Chegando no altar, Tighnari teve que se separar do Cyno, o padre começou o casamento.
Tighnari não via a hora de acabar logo, principalmente porque a Nilou estava usando um perfume muito forte.
Quando o padre disse "pode beijar a noiva". Tighnari teve uma pequena ideia que podia arriscar ter as orelhas arrancadas.
Tighnari:- Infelizmente não vou poder beijar a noiva, estou vendado.
Todos riram, a Nilou fez o movimento de dar um selinho. Porém, Tighnari colocou a mão no ombro dela e a outra só tirou a venda e ficou com os olhos fechados.
Tighnari abaixou e tentou abafar o som, porque as pessoas começaram a correr e a sair dali.
A rainha quase teve um infarto. Alhaitham quase foi atropelado pelas pessoas e o Kaven estava conversando com o Cyno no lado de fora e só viram a baderna.
Quando os três entraram, viram a Nilou e o Tighnari rindo. Rainha dando sermão nos dois. O rei estava rindo também, mas disfarçava e a bruxa, bom, ela estava concordando com a rainha.
Tighnari deu um leve beijo na testa da Nilou e o Tighnari aproveitando que não tinha ninguém, abriu os olhos. O Cyno vendo esse movimento ficou tão feliz que finalmente o príncipe iria vê-lo, mas foi arrastado pelo Kaven.
Tighnari só viu denovo aquela mecha de cabelo branco, outra vez. Tentou sair pra ver a pessoa, mas foi puxado pela rainha. O rei só concordou em levá-los pro castelo pra provar que a Nilou era pura.
Quando chegam no castelo, a tradição diz que deixar na cama um lençou branco e depois do ato, mostrar na janela o sangue da pureza.
Como o Tighnari sabia qual quarto era, deixou um frasco com corante vermelho, quase cor de sangue, escondido.
Tighnari:- Não farei nada se você não quiser.
Nilou:- Mas, meu marido. Não podemos quebrar a tradição. O que a família vai pensar se encontrar os lençóis limpos?
Tighnari:- É ou não é virgem?
Nilou:- Sou...
Tighnari:- Quando se sentir a vontade de ter algo vem pra mais perto de mim. Vou me sentir mais tranquilo.
Tighnari sabia que não suportaria viver no mesmo quarto que uma pessoa que não ama. Porém, sabia que podia enrolar até encontrar a pessoa dos cabelos brancos que tanto sonha.
Pegou a mão da Nilou e sussurrou perto do ouvido dela se quer pular na cama. Já que sabia que sua mãe está atrás da porta os ouvindo.
Enquanto pulava, sussurou o pequeno plano que tinha. Nilou pegou um travesseiro e bateu no príncipe. Pareciam duas crianças brincando de guerra de travesseiros e pulando na cama.
Do outro lado da porta a rainha e a bruxa estavam tentando decifrar a algazarra que os dois estavam fazendo. Depois de alguns minutos, Tighnari pediu pra Nilou tirar as roupas e ficar só de camisola. Enquanto ele só ia ficar com a roupa mais folgada.
Pegou o corante e despejou só um pouco no lençol branco. Como estavam brincando, estavam cansados e com o rosto vermelho. Tighnari abriu a porta e deixou as duas entrarem.
Elas pegaram o lençol e colocaram na janela enquanto o Tighnari segurava o riso porque não acreditava que um simples corante vermelho ia enganar elas.
Enquanto as duas ficavam planejando o que fazer quando os netos nascerem, o príncipe pega a mão da Nilou e tira ela do quarto antes que descubram, já que a rainha também é feneco e talvez desconfie do cheiro.
Nilou estava envergonhada, mas seguiu o príncipe, esbarraram no rei que desconfiou do porque os dois saírem do quarto com tanta presa.
Quando chegaram no quarto, Tighnari foi direto estudar as plantas, enquanto a Nilou ficava lendo alguns livros. Os dois sabiam que tinham 0 compatibilidade em qualquer coisa, mas respeitavam o espaço do outro.
Até entrar a rainha querendo assassinar os dois pela brincadeira de mal gosto que fizeram. O rei tentou intervir, mas sobrou pra ele também. Tighnari respirou fundo e revirou os olhos.
A rainha então mandou trazerem uma cadeira e colocou próxima a cama pra ver se realmente a Nilou era pura.
Tighnari achava isso desnecessário. Porém quando os dois se deitaram, o príncipe usou o poder pra criar um pó sonífero e as duas dormiram.
Ele aproveitou esse momento de sonolência das duas e foi pro jardim real aproveitar a noite.
Quando se aproximou das lotus nilotpala, ouviu alguém se aproximar do local, por algum motivo conhecia aquela presença, então sentou num banco, fechou os olhos e esperou essa pessoa se aproximar.
Quando sentiu o cheiro de menta e amêndoas, já soube quem era. Cyno sentou do lado do príncipe, pegou a cauda do príncipe e ficou brincando com a cauda, ficou enrolando no dedo alguns pelos.
Tighnari sentia uma vontade imensa de olhar pra ele, mas tinha medo. A presença dele pelo menos reconfortava o pobre coração que batia mais forte a cada toque que sentia na cauda.
O príncipe então levou a mão até o rosto do Cyno e ficou tentando decifrar como era.
Tighnari:- Você tem os olhos vermelhos?
Cyno:- Sim. Pode abrir os olhos pra comprovar que não estou mentindo. Quer que eu me descreva mais?
Tighnari:- Não, quero descobrir por conta própria, quando eu tiver coragem, graças a alguém, tenho medo de ver a morte das pessoas.
Cyno:- A-Ainda lembra......Desculpa, sei que errei. Era uma criança bem problemática, como meu pai dizia.
Tighnari:- Eu não queria que ele fosse. Porém, não conseguia dizer pra ele não ir. Sinto muito.
Cyno:- Mesmo que conseguisse, ele iria igual. Não se preocupe com isso. Não vai ficar com tua esposa? Por acaso não gosta dela?
Cyno pegou a mão do Tighnari que ainda estava em seu rosto, deu um leve beijo atrás da mão do Tighnari e o príncipe quase tem um infarto.
Tighnari:- Não consigo gostar dela. Ela é simpática, mas não combinamos em nada. Foi um casamento forçado. *Suspiro* Queria me encontrar com a pessoa que tanto me atormenta nos sonhos.
Cyno:- E pode me dizer quem é?
Tighnari:- Se essa pessoa pudesse se virar pra mim. A única coisa que sei é a cor do cabelo apenas.
Cyno levanta e dá um leve beijo na testa do príncipe e sai do jardim entrando no castelo.
O príncipe então levanta rapidamente e tenta respirar normalmente. Não esperava tanto contato com o Cyno. Porém, lá no fundo sentia que era ele a pessoa dos sonhos.
Tighnari voltou pro quarto e viu a rainha furiosa. O príncipe disse que se insistisse, iria fazer ela dormir por uma semana. A rainha sabia que era mentira, mas conhecia o filho e sabe que ele não fará nada por birra de se casar tão cedo.
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