𝓒𝓪𝓹𝓲́𝓽𝓾𝓵𝓸 16

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𝓜𝓾́𝓼𝓲𝓬𝓪
One Direction - No Control.









Olhei para a mala aberta sobre minha cama e suspirei aliviada ao ver que coube tudo. O acampamento de verão começa hoje, todos os alunos ficam eufóricos quando chega esse dia. Lá tem o que eles gostam, não há como ser diferente.

Elevei meu olhar para a prateleira, quase esquecendo um ítem que não podia faltar, jamais. Corri para pegar minha Bíblia, agarrando ela contra meu peito. Suspirei mais uma vez, abri meus olhos lentamente e observei a pelúcia na prateleira, decidi coloca-la ali como decoração.

Fazia uma semana desde o domingo no parque, Freen e eu nos falamos durante a semana mais sobre o trabalho de biología que diga-se de passagem, fomos muito bem e a professora nos surpreendeu com uma A+ . Não houve mais diálogos, nos víamos nos corredores mas não passava de cumprimentos rápidos. Não sei o que mudou ou o que havia de errado, mas era melhor assim. Eu sempre fico confusa quando estou perto dela, simplesmente não sei lidar. Desde então, deixei a pelúcia ali mas sempre que eu a olhava, lembro dela, era impossível não pensar.

Saio dos meus devaneios e guardo a Bíblia na mala, empurrando o zíper e fechando logo em seguida. Eu estou pronta para mais um acampamento de verão e que esse seja ainda melhor que os outros.

Desço os degraus da escada com dificuldade pois a mala era bem pesada. Vejo meu pai aparecer na sala e quando me olha ele corre para me ajudar.

— Querida...Essa mala está pesada, por que não me chamou eu avisei que te ajudaria a desce-la. — Ele diz em um tom desaprovador.

— Eu não queria incomodar, tá tudo bem... — Mordo o lábio inferior quadro ele coloca a mala no chão assim que chega ao último degrau. — Obrigada pai.

Ele assente e suspira me puxando para um abraço apertado afinal ficaríamos um mês inteiro sem nos ver.

— Você jamais será um incômodo, sinto por essa casa ficará tão silenciosa sem você minha filha. — Ele diz melancólico demais e eu fecho meus olhos sorrindo ao sentir o seu afago.

— Não quero nem pensar em como o senhor irá sentir quando eu for para a faculdade. — Ele me aperta mais forte e eu rio com o seu pequeno drama.

— Ainda estou me preparando para isso, uma coisa de cada vez. — Diz mais pra si do que pra mim.

Enquanto meu pai coloca minhas coisas no porta malas do carro, vejo Tanner se despedir dos pais do outro lado da rua. Ele vai com a gente assim como Anya, papai vai passar na casa dela no meio do caminh0. Estava uma ótima manhã para pegar estrada, o acampamento ficava há três horas e meia de carro. Era bom ter a companhia dos meninos até lá.

Acenei de volta ao país de Tanner que viu o filho atravessar a rua e chegar até nós. Percebi que além da mochila estilo militar, ele estava carregando seu violão. Para que possamos fazer nossas rodas de canção e louvor a Deus com o grupo. Observei quando meu pai o ajudou a colocar suas coisas junto das minhas.

Entramos no carro e seguimos o trajeto até a casa de Anya. Meu pai a cada instante me perguntava se eu estava esquecendo algo, como remédios, protetor solar e até mesmo uma bússola caso me perdesse, isso mesmo, uma bússola...

— Pai está tudo bem... estou sempre por lá todo ano. Os supervisores são pessoas treinadas para isso. — Tentei conforta-lo no banco ao seu lado enquanto dirigia. Tanner estava no banco de trás e parecia distraído com seu MP3.

ᴡʜɪᴛᴇ ʙᴏᴡ - ꜰʀᴇᴇɴʙᴇᴄᴋʏOnde histórias criam vida. Descubra agora