9 ♢ A Nova Casa

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━━━━━ ◇ 𝐋𝐞𝐨𝐧𝐢𝐬 ◇ ━━━━━

DEPOIS DE TODO AQUELE MOMENTO DE TENSÃO, do banquete e dos discursos de Dumbledore, ele finalmente disse algo que me trouxe algum alívio:

— E agora... – disse Dumbledore, se pronunciando depois de um tempo – É hora de dormir. Andando!

Os novos alunos de Grifinória seguiram Percy, um dos Weasleys, por entre os grupos que conversavam e saíram do Salão Principal. Sem mais opções, e ainda repleto de olhares sobre mim, eu também o segui e subimos a escadaria de mármore.

Minhas pareciam chumbo porque estava muito cansado e ansioso. Não conseguia pensar em como decepcionaria minha família estando naquela casa e me questionando se o chapéu seletor não havia errado de alguma forma.

Subimos outras tantas escadas, bocejando e arrastando os pés, e comecei a me perguntar quanto ainda faltava para chegar quando de repente paramos. Um feixe de bengalas flutuava no ar à nossa frente, e quando Percy avançou um passo em sua direção, começaram a assaltá-lo.

— Pirraça... – cochichou Percy para os alunos do primeiro ano. – Um Poltergeist.

Então, ele falou em voz alta:

— Pirraça, calma! Quer que eu vá procurar o barão Sangrento?

Ouvimos um estalo e um homenzinho com olhos escuros e maus e a boca escancarada apareceu, flutuando de pernas cruzadas no ar, segurando as bengalas.

— Oooooooooh! – disse com uma risada malvada. – Calourinhos! Que divertido!

E mergulhou repentinamente contra nós. Todos se abaixaram.

— Vá embora, Pirraça, ou vou contar ao barão, e estou falando sério! – ameaçou Percy.

Pirraça estirou a língua e desapareceu, largando as bengalas na cabeça de Longbottom. Nós o ouvimos partir zunindo, fazendo retinir os escudos de metal ao passar.

— Vocês tenham cuidado com o Pirraça! – recomendou Percy, quando retomamos a caminhada. – O barão Sangrento é o único que consegue controlá-lo, ele não dá confiança aos monitores. Chegamos.

No finzinho do corredor havia um retrato de uma mulher grande, vestida de rosa.

— Senha? – pediu ela.

— Cabeça de Dragão... – disse Percy.

O retrato se inclinou para frente revelando um buraco redondo na parede. Todos passamos pelo buraco, enquanto Neville Longbottom me encarava com uma certa estranheza no olhar.

Quando entramos, percebi que estávamos na sala comunal da Grifinória, um aposento redondo cheio de poltronas fofas. Percy indicou uma escada em caracol – era óbvio que estávamos em uma das torres – onde ele apontou às garotas a porta do seu dormitório e, aos meninos, a nossa.

— Agora, façam duas filas... Uma para as meninas e uma para os meninos. – disse ele, e entre alguns empurrões ansiosos, nós fizemos como ele pediu. – Ótimo... Estou com a listagem de nomes de cada dormitório.

— Como assim? – perguntou o irmão de Percy, Ronald.

— Isso significa que terão que dividir um quarto com mais quatro outros alunos. Isso também serve para as meninas. – explicou Percy, sentindo-se responsável. – Está tudo aqui...

— Espero que não tenhamos que dividir quarto com aquele ali... – escutei o ruivo murmurar a Harry, que deu de ombros.

E assim, conforme alguns minutos se passaram, os alunos que eram chamados por Percy iam diretamente para seus dormitórios. Ele fazia o mesmo com as meninas, e Hermione Granger desapareceu com mais outras quatro garotas.

Lovely & Venomous - Harry Potter FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora