ᴡʜɪᴛᴇ ʙᴏᴡ - ꜰʀᴇᴇɴʙᴇᴄᴋʏ

𝓒𝓪𝓹𝓲́𝓽𝓾𝓵𝓸 7

𝓜𝓾́𝓼𝓲𝓬𝓪
One Direction - Last First Kiss.

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— Então esse é o seu quarto? — Freen perguntou retoricamente enquanto andava sobre o piso de madeira. Eu estava com as mãos atrás do corpo meio sem saber o que fazer ou dizer. Na verdade não soube ao certo como paramos ali. — Imaginava um cômodo mais... eclesial.

Revirei os olhos com seus insultos mais uma vez. Observei quando ela passou os dedos sobre minha prateleira de livros, parecia curiosa.

— Gosta de ler? Eu gosto... é o que me faz sair dessa merda toda. — Confessou enquanto esteve de costas para mim, estava escolhendo um livro.

— Ler me traz paz mas pra ser sincera, faz um tempinho que não leio algum livro. — Sentei na ponta do colchão e fiquei observando quando Freen segurou o livro do pequeno príncipe e me olhou.

— Esse livro é o meu favorito!

— Eu adoro esse livro!

Falamos praticamente juntas e acabamos rindo ao mesmo tempo quebrando um pouco da tensão.

— Ele tem uma mensagem muito boa... mas não é tão simples assim de entender, eu por exemplo não entendi na primeira vez que li. — Ela disse agora mais empolgada ao saber que partilhávamos do mesmo gosto literário. — Me diz, quais gêneros gosta de ler? Não me diga que é romance. — Ela faz uma careta como quem diz: Arg, emoções.

Eu sorri percebendo sua empolgação enquanto guardava o livro no mesmo lugar e sentava ao meu lado. Seu perfume não era forte mas foi capaz de chegar até as minhas narinas, era doce.

— Gosto muito de fantasia, mistério... daqueles de detetive com um caso que me surpreenda no final. — Disse ao lembrar de alguns livros que li. — Tem um que adoro muito, me deixe pega-lo. — Levantei da cama e me aproximei da prateleira com livros. Todos em ordem alfabética como meu toque permitia. — Ele é de uma escritora brasileira, foi traduzido e nossa... o final dele é surpreendente.

— Está me deixando curiosa! Qual o nome? — Ela disse e eu sorri.

— "O caso da borboleta Atíria"  — respondi enquanto procurava pelo o livro e mordi o lábio satisfeita ao encontra-lo. — Ele é de fantasia, tem mistério e algumas mensagens genuínas.

— Está fazendo uma propaganda ótima dele, preciso ler urgentemente. — Revelou.

— Você pode levar, eu já o li milhares de vezes. — entreguei o livro a ela que pegou com uma empolgação como uma criança que recebe um doce.

— Machuco seu nariz e você me empresta um livro, essa troca é justa? — Ela diz enquanto solta uma risadinha debochada. Dei de ombros.

— Você me disse que não foi proposital, então aceitei suas desculpas.

Antes que ela pudesse dizer algo, ouvi o barulho da tranca no andar de baixo, logo os passos do meu pai e sua voz ecoou ao chamar por mim. Arregalei os olhos e olhei pra Freen que estava super relaxada na cama. Meu pai não gostaria nenhum pouco de vê-la aqui.