The Wrong Choice.

Protect my child.

Andrew Blake

Meu corpo dói em cada passo ou movimento que eu faço. Passei a noite em claro e pelo o fato do céu já estar clareando, acredito que são por volta das seis da manhã. A cartela de cigarro que estava há um bom tempo parada no meu carro acabou hoje. E a boate em que estou presente, está uma verdadeira zona, descobrimos apenas 1 novata. Aparentemente, Jackson pagou um valor bem mais alto para ela bisbilhotar e foi ela que descobriu que as meninas tinham saído numa missão. Outra pessoa conseguiu a informação que a missão foi o baile beneficente e eu tenho quase certeza que essa pessoa está na mansão.

― Pelo o que está dizendo nos papéis, ela não tem família. ― Elijah analisava os documentos de Bianca, a infiltrada. ― Se for verdade, ela só fez por dinheiro.

― Eu não quero saber dessa garota, Elijah. Apenas mate-a e pronto. ― Revirei os olhos com desdém. ― O meu único objetivo é acabar com Jackson, e temos uma pista perfeita.

― A foto que vocês encontram pode ser tudo, até mesmo uma farsa. ― Ele me fitou. ― Essa garota pode nos beneficiar também.

― Como? ― Bufei. ― Para mim, ela é uma completa perda de tempo.

― Não está pensando com clareza, Andrew. ― Negou com a cabeça, voltando a analisar os documentos. ― Vá para casa e veja como está seu filho e sua mulher.

― Sabe que eu não vou descansar.

― Sei, mas estou deixando você focar no que quer. ― Deu de ombros. ― Você quer informações da foto, então vá e encontre o restante da equipe. Eu cuido de tudo aqui.

Apenas assenti, sem disposição para debater sobre nada com Elijah. Saí do escritório e desci as escadas da boate, vejo os diversos seguranças vigiando a infiltrada.

Bianca tem vinte e dois anos, nasceu na Itália e trabalha em bordéis dês dos dezesseis. Isso é o que a ficha dela diz, mas eu vou investigar melhor. A garota tem os cabelos curtos, na cor vermelha, sua pele é branca e seus olhos são azuis claros. Ela tem uma beleza diferenciada, que nesse momento se esconde sobre os machucados no seu rosto. Os seguranças não são muito amigáveis.

Parei próximo a ela. Seu corpo está preso numa cadeira de madeira, em frente ao bar. Ela está usando uma roupa bem chamativa e isso permite com que eu veja uma grande cicatriz na sua perna, que começa no joelho e vai até o início da sua coxa. Bianca revirou os olhos com a minha análise, mas também não abriu a boca para falar nada. Passei pelos seguranças e segui meu rumo para fora da boate.

Meu carro está completamente lavado de barro e furo de tiros, eu senti meus braços estalando quando sentei no veículo. Procurei por mais algum cigarro mas não encontrei nada, o que me fez bufar. Focando meus pensamentos para um bom banho e um prato de comida quente, eu saí com o carro em alta velocidade. O trânsito surpreendentemente não está ruim, já que é um horário de pico. Em alguns minutos eu já estava estacionando na garagem da mansão e demorei um tempo para sair do carro.

Grande parte de mim não quer sair desse carro pelo simples fato de não saber o que me espera lá dentro, não sei quais informações temos, não sei como está Clementine, não sei como ela irá reagir com outra perda. Sendo bem egoísta, eu não quero que nada respingue em mim. Mas tudo é exatamente como eu esperava.

No momento em que coloco os pés na mansão, vejo Clementine virado de lado para mim. Ela traja uma calça de couro com suporte, onde no momento, ela está colocando uma faca de um lado e eu consigo ver uma pistola do outro. Seus cabelos estão presos e seus seios levemente expostos devido ao decote da regata. Ela deu um passo para trás com o susto ao notar minha presença e eu continuei olhando com a sobrancelha arqueada.