Antes de irem pro campo, Alhaitham avisou o Kaven pra levar as crianças na casa perto do deserto que era mais camuflada, Kaven queria ajudar, mas sabia melhor que ninguém que não tinha experiência com batalhas.
Cyno conversou com a Nilou e ela concordou em deixar o Kaven levar a Safira para a casa, se algo acontecer no castelo pelo menos a Safira vai estar segura.
No campo de batalha, Tighnari estava mais afastado e com os olhos vendados, mas sabia que uma hora ou outra teria que tirar a venda e veria a morte das pessoas. Porém, sentiu um ar frio de chuva, sabia que era um sinal dos ventos que a morte circulava por lá.
Ouviu de longe os cavalos e soldados se aproximando, Tighnari tirou a venda, respirou fundo, segurou a mão do Cyno e abriu os olhos. Sentiu os olhos queimarem, mas levantou a cabeça e percebeu que os soldados estavam calmos.
Tighnari agradeceu todos, sabia que estavam confiando na decisão do rei temporário, se tivessem que morrer para o reino da floresta continuar em paz, fariam com muito prazer.
Quando Tighnari conseguiu se recuperar da ardência dos olhos, apareceu vários soldados e com apenas um sinal do Cyno, todos os soldados da floresta avançaram.
Tighnari sentiu a ardência denovo, mas estava mais longe e protegido pelo Alhaitham, sabia que qualquer coisa teria que tirar o Tighnari de lá.
Em vez de se covardar e esperar a batalha acabar, Tighnari deu um passo da frente e pela audição, ouviu barulho de várias flechas sendo lançadas.
Então afastou do Alhaitham, se agachou e colocou as duas mãos no chão. Enquanto os soldados estavam entretidos na batalha só perceberam as flechas por causa do barulho alto de vinhas e madeiras de árvores serem criadas para fazerem uma barreira.
Cyno estava evitando usar o espírito Anubis, mas com muitos soldados inimigos estava se obrigando a usar. Quando olhou para o alto aonde estava a barreira, viu várias flores diferentes.
Elas caíram em quase todos os soldados, algumas curavam e outras eram tão tóxicas que matava os soldados inimigos em poucos minutos.
Cyno pensou em como o Tighnari sabia quem era inimigo ou não era. Porém, se limitou em apenas aceitar esse poder e continuar se defendendo porque não tinham derrubado muitos soldados com aquelas flores.
Tighnari estava tão focado em defender a todos que não ouviu o rei do deserto, Sohan, se aproximar dele. Quando o Sohan ia acertar o Tighnari com um cajado, Alhaitham o defendeu.
Por causa do barulho, Tighnari se virou e invocou seu arco pra se defender, não era muito forte, mas conseguia se proteger.
Sohan:- Olha. Até que o braço direito do rei é util.
Tighnari:- AONDE ESTÁ MEU PAI?
Sohan:- Nem ideia. Pretendia deixar ele preso, mas o espertinho fugiu junto de umas das minhas prisioneiras. Chega de conversa, quer se livrar desse poder? Eu te ajudo.
Alhaitham:- Tighnari não confie nele.
Sohan:- Você não se mete, seu inútil.
Tighnari:- Não fale assim dele. Como chegou até aqui e como assim me livrar do meu poder?
Sohan:- Uma certa bolsinha me ajudou, a sua sogrinha é uma feiticeira de classe média, poder dela é teleportar em lugares que próximos aonde ela está. Se me deixar te encostar esse cajado, seu poder some e prometo não encomodar mais o povo das florestas.
Cyno:- Já vi bandidos mentirem melhor, perdão a demora. Tighnari, esse poder é muito útil.
Sohan:- Tsk. O que te faz pensar que estou mentindo?
Cyno:- Talvez meu cargo e estar envolta de vários bandidos e ver a maestria das mentiras dele, seja um dos motivos de eu saber que está mentindo.
Sohan pega uma das bolsas e joga no chão. Tighnari tenta detectar aonde ele foi, mas não consegue saber em qual lugar ele se teleportou.
Tighnari e Cyno se abraçam e o Cyno agradece ao Alhaitham por salvar o Tighnari. Alhaitham só diz que está cumprindo ordens.
Enquanto vários corpos estão caídos, Tighnari faz o possível para curar com suas plantas os soldados já caídos, mas está cansando aos poucos, Alhaitham diz que ele está ultrapassando os limites do bom senso, mas Tighnari não ouve e continua na sua missão de proteger a todos.
Cyno volta pro campo e os poucos cortes que ganha, logo é curado, então um dos ataques que recebeu não foi curado, logo percebeu que o Tighnari desmaiou por cansaço.
Sohan já sabia que o príncipe tem o coração muito gentil, então esperava que o Tighnari estivesse cansado o suficiente pra roubar o poder dele para si.
Enquanto estava desmaiado, teve um pequeno sonho, que agora ele percebe que não é exatamente um sonho, mas uma conexão com o seu poder que ajudava a ter informações, que eram enigmas ou pedaços das informações.
Nesse sonho estava no mesmo campo de grama verde, sem flores, árvores e pássaros.
Só estava a mesma mesa, cadeira e o feneco fazendo chá. Tighnari queria voltar pra realidade, mas pelo jeito vai ter que esperar o seu bisavô contar uma história ou dar mais um enigma.
- Olá novamente. Consegui me conectar com você denovo. Que bom que rejeitou o pedido do rei do deserto.
Tighnari:- Se eu tivesse aceitado?
- Simples. Você morria e ele teria autoridade por toda a região da floresta. Seu poder é mais especial que você imagina. Siga seus instintos que eles vão te salvar.
Tighnari:- Seguir meus instintos?
- Exato, seu destinado é o único que pode quebrar sua maldição. Não se preocupe, tudo vai se resolver e todos vão ficar bem.
Tighnari:- Como você sabe disso?
- Digamos que você já deve ter entendido uma parte que quebra a maldição. Junte todos os relatos que conseguiu durante a batalha, você é inteligente e sabe disso. Depois de entender tudo, você vai despertar o seu poder no máximo. Adeus, Tighnari.
Tighnari acordou com um banho de água gelada no rosto. Olhou pro Cyno e sentiu seus olhos arderem, porém a morte do Cyno estava confusa, como se ainda não estivesse escrito. Então ali ele entendeu a parte que faltava na quebra da maldição.
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