* ALERTA DE GATILHO*
* VIOLÊNCIA SEXUAL E FÍSICA*
* VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA*Dooyon se trancou em uma das cabines do banheiro e mesmo se esforçando, dava para ouvir seu choro baixinho, abafado.
Bati na porta do banheiro duas vezes com a dobra do meu dedo indicador.
— Olá, você está passando mal?
A senhora Goo me aguardava em sua sala.
— Precisa de algum remédio? Quer que eu chame um médico? - Tentei mais uma vez e segui sem resposta.
Bati mais duas vezes na porta da cabine. Como ele não respondeu e estávamos só nós dois no banheiro, abri a tranca ao estalar meus dedos e empurrei.
Ele se assustou e me olhava com os olhos arregalados.
— Senhor.... Lim?
— Isso mesmo.
Olhou o crachá pendurado e meu pescoço.
— Não sabia que trabalhava aqui.
— Comecei hoje, por isso estou atrás de casa ou apartamento para alugar. Minha esposa está trabalhando aqui também...
— É, eu a vi.
— Está tudo bem? Está passando mal ou alguém te machucou?
— Está tudo bem...
— Então, por que está chorando, trancado aqui nessa cabine?
Limpou o rosto e então eu vi o sangue começar a pingar no chão, vindo do seu braço esquerdo que ele escondia entre a barriga e as pernas que estavam encolhidas, quase em posição fetal.
— Então era isso que você estava fazendo aqui...
Peguei sua mão e virei, deixando o pulso visível. Subi a manga e observei o corte.
— Não é tão profundo... Pelo visto foi a primeira vez.
O olhei sério e o fiz levantar-se do chão.
— Vem, vou te ajudar com isso.
O levei até a pia e lavei o ferimento.
— Qual era sua intenção agora? Por que o corte não foi profundo o suficiente para te matar... - O olhei bem no fundo dos olhos. - Ou será que não deu tempo?
— Acabar com esse inferno! - Sussurrou.
Terminei de levar e sequei o corte.
— Vamos até a minha sala... Ou melhor, da senhora Goo.
Ele me acompanhava ao meu lado, cabeça baixa. Parecia ter medo de olhar para os colegas. As pessoas o observavam, a maioria com olhares julgadores.
— O que estão fazendo nos corredores? Para a sala agora! - Ordenei.
Assustados e fofocando, sairiam correndo. Caminhamos mais um pouco e finalmente chegamos até a sala da senhora Goo.
Ela nos observava em silêncio. Dooyon meio tímido e envergonhado, sentou-se de frente para a Ryeon. - Que o park Joong-gil não me escute falar assim, de maneira tão íntima, o nome dela. - a senhora Goo tirou um papel do bolso e desdobrou, colocando na mesa, próximo ao seus braços.
O jovem olhou rapidamente.
— Quando começou as agressões? - Perguntou a senhora Goo.
O rapaz nada respondeu. Me aproximei da mesa e vi o que ele desenhou. Uma gaiola e alguns instrumentos de tortura.
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Motivos para o Amanhã ( EM REVISÃO)
Fiksi PenggemarA vida e o trabalho de um ceifador não é e nunca será fácil. Ver as pessoas em seu último momento na terra, temendo a morte, o que vem após ela, chorando em intermináveis arrependimentos e resistindo a passagem chega a ser pior do que o inferno e se...