Cyno estava andando de um lado ao outro no quarto e se firmava nos móveis pra esperar a dor passar.
Finalmente o tão esperado dia havia chegado. Cyno já queria matar o Tighnari ali mesmo, não aguentava as dores, sentava na cadeira para tentar relaxar ou caminhava, deitar estava fora de cogitação, todas as vezes que deitou sentia mais dores do que em pé.
Quando as dores vieram, Tighnari ficou um tempo com o Cyno, mas sentir o olhar de "eu vou te matar" não dava muita segurança ficarem juntos. Então foi fazer alguns afazeres reais e pediu pras empregadas só encherem uma banheira com água morna que ele já estava indo pro quarto.
Tighnari não podia simplesmente chamar uma parteira, pelo simples fato do Cyno ser homem e porque ele intimidava mesmo não querendo.
Kaven foi para o quarto aonde estava o Cyno pra fazer companhia, já que eram amigos a muito tempo.
Cyno:- Se é só pra brotar uma merda de uma flor, por que ainda tô sofrendo com dores?
Kaven:- Espera o Tighnari. Enquanto estiver com essa cara de "vou matar todo mundo" vai assustar ele. Ele me ajudou, vai te ajudar. Muda essa cara um pouco.
Cyno:- Como quer que eu mude minha cara se eu nasci assim?
Kaven:- Sempre com as piadas em dia. Vou ver se as empregadas trouxeram água pra encher a banheira.
Cyno:- Pra que banheira?
Kaven:- Surpresa. Brincadeira, não precisa me olha assim. Faz parte pra criança nascer. Ou prefere sofrer mais?
Cyno:- Se for pra me livrar logo, tô aceitando qualquer coisa.
Kaven:- Eu não conseguia levantar de dor e você fica andando pelo quarto. Sinto muita inveja de você nesse momento.
Cyno:- Estou andando pra desestressa. Quando fico deitado me sinto um inválido.
Kaven ouviu alguém bater na porta e jogou um lençol no Cyno, já que o mesmo estava completamente nu e estava pouco se lixando se alguém o viria assim ou não.
Quando as empregadas entraram, viram o Cyno enrolado no lençol, sentado numa cadeira olhando para o jardim. Como eram poucas as pessoas que sabiam do poder do Tighnari. Apenas suspeitavam que o Cyno estava apenas mais cheinho.
Colocaram água na banheira e logo se retiraram, Tighnari chegou logo depois que as empregadas foram, pediu ao Kaven se retirar para deixar o Cyno mais confortável possível.
Tighnari ajudou o Cyno a entrar na banheira e ficou com a mão na água fazendo pequenos círculos com os dedos enquanto a outra segurava a mão do Cyno.
Cyno percebeu que começou a aparecer pequenas flores na agua, pequenas e brancas bem delicadas e a água começou a pegar um tom verde. Dores sumiram e olhou para o Tighnari.
Suas mechas verdes brilhavam e os olhos também, em vez de ter olhos dourados, estavam verdes tão claros que pareciam cristais. Tighnari sentiu que estava sendo observado, olhou pro Cyno e sorriu.
Aquele pequeno gesto fez o coração do pobre general bater tão rápido que estava com medo do coração sair pela boca.
O Cyno não sabia a quanto tempo ficou olhando o Tighnari concentrado, mas notou que ele mergulhou as duas mãos na agua e agarrou dois bebês.
Por 5 segundo, Cyno ficou admirando o Tighnari com aqueles bebês fenecos com orelhas grandes e um deles era totalmente branco......branco? Cyno tocou na barriga e percebeu que não tinha mais nada. Tentou levantar e as pernas falharam.
Cyno:- Espera aí......Em que momento saíram do meu-
Tighnari:- Não completa essa frase. Era pra ser um momento lindo e você conseguiu estragar. Parabéns, são bem saudáveis. Consegue sair daí ou quer ajuda?
Cyno:- São gêmeos? Uma pequena ajuda não vou reclamar, tentei levantar e minhas pernas falharam.
Tighnari:- São. Suspeitava porque estava um pouco grande pra ser só um. Vou te ajudar a sair daí.
Tighnari estava tão feliz que pegou o Cyno no colo e o levou até a cama. Quando deitou o Cyno na cama, abraçou e começou a chorar por ter dado filhos.
Cyno abraçou o Tighnari e ficou esfregando a costa e uma das orelhas. Ficou olhando seus filhos na cama e percebeu que os dois são meninos. Um deles tinha o cabelo tão branquinho que se tivesse a pele morena seria a mini versão do Cyno com orelhas.
Cyno:- É normal eles serem tão quietos? Achei que iam abrir o berreiro. Nari, deixa eu agarra meus filhos, não se preocupe, agora que tô melhor, vou contar muitas piadas.
Tighnari:- A não, Cyno. Puta merda, por que não deixa essa piadas de lado, fica tão lindo quieto.
Cyno:- A não é bem pequeno.
Tighnari não queria mais ouvir piadas, então pegou os gêmeos e colocou em cada braço do Cyno. Como instinto, os pequenos se agarraram no peito do Cyno e ele não sabia se ficava feliz ou constrangido, já que o Tighnari estava deitado do lado dele e ficou mexendo nas orelhas de um dos gemeos.
Enquanto um era totalmente branco e a pele bem clara, o outro era uma mistura de verde, preto e branco com pele morena mais clara.
Estavam admirando tanto os pequenos, que não lembraram de um pequeno detalhe. Nenhum dos bebês estava vestido e um deles teve uma mira tão certeira que quase deixou cego o Cyno, com o jato de xixi.
Tighnari quase morreu engasgado com a própria saliva, enquanto o Cyno ria tanto dessa pequena surpresa quanto o Tighnari se engasgando. Até porque a piada que ele fez foi " Calma, recem conseguimos ficar juntos e não quero ficar viúvo cedo".
Cyno põem os gêmeos na cama e vai até um jarro com água e lava o rosto.
Imediatamente Tighnari parou de rir e recuperou o fôlego, pegou uma das crianças pra por uma roupa e quanto estava brigando com a frauda. Cyno já tinha vestido um dos gêmeos e estava esperando o Tighnari.
Tighnari percebendo que tinha nenhum conhecimento nessa área, até porque quem cuidou mais da Safira foi a Nilou e as empregadas.
Assim que o Cyno arrumou os dois gêmeos, disse pro Tighnari que enquanto estava no castelo via as empregadas com seus filhos e perguntava se podiam ensinar ele.
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