Depois que os pequenos nasceram, foi como se o ambiente do castelo ganhasse mais vida e cor. Várias flores coloriram o ambiente. Ao ponto dos moradores que viviam perto do castelo pararem para admirar.
O próprio jardineiro não sabia como explicar para as pessoas que queriam saber como as plantas eram tão lindas.
Todos vinham saber qual adubo, fertilizante, água, receita ou qualquer coisa que tivesse pra poder dizer como fez pra deixar o jardim tão bonito.
O pobre jardineiro não podia simplesmente dizer "foi o poder do rei temporário, eu não fiz nada". Até porque ninguém acreditaria, então se limitava apenas em dizer "segredo de família".
A rainha não acreditava no que via, era pura traição, seus primeiros netos eram bastardos e não aceitava isso. Tighnari não se importava com o que a rainha dizia.
O pobre Alhaitham acabou sofrendo as consequências do rei temporário ficar mimando seu amado. Teve tanto dever e responsabilidades que nem eram dele pensou em sair do castelo e levar o kaven e a filha deles.
Cyno estava num misto de felicidade e estresse, queria voltar a ação logo, mas os bebês exigiam muito mais do que ele gostaria.
Tighnari enquanto via o Cyno banhar um dos gêmeos, lembrou da carta do rei, deixou o gêmeo no berço, pegou a carta e começou a ler.
O que leu, o preocupou, foi até a janela e ficou olhando o jardim. Cyno vendo isso, terminou de secar o gêmeo e deixou junto do irmão, foi ate o Tighnari, abraçou por trás e colocou o queixo no ombro e esperou o Tighnari falar.
Tighnari:- Isso era tão óbvio, por que ninguém notou isso?
Cyno:- Eu não sou o Alhaitham pra gostar de enigmas, fala pro seu amorzinho o que tanto te aborrece?
Tighnari:- Não começa com esses apelidos melosos. Aquela bruxa é uma das informantes do rei do deserto. Por causa dela, muita coisa errada aconteceu e meu pai exige guerra no Reino do deserto.
Cyno:- Talvez porque está sempre do lado da rainha que ninguém desconfiou. Quer que eu prenda ela?
Tighnari:- Preciso que ela confirme o que fez....... tive uma ideia e você vai estar envolvido junto do Alhaitham e alguns empregados.
Cyno:- Você é a maior autoridade daqui. Por que isso tudo?
Tighnari:- Julgar ela sem provas iria contra os teus princípios, General. Já aprendi que o medo das pessoas é perceber que a morte dela está próxima.
Cyno:- Nossa, que maligno. Por isso que te amo.
Tighnari explicou o que pretende fazer e estava saindo do quarto quando ouviu o Cyno.
Cyno:- Tighnari, temos um problema.
Tighnari:- Qual o problema?
Cyno:- Deixei os gêmeos juntos e agora não lembro qual dos dois dei banho.
Tighnari:- Toma no cu, Cyno. Eles nem parecidos são. Como consegue confundir eles?
Tighnari foi até o gêmeos e também não lembrava qual dos dois estava no colo, mas sabia que um deles estava mais cheiro.
Cyno:- Isso é trapaça. Usou teu faro pra saber qual dos gêmeos é.
Tighnari:- Espera. Então você sabia e era uma.......*suspiro* piada.
Tighnari foi até a sala do trono, um pouco indignado pela piada ruim.
Chegando lá, pediu pra chamar a bruxa, quer dizer, a sogra, assim que a trouxeram, junto da rainha, porque aonde uma vai a outra está logo atrás.
Bruxa:- Me chamou vossa majestade?
Tighnari respirou fundo e sentiu seus olhos arder, então percebeu que a mulher ficou pálida e ela tentou sair do castelo, mas o Cyno estava na porta junto do Alhaitham, sem escapatória, ela pegou uma pequena bolsa e jogou no chão.
Cyno vendo isso, foi até ela e com a lança, tentou acertar a mulher, mas cortou a fumaça, a mulher simplesmente sumiu e no chão tinha um pequeno bilhete, avisando que vai ter guerra, querendo ou não vai invadir o território do castelo, a menos que o principe vá sozinho até o reino do deserto.
A rainha estava sem entender nada e Tighnari entrega a carta do rei pra ela. Logo ela entendeu o que aconteceu e pediu desculpa pro filho.
Cyno:- Guerra ou sua vida? Escolha difícil. Quer que eu chame a carruagem?
Tighnari:- Cyno, vai pra merda.
Rainha:-*riso* Perdão filho, acabei rindo. Filho, o que pretende fazer?
Tighnari:- Entre perder muitas vidas numa guerra desnecessária ou minha própria vida. Eu escolho me entregar logo. Vamos-
Alhaitham:- Não sabemos o que ele quer com você. Porém, sabemos que pode ser algo envolvendo seu poder, senão não teria chamado só você. E nada garante que as pessoas vão ficar salvas depois do seu sacrifício.
Tighnari:- Mas........
Cyno:- Odeio dizer isso, mas o Alhaitham está certo. Já perdemos um rei, não queremos perder outro.
Rainha:- Exato. Você tem um poder que controla toda a natureza em si. Temos essa vantagem, senão teu pai diria outra coisa, não guerra. Sabemos que seu pai não é muito de guerra.
Tighnari resolveu confiar nas pessoas a sua volta e percebeu que o papel que estava nas mãos do Alhaitham queimou.
Então começou todo o preparo para a guerra, Tighnari deixou esse assunto pro Cyno porque ele não era muito dessa área. Também deixou a parte da estratégia com o Alhaitham.
Se sentindo um inútil, foi até os gêmeos cuidar deles e a rainha que estava com eles também, perguntou se ele não quer ficar na área da enfermagem. Afinal, conhecer muitas plantas e saber como usá-las seria um ótimo acréscimo para as medica e enfermeiros.
Sabia que eles não aprenderiam do dia pra noite, mas era um bom início. Como os médicos já tinham um conhecimento vasto, ele só acrescentou mais um pouco, tirou duvidas e repreendia quando estava fazendo errado.
Ninguém sabia do poder do Tighnari, mas se perguntavam como um príncipe e futuro rei sabia tanto sobre plantas e cogumelos. Porém, desconfiavam de algo, já que todas as vezes que ele se aproximava as plantas e ervas medicinais estavam mais bonitas.
Tighnari aproveitava os momentos de folga e usava o arco e flecha.
Quando finalmente estava tudo pronto, foram até o campo de batalha, Tighnari sabia que o rei do deserto quer guerra na floresta, afinal, se algo envolvia o poder do Tighnari, nada melhor que fazer ele fica no lado da floresta.
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