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L A Y L A
S A M P A I O

- foi bom? - perguntei pra Petra e Sandra após sair do palco.

- bom? Tá brincando? Foi perfeito - Petra diz e eu sorrio.

- foi incrível,amiga,você arrasou - Sandra sorri e esfrega as mãos uma na outra - minha hora agora.

Os gritos lá fora continuam, única sorte é que a dona Rita, A chefa daqui do karaokê não tá aqui. Ela ia pirar! A única que tá aqui é a Bia, secretária. Ela que reserva cada pessoa pra entrar nesse karaokê. E a sala dela sempre tem um som com uma música no 100 de volume, impedindo ela de escutar tudo aqui.

- vou beber um pouco de água na garrafinha que trouxe na minha bolsa,deixei a bolsa ali naquelas cadeiras solitárias - digo e as duas assintem - boa sorte, Sandra.

- Obrigada la' - ela agradece pelo meu apelido.

Saio caminhando até aquelas cadeiras. Vou direto na cadeira onde coloquei minha bolsa e simplesmente ela não tá aqui.

Arquio a sobrancelha e olho nas outras. Olho uma,duas, três,quatro vezes. Uma por uma,achei nada.

- mais que porra... - passo a mão pelo meu cabelo - onde raios tá minha bolsa?

Será que ela caiu no chão?

Tá,não pode ser,por que eu tô de saia vai que eu me abaixe e minha saia suba e minha calcinha apareça?!

Reviro os olhos.

- são longuinho são longuinho se eu achar essa bolsa eu dou três pulinhos - falo o famoso ditado.

Vago o olhar pelas cadeiras de novo e de novo,paro quando acho a maldita bolsa jogada

NO CHÃO!

Eu vou ter que me abaixar pra pegar é isso?

Coloco as mãos na cintura e faço uma careta.

- prescisa de ajuda, aí? - uma voz masculina fala.

Me viro pra trás e arquio a sobrancelha.

Gabigol,o cara que eu fiquei fazendo contato visual enquanto cantava.

- é... Minha bolsa - aponto pra ela jogada no chão - se eu for me abaixar minha saia vai subir e... você sabe... - faço uma pausa - pode me ajudar?

Meu

Deus

Você devia ter falado: não

Ele iria insistir e eu ia aceitar,mais pedir ajuda direto?

Aí fode,layla.

- eu pego pra você - ele responde sorrindo,tá,não foi tãoooo ruim eu ter pedido ajuda primeiro.

E aí o Gabigol simplesmente abaixa na maior tranquilidade, não deixo de reparar no sorriso dele,os olhos fecham assim como o meu.

Ele se levanta e me entrega minha bolsa, coloco ela na caxeora e reviro os olhos.

Dou três pulinhos,ele me olha sem entender nada.

- são longuinho - falo pra ele,que dá risada e concorda.

- entendi,Layla. - Gabigol fala, por que foi bom escutar ele falando meu nome? Calma,como ele sabe meu nome?

- como cê sabe meu nome? - indago confusa.

- meu amigo Fabinho foi perguntar sobre você pra outra garota que tava falando com você. Uma tal de Petra - Gabigol coloca as mãos no bolso da sua calça - canta muito. - ele dá um sorrisinho.

AMOR DE FIM DE NOITE•• Gabriel Barbosa Onde histórias criam vida. Descubra agora