Depois que a rainha se retirou do quarto, Tighnari deitou-se e respirou fundo. Estava feliz, queria ter mais contato com o Cyno. Fechou os olhos e dormiu tranquilamente.
Então teve o mesmo sonho, com as mesmas areias quentes e a mesma pessoa só que dessa vez estava sem capuz, mas dessa vez a pessoa virou levemente o rosto, mas a franja estava tapando o rosto.
Tighnari sempre odeia quando isso acontece, mas pelo menos dava pra saber que a pessoa tem pele morena. Quando a pessoa se virou mais um pouco, viu um bebê feneco com manchas pretas, brancas e verdes na cauda e estava no colo dessa pessoa.
Veio um tornado de areia e tudo ficou preto.
Quando acordou, viu que a rainha estava preocupada e o sacudindo muito. Sentou na cama e viu a mão de alguém passar na porta e os mesmo cabelo. Tighnari ia dar um grito pra pessoa parar, mas a rainha o deitou denovo.
Sentia os olhos queimar, como se tivesse cortado cebolas e esfregado os olhos com as mãos sujas de cebola.
Rainha:- Filho, seus olhos estão dourados, o que aconteceu?
Tighnari:- Não sei, meus olhos estão ardendo muito. Ugh...... mãe, procura uma pessoa que tem cabelos brancos e pele morena. Essa pessoa é minha destinada e quem sabe quebre essa maldição.
A rainha soube de cara quem era, a única pessoa que tinha tais detalhes era o Cyno, se ele falou isso é porque nunca o viu. Então pensou num acordo.
Rainha:- Eu sei quem é. Me de netos e eu te digo quem é.
Tighnari:- Então prefere netos do que seu filho melhor? Quero que todo mundo SAIA DO QUARTO.
Então várias vinhas foram criadas nas paredes, chão e na cama fazendo todos recuarem e saírem do quarto.
A rainha percebeu que seu poder cada dia estava mais forte. Foi falar com o rei e ele pediu pra rainha deixar ele em paz por enquanto. Esse poder pode ser perigoso demais e pode ferir alguém.
Kaven bateu na porta do quarto e o próprio príncipe abriu e deixou ele entrar. Estava com os olhos fechados ainda, ardia ficar com eles abertos.
Kaven:- Que houve aqui? Tem haver com sua maldição?
Tighnari:- Sim...... meus olhos ardem. Não sei se o sonho tem haver com isso.
Kaven:- Pode me dizer como foi?
Tighnari:- Por algum motivo, a pessoa sempre está de costas. Ontem essa pessoa virou um pouco o rosto e nos braços estava carregando um bebê feneco. Só que essa pessoa não parecia ser uma mulher e o bebê parecia uma mistura nossa.
Kaven:- Você é mulher?
Tighnari:-...............Kaven, use um pouco o cérebro. Quantas vezes viu eu me trocar?
Kaven ficou em silêncio, já viu muitas vezes o Tighnari sair do banho sem estar enrolado numa toalha. Então sabia que era homem. Ficou envergonhado pela pergunta burra que fez.
Tighnari sentiu um cheiro nunca sentido antes, abriu os olhos e viu uma planta diferente no meio das vinhas. Tocou na flor e a mesma se grudou nas mãos. Tentou tirar mas não conseguia.
Kaven foi ajudar, mas a planta pulou pra mão do Kaven e sumiu. Tighnari e Kaven se entre olharam e ficaram num silêncio. Até que.
Kaven:- QUE MERDA FOI ESSA?
Tighnari:- Não grite. Eu também não sei. Se eu soubesse ajudava. O bom é que meu olhos não ardem mais. Será que eu consigo criar mais?
Kaven:- Se for pra criar, que eu não esteja no meio, por favor. Plantinha estranha.
Tighnari sabia que alguma coisa aconteceu, mas como nunca viu aquela planta, talvez tenha haver com seu poder.
Os meses foram passando e a barriga do Kaven crescia e aumentava a curiosidade do Tighnari e o medo ao mesmo tempo.
Será que o sonho teve haver com a planta e meio que sem querer criou um jeito de engravidar homens? Precisava de testes e nunca conseguia criar aquela planta denovo.
Kaven:- Tighnari..... senti uma coisa estranha da minha barriga...... Alhaitham diz que tô parecendo uma grávida. Alhaitham não tem um pingo de sentimento.
Tighnari:- Pode parecer loucura, mas acho que sim você está. Porém eu-
Foi sacudido com tanta violência pelo Kaven que ficou zonzo e teve que se sentar.
Kaven:- O QUE? TIGHNARI.... que poder é esse? Não envolvia só plantas? Não me diz que foi culpa daquela plantinha? Como eu estou gerando uma criança? Eu. Um homem.
Tighnari:- Eu ainda não sei. Acho que foi culpa do sonho. Não consigo criar outra pra ver como ela é e quais efeitos tem ou se morreria é perderia o efeito.
Kaven:- O que eu vou dizer pro Alhaitham? Parabéns vai ser papai. Mas como eu vou dizer isso se ele não vai acreditar. Se for dele também.
Tighnari estava surpreso com tais declarações. Se bem que desconfiava por causa do cheiro que as vezes o kaven apresentava.
Tighnari:- Já desconfiava que os dois tinham algo. Chame o Alhaitham, quem sabe ele me ajude, já que fica a maior parte do tempo na biblioteca real.
Kaven trouxe o Alhaitham pro quarto.
Tighnari:- Alhaitham, sei o que vou dizer é a coisa mais impossível do mundo, mas alguns meses atrás criei sem querer uma planta, e essa planta pode ter feito o Kaven gerar um filho.
Alhaitham não demonstrou nada, não falou nada e nem saiu do lugar. Parecia que tinha dado algum erro no cérebro e não estava funcionando.
Kaven tocou no braço do Alhaitham e o mesmo tocou na barriga do Kaven que logo se mexeu. Tighnari estava curioso e queria criar mais dessa planta.
Deixou os dois sozinhos no quarto e foi pro jardim ver o que podia fazer pra tentar criar a mesma flor denovo.
Olhou pro portão aonde o jardineiro entra e viu a porta aberta. Foi lá trancar e viu de longe uma garotinha suja com cabelos verdes comendo um pão e estava muito magra.
Os muros eram muito grandes e só tinha acesso aquela parte o jardineiro. Saiu do castelo e foi até a garotinha que ficou com medo.
Tighnari:- Oi garotinha. Cadê seus pais?
Ela chorou, Tighnari não sabia lidar com crianças, mas olhou envolta e não achou ninguém.
Tighnari:- Vem, vou te levar lá dentro. Sei que está com medo, não vou fazer nada. Pode me dizer teu nome?
A garotinha ainda estava com medo, mas sentia segurança naquela pessoa e resolveu o seguir.
- Collei.
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