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G A B R I E L
B A R B O S A

Olho pra Layla que tá com o celular levantado,a lanterna ligada,toda coberta com o cobertor,cabelo jogado na cara e com um biquinho na boca extremamente assustada.

- calma,sou eu - Solto uma risada.

- porra,pensei que fosse alguém invadindo a casa sei lá... - ela xinga baixinho e eu nego com a cabeça.

- que chuva do caralho,mano - passo a mão na testa - tá com frio? - olho pra ela dos pés a cabeça que mesmo com o cobertor ela tá se abraçando com uma mão.

- pior que tô,esse cobertor não tá resolvendo tanto - ela respira fundo.

Franzo o cenho e estendo minha mão pra ela, que parece entender e toca minha mão de volta.

Dou um sorrisinho e acaricio a mão dela.

- não quer ficar lá no meu quarto? Lá tem uns cobertores e a gente pode ficar conversando - sugiro e ela parece pensar um pouco mais logo concorda - então vamos,Loira.

Ela aperta minha mão e faz um carinho ali e sorri abertamente pra mim.

Não deixo de observar seus olhos verdes,a boca vermelhinha e o sorriso extremamente lindo.

Aperto sua mão de volta e nós começamos a caminhar, tenho que ter cuidado pra não cair nessas escadas.

Por que afinal eu tô olhando pra ela,só pra ela,e não pra frente.

(...)

- que troféu bonito - Layla aponta pra foto onde eu tô segurando o troféu da libertadores de 2019 e 2022.

- muito - sorrio de lado - vem cá, loira - bato na cama,ao meu lado - tu tá olhando essas fotos tem meia hora.

- é que você tá muito bonito aqui - ela solta e depois parece perceber o que disse - com todo respeito,claro.

- eu entendi - dou uma risadinha e me levanto da cama e puxo ela pela mão,a fazendo ficar do meu lado na cama - acha que só tô bonito ali? Aqui não?

- naoo,aqui você também tá muito bonito - Layla diz e dá um sorriso fraco.

Nós dois ficamos em silêncio e o barulho da chuva continua e um trovão faz um barulho enorme. Enorme mesmo.

- AI! - A Layla grita e praticamente pula em cima de mim,me fazendo deitar em cima da cama e ela vir por cima de mim.

Ela abraça forte meu pescoço, abraço sua cintura e escondo meu rosto na curvatura de seu pescoço,o cheiro dela é maravilhoso.

Outro trovão acontece e ela arranha minha nuca.

- calma,loira. - susurro baixinho em seu ouvido.

- odeio chuvas - ela susurra de volta e eu aperto sua cintura.

Passo a mão em seu cabelo e o jogo pra trás, a Layla que tá com a lanterna do celular coloca bem colada nos nossos rostos e me olha.

Olho no olho.

Ela respira pesado e toca minha barba.

- me desculpa Gabriel.... - susurra meio ofegante.

- pelo que? Eu tô gostando de você aqui - arranho sua cintura - pra mim essa posição tá perfeita.

- meu Deus Gabriel - ela nega com a cabeça e solta um riso.

AMOR DE FIM DE NOITE•• Gabriel Barbosa Onde histórias criam vida. Descubra agora