia que trabalhava aqui.

— Comecei hoje, por isso estou atrás de casa ou apartamento para alugar. Minha esposa está trabalhando aqui também...

— É, eu a vi.

— Está tudo bem? Está passando mal ou alguém te machucou?

— Está tudo bem...

— Então, por que está chorando, trancado aqui nessa cabine?

Limpou o rosto e então eu vi o sangue começar a pingar no chão, vindo do seu braço esquerdo que ele escondia entre a barriga e as pernas que estavam encolhidas, quase em posição fetal.

— Então era isso que você estava fazendo aqui...

Peguei sua mão e virei, deixando o pulso visível. Subi a manga e observei o corte.

— Não é tão profundo... Pelo visto foi a primeira vez.

O olhei sério e o fiz levantar-se do chão.

— Vem, vou te ajudar com isso.

O levei até a pia e lavei o ferimento.

— Qual era sua intenção agora? Por que o corte não foi profundo o suficiente para te matar... - O olhei bem no fundo dos olhos. - Ou será que não deu tempo?

— Acabar com esse inferno! - Sussurrou.

Terminei de levar e sequei o corte.

— Vamos até a minha sala... Ou melhor, da senhora Goo.

Ele me acompanhava ao meu lado, cabeça baixa. Parecia ter medo de olhar para os colegas. As pessoas o observavam, a maioria com olhares julgadores.

— O que estão fazendo nos corredores? Para a sala agora! - Ordenei.

Assustados e fofocando, sairiam correndo. Caminhamos mais um pouco e finalmente chegamos até a sala da senhora Goo.

Ela nos observava em silêncio. Dooyon meio tímido e envergonhado, sentou-se de frente para a Ryeon. - Que o park Joong-gil não me escute falar assim, de maneira tão íntima, o nome dela. - a senhora Goo tirou um papel do bolso e desdobrou, colocando na mesa, próximo ao seus braços.

O jovem olhou rapidamente.

— Quando começou as agressões? - Perguntou a senhora Goo.

O rapaz nada respondeu. Me aproximei da mesa e vi o que ele desenhou. Uma gaiola e alguns instrumentos de tortura.

Motivos para o Amanhã ( EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora