Fear.

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Medo.

Clementine Lincoln

Estava com a respiração descontrolada enquanto andava pela sala escura. Me sinto uma idiota por ter aceitado essa proposta ridícula de jogo. Ainda mais que me jogaram para os leões, sem nenhuma ajuda. Eu ainda não tenho total reconhecimento da casa, mas acho que estou na sala principal. Sinto meu corpo bater contra alguém e minha mãos seguraram por reflexo nos seus braços, pelo físico eu sei que é um homem.

- Shii.. Sou eu. - Andrew. Me afastei, mas ele me puxou pelos braços e entramos em um lugar bem menor, suas ações foram tão rápidas que só depois de um tempo eu comecei a me debater. - Calma, eles estão aqui. - Avisou em um sussurro.

Franzi o cenho e quando estava prester a falar, ele tapou minha boca. Meu corpo grudou no seu e eu senti uma parede atrás de mim. A luz do lado de fora acendeu e eu escutei passos.

- Porra! Aonde é que eles se enfiaram? - Escuto Aron perguntar irritado.

- Só sobrou o Andrew e a Clementine. - Escuto a voz de Brian. — A gente sabe o quanto ele é esperto.

Olhei para o moreno em minha frente, ele tinha um sorriso convencido nos lábios. Sua mão parou de tocar minha boca e ele a desceu para o meu pescoço. Engoli um seco e desviei o olhar.

- Podemos subornar? - Dessa vez era Chris.

- Não fiz uma regra sobre isso. - Ari respondeu e sua voz soou frustada.

- Então a gente pode!

- Vamos lá. - Brian chamou. - E Ari, vigie o quintal.

Escutei passos indo para longe e respirei fundo. Merda de jogo. Sinto Andrew se afastar e me virei para achar a porta, mas no escuro, acabei voltando a ficar perto dele.

- Se quiser ficar grudada e só falar. - Zombou.

- Cala a boca. - Revirei os olhos. - Precisamos sair.

- Eu aposto que se ficarmos, eles vão desistir do jogo. - Disse se aproximando novamente e eu fui para trás, ficando encurralada.

- Como sabe disso? - Perguntei em um sussurro, vendo o sorriso em seus lábios.

- Porque eu fiz a mesma coisa no ano passado. - Deu de ombros. Seus olhos ficaram presos nos meus e isso me incomodou. Desviei o olhar para os seus braços e observei suas tatuagens.

- Tenho vontade de fazer uma. - Disse indiferente. Ele inclinou sua cabeça para encontrar de novo o meu olhar.

- Aonde? - Sua voz quase não saiu.

- Estava esperando você sugerir um lugar. - Estranhamente, meu corpo pareceu se relaxar diante dessa aproximação.

- Vai ser em um lugar escondido? - Perguntou e sua mão direita tocou meu ombro.

- Não posso fazer tatuagens amostra. - Mordi os lábios involuntariamente, por ouro nervosismo, e seu olhar mudou.

Um passo a mais e ele estava bem ali, de cara comigo. Nossas respirações se misturaram e eu senti seus dedos abaixarem o meu casaco.
Minha mente gritava por alerta vermelho mas eu não o impedi, continuando a olhar seus olhos. Seus dedos passearam lentamente até minhas costelas, por cima da blusa, e ele parou ali. Andrew fitou cada detalhe do meu rosto, e lambeu os lábios antes de dizer:

- Aqui. É o lugar perfeito. - O barulho de passos na sala chamaram a nossa atenção, mas nós não se afastamos.

- Tudo bem, Drew. - Ari gritou. - Seja lá aonde estiver, nós desistimos!

The Wrong Choice.Onde histórias criam vida. Descubra agora