Nas primeiras três horas que cheguei no meu quarto, eu chorei. Chorei e chorei, lamentando pela ida de Beomgyu. Não tinha espaço para pensamentos, apenas a dor queimava em meu peito, fazendo tudo ficar mais doloroso ainda.
Dez horas depois, às quatro da manhã, eu estava revirando minha cama, ainda chorando, mas dessa vez pensando no quanto difícil vai ser seguir sem ele aqui, em como eu vou conseguir ir à escola sem estar do seu lado.
Às dez e meia da manhã, eu estava escondida no banheiro da escola, tremendo o corpo inteiro, sentindo falta dele do meu lado na sala. Ouvir o nome dele na chamada fazia meu corpo sentir calafrios e uma grande dor cortante no peito. As risadinhas de Lia e suas amigas, me faziam observar que todo mundo ali já sabia, por isso haviam tantas risadas em um tom baixo. Os murmúrios soavam cada vez mais altos pela sala. Trancar-me no banheiro foi a única opção que me havia para fugir dessas pessoas cruéis.
Das uma da tarde até às nove da noite, eu acabei adormecendo, de tanto cansaço. Na noite anterior eu não tinha fechado meus olhos por nenhum segundo. Meu medo de dormir era tão grande, que até mesmo piscar me fazia ficar com muita ansiedade.
Às duas da manhã, eu comecei a pensar em todos os momentos bons, que eu não aproveitei de verdade, por ser uma pessoa muito fechada. Era tudo culpa minha, se eu tivesse aproveitado bem tudo, eu não estaria tão mal assim. Por culpa do meu bloqueio emocional, eu deixei com que todos os bons momentos fossem jogados no lixo.
Nos primeiros três dias da semana eu fui pra escola. Mas acabei desistindo de ir. Ir para escola depois de virar a noite e ainda ter que aturar Lia me enchendo o saco, era extremamente cansativo, por isso decidi ficar em casa. Minha mãe vinha me ver de vez em quando, ela não estava com muito tempo, de repente muitos trabalhos de uma vez surgiram para ela, fazendo com que gastasse todo o seu tempo que ela tinha pra descansar, para mexer nos casos de seus clientes.
20 de maio, sexta-feira, 6 PM
Ouço algumas batidas. Remexo pela cama.
Não respondo nada. Mais algumas batidas na porta.
_ S/n, eu sei que está aí. - uma voz masculina soa pelo quarto. Enfio o cobertor em minha cabeça, eu não ia abrir porta para ninguém. Não entendia porque estava tão frio.
_ Por favor abre. Eu só vim aqui pra ver se você está bem.
Suspiro lentamente, ainda sem abrir meus olhos. Resmungo um "entra" e ouço a porta sendo aberta. Mesmo com os olhos fechados, eu me incomodo com a luz que provavelmente vinha do corredor.
_ S/n, não é bom você ficar aqui mofando no quarto.
S/n- Oi pra você também. Soobin.
Soobin- Vim pra te pegar e levar pra comer com a gente na casa do Yeonjun.
S/n- Obrigada pelo convite, espero que se divirtam. - resmungo.
Ele suspira.
Soobin- Queremos você lá.
S/n- Mas eu não estou com vontade de ir. Não se preocupem comigo. Eu estou bem.
Soobin- Claramente não. - sinto meu cobertor sendo puxado do meu rosto.
S/n- Está frio! Não tire o meu cobertor!
Soobin- Tome um banho. Eu vou arrumar esse quarto enquanto você está no banheiro. - abro os olhos com dificuldade. Soobin estava loiro.
S/n- Desculpa Soobin... E-eu não consigo. - meus olhos se enchem d'água. Onde estava toda a minha vontade de xingar alguém?
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That typical bad boy (IMAGINE CHOI BEOMGYU)
FanfictionMudar de escola nunca foi algo que eu realmente gostasse de fazer, mas devido a minha família agir como nômades da atualidade, eu vivia a mudar de cidade. E novamente eu me encontrava em outra cidade, só que dessa vez, era a grande Seul, e como cons...