Cap 18

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Depois de uma sessão de amor e ternura entre ambos, os dois dormiram pelo cansaço que tiveram, Cyno pensou em ir embora depois da 3 rond. Só que estava tão cansado que acabou dormindo.

Tighnari vendo que seu amado estava dormindo, o ajeitou melhor na cama, tapou com um lençol fino e foi dormir junto do Cyno abraçados.

Dessa vez esse sonho era diferente, em vez de ter areias quentes e uma pessoa de costas. Agora era um campo só com grama, não havia flores, árvores e nem pássaros.

Nesse campo havia uma mesa grande de madeira com cadeiras também de madeira.

Olhou mais pra frente e viu uma pessoa de costas, pelas orelhas grandes era também um Valuka Shuna.

Essa pessoa parecia fazer um chá num fogão a lenha. Essa pessoa virou pro Tighnari e sorriu.

Tighnari parecia se olhar no espelho, que em vez de ter o cabelo, orelhas e rabo da cor preta. Essa pessoa tinha cores mais amareladas, além de ter uma cauda tão felpuda que podia encostar no chão.

-Vejo que conseguiu encontrar seu destinado. Sente-se, aceita um chá?

Tighnari:- Quem é você? Não quero chá.

- Eu? Faz um bom tempo que tento me conectar com meus sucessores, então meu nome não importa.

Tighnari:- Sucessores?

- Sim, querido bisneto. Eu sou seu bisavô. Aquele que foi a causa de toda essa bagunça.

Tighnari:- É o que? Achei que o responsável fosse minha bisavó. Espera isso não é um sonho?

- Devem ter mudado o meu gênero pra não causar confusão, até porque os homens não geram filhos. Isso não importa. Isso não é exatamente um sonho, sou um fragmento de consciência que consegui armazenar na maldição antes de morrer.

Tighnari não acreditava muito nessa história.

Tighnari:- Se você foi o responsável, por que não quebrou logo de uma vez essa maldição?

- Vou ser breve que meu tempo está acabando. Seu destinado é aquele que vai te deixar livre, mas vai te tirar tudo, isso o inclui. Está preparado pra isso?

Tighnari:- Por que tem enigmas no meu sonho?

- "o último suspiro, numa noite chuvosa, vai despertar o poder e do mesmo jeito que veio, vai se desfazer como pólen de uma flor e trazendo cores ao seu mundo cinza."

Tighnari:- É o que? Isso é uma profecia?

- Foi a última coisa que minha mestra me disse antes de morrer. Nunca descobri como fazer, mas é o jeito que quebra a maldição. Meu tempo acabou, foi um prazer conhecer, Tighnari.

Tighnari acorda ouvindo alguns xingamentos a sua pessoa, olha pro lado e vê o Cyno o encarando com cara de poucos amigos.

Tighnari:- O que foi? Por que está me olhando assim?

Cyno:- *roco* Estou roco e com muita dor nas costas que não consigo me levantar. Quer mais motivos?

Tighnari não sabia se ficava envergonhado por ser violento ou se ficava admirando o seu amado quase dormindo denovo.

Tighnari:- Tem água na jarra e um copo.

Cyno ficou em silêncio, sentou na cama com dificuldade e apontou aonde estava o jarro com água.

Tighnari estava com preguiça de levantar, mas levantou e foi até o jarro, encheu o copo de água e levou até o Cyno que secou o copo em poucos segundos e pediu mais.

Tighnari:- É a primeira vez que encho o copo de água pra outra pessoa, normalmente tem 8 empregadas envolta de min fazendo tudo.

Cyno:- *Roco* Aé. Deve ser muito irritante te tratarem como inválido.

Tighnari:- Nem me fale. tentei correr várias vezes as empregadas do meu quarto, mesmo assim elas insistem por ordem da minha mãe.

Cyno:- *Roco* Obrigado.

Tighnari:- Perdão. Acabei sendo violento com você. Você não tinha um assunto pra tratar com o rei?

Cyno:- *Roco* Eu vou falar quando eu estiver melhor da voz.

Tighnari:- Eu tenho uma boa audição. Pode falar.

Cyno:- *Roco*Eu estou com a garganta ruim, quando estiver melhor eu explico o motivo de vir.

Tighnari concordou e deixou a jarra e o copo na mesinha do lado da cama e deitou na cama denovo aproveitando o momento de paz que estava tendo.

Cyno ainda estava todo dolorido então deitou na cama também, Tighnari pôs a cabeça no peito do Cyno e o abraçou.

Cyno não estava muito acostumado com esse contato, mas não estava o desagradando, pelo contrário estava gostando desse contato que aproveitou e ficou mexendo nas orelhas do Tighnari.

Tighnari não esperava esse toque e se afastou tocando nas orelhas, não afastou pelo medo de serem puxadas, se afastou porque foi de repente esse toque.

Cyno ia pedir desculpa, mas o Tighnari pegou a mão dele e colocou denovo em suas orelhas. Era gostoso e gentil o toque que o fazia querer dormir denovo.

Tighnari passou a mão na barriga do Cyno, ficando triste que aqueles músculos iriam sumir e ao mesmo tempo feliz que o seu destinado, amor da vida dele, geraria um filho deles.

Tighnari:- Isso é tão bomm.... me vontade de dormir com isso.... posso te contar uma coisa. Falou e olhou pro Cyno que concordou com a cabeça.

Tighnari:- Desde os 8 anos sonho com você, mas sempre estava de costas e usava uma manta preta com orelhas de chacal. Agora recentemente você estava carregando uma criança, mas continuou de costas pra mim.

Cyno riu disso. Tanto pelo fato do sonho quanto do detalhe da criança. Sabia o óbvio que não podia gerar nada, por ser homem. Então não estava entendo essa implicância com ele. Talvez, os fenecos tenham um humor diferente? Isso envolve gerar filhos?

Enquanto essas perguntas ecoavam em sua cabeça, sua barriga roncou, não sabia a quanto tempo estavam no quarto, mas fazia um bom tempinho.

Tighnari levantou meio triste por acabar com os carinhos e pediu duas refeição e que trouxessem no quarto. Cyno não gostou muito, mas como não estava apto pra sair da cama ainda, não quis argumentar.

Nilou trouxe as refeições e quis entrar no quarto, mas o Tighnari não deixou. Nilou queria saber quem era a vaca que a substituiu, mal sabia que a tal "vaca" era justo o grande General de sumeru.
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1022 palavras

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