Capítulo 37

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— O Lim? Certeza, Joong-gil?

— Sim. A Imperatriz ficou na minha sala conversando com ele. E ele não estava bem, tentou ataca-la.

Esses últimos dias estavam sendo muito turbulentos e acontecendo muita coisa para minha cabeça processar. Fiquei preocupada com o senhor Lim.

— Amanhã irei conversar com ele... Se acontecer com ele o que aconteceu com você ele vai precisar de um tempo para absorver e entender tudo o que está acontecendo e sentindo, Joong-gil.

— Sim.

Park Joong-gil estava sentado na cama, lendo um livro. Vestindo apenas uma calça moletom e um casaco, sem perceber estava o admirando como quem ver um jóia preciosa a primeira vez.

Ele sorriu, meio sínico, meio safado.

— O que foi Hyon-Ah...?

— Nada, gosto de ter ver assim, tranquilo, feliz.

— Eu tenho você novamente, por que não estaria feliz?

Ele fechou o livro e o colocou na cabeceira, me olhando por completo.

— Mas, ainda tenho uma sensação de que a Imperatriz irá aprontar alguma coisa, ela aceitou muito fácil a nossa volta...

— Relaxa, Ryeon. Nosso período de provação e de punição, acabou. Não podem nos punir pela eternidade... Eu também acho que ela ainda vai fazer algo, mas acredito que para nosso benefício e não castigo. A sensação que tenho que boa. A imperatriz é uma ótima jogadora de xadrez, e não estaria onde está se não soubesse manusear bem suas peças.

Eu ri. De fato, nas mãos dela, todos nós, éramos peças de tabuleiro de xadrez, para que seus propósitos fossem cumpridos. Sempre nos permitindo entender o que ela quer, somente no final.

— De qualquer forma ela ama todo mundo e não quer nos fazer mal.

— Verdade, o processo só é doloroso no começo e no meio.

— Nem me fale.

Park Joong-gil bateu com a mão no colchão, me chamando para perto dele.

— Você parece um adolescente moderno, porque no nosso tempo, quando nos conhecemos, não me lembro de você ser tão intenso assim. Só quando nos casamos...

Nós dois rimos.

— Mas, somos recém casados.

— Bobo...

Coloquei uma perna minha ao lado de cada uma dele e me sentei sobre suas coxas, colocando as mãos em torno do seu pescoço.

Passamos um tempo nos olhando e nos conectando com o olhar. Ou melhor, lendo um ao outro através dele.

— Como está, Ryon-Ah? Esse caso não deve ter sido nada fácil para você.

— Agora está tudo bem, no fundo eu sentia... Melhor, sinto pena dela. Mas, a ajudar de alguma forma, me ajudou também a me livrar desses sentimentos ruins.

Joong-gil passou a mão no meu cabelo, sorrindo.

— Se algo estiver te perturbando, por favor me fale para que nós dois possamos encontrar uma solução juntos.

Era compreensível o medo dele e o desejo de querer estar comigo o tempo todo.

— Está bem...

Joong-gil me puxou com firmeza pela cintura me deixando ainda mais próximo a ele, meus seios quase encostando nele. Uma mão entre meu pescoço e rosto, sentindo meu corpo arrepiar a cada toque dos seus lábios em minha pele, alternando entre leves mordidas e beijos que começaram no pescoço e foram subindo até nossos lábios se encontrarem, me tirando um suspiro e um gemido sincero.

Motivos para o Amanhã ( EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora