Cap 29

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Hey! Novo capítulo!

Sei que estão muito felizes por o ter disponibilizado.

Quando parecia tudo calmo...aparece-nos o pai da Di.

O que será que ele anda a tramar?

Já sabem: espero muitas estrelinhas e comentários, pois adoro saber a vossa opinião às minhas obras.

Geralmente respondo sempre.

Não se esqueçam de estar atentos ao meu perfil, pois publico sempre lá o andamento da minha escrita.

Boas leituras ☺  

E ainda ninguém conseguiu adivinhar a surpresa que estou a preparar ;)

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- Hey! Que pensas que estás a fazer?  - disse afastando-me dele.

- Como assim? Sou teu pai! Tenho todo o direito em mandar em ti... - parecia autoritário e seguro. Já não me recordava que ele era assim.

- Então onde estiveste estes anos todos? Pensas que podes regressar assim sem mais nem menos e mudar a minha vida?

- Não fales assim comigo, mocinha! Só não quero que cometas os mesmos erros que eu...

- Que tu? Já pensaste que eu poderei querer este filho...ou melhor estes filhos. Pois, estou grávida de trigémeos.

- O quê?? Como é que isso aconteceu? - estava admirado e zangado. Mas o que eu queria era que ele fosse para o inferno.

- Oh, sabes muito bem como. Fizeste o mesmo com várias mulheres.

- A minha relação com a tua mãe não ia dar em nada. Era mais rotineira que outra coisa.

- Como podes dizer isso? Tinhas uma filha! Abandonaste-nos.

- Sim, mas continuo a ser o teu pai. Por isso tens que fazer o que eu mando.

- Perdeste esse direito no dia em que saíste pela porta de casa. Além disso, já sou maior de idade. O Afonso vem me tinha avisado que não vales nada!

- Fica sabendo que nunca deixei de pensar em vocês as duas. E não deverias ouvir esse fulano!

- Porquê? Ele é teu filho e, além disso, ajudou-me quando mais precisei. 

- Mas quer à força toda que o reconheça como sendo meu filho. Posso tê-lo feito, mas nunca disse que iria tomar conta dele. Foi fruto de uma relação passageira, não vai ter direito a um único tostão que eu juntei durante a minha vida toda!

Otário! Este homem nunca deveria ter tido nenhum filho.

- Deverias reconhecê-lo. Não tens noção do quanto os teus filhos andam a sofrer...

- Como assim? - interrompeu-me  - Tu estás grávida de três criaturas. O pai ao menos sabe?

- Claro. Ele é o meu noivo. Eu estou muito feliz!

- A tua mãe, o que acha da situação?

- Sinto que ninguém me apoia. Especialmente a mãe.

-Por isso é que deves fazer um aborto. É um erro.

- Eu e o Afonso somos um erro? - perguntei-lhe furiosa.

- Sim - o quê??? - E-e-e-u-u- não n-nasci para ser pai! - disse a gaguejar. - Mas não vês que a minha vida não foi feita para aturar putos?

- Então? Prostitutas e gente famosa?

- Achas que sabes muito sobre a minha vida, não é? - e encosta-me à parede ameaçando-me - Pois, fica sabendo que não sabes nada. Nem te irei contar pois não é da tua conta.

Eu estava cheia de de medo, não vou negar. Tinha , neste momento , os olhos fechados. Quando entrei em mim, ele já tinha ido embora. Quero descobrir  o que ele me esconde, mas estou assustada. Este não é o homem que eu tinha conhecido como sendo o meu pai.

-DI!!!! - grita o Diogo no fim do corredor. Ele corre na minha direção - A minha mãe disse-me que estiveste com o pai. Está tudo bem?

- Sim, mas estive a pensar numa coisa.

- O quê? Passa-se alguma coisa. Estás-me a deixar preocupado.

- Não! - ri-me - Podes estar descansado. É só que já estamos noivos há algum tempo que já começo a ficar ansiosa que chegue o dia.

- Eu sei. Também eu. Estou ansioso por te colocar um anel nesse dedo e poder dizer que és oficialmente minha. Mas pensava que não te querias casar já. Como estás grávida...

- Estive a falar com a tua mãe e ela disse para me preocupar com aquilo que me faz feliz. A nossa vida tem sido uma confusão! E agora esta história da Xana ainda veio complicar mais as coisas. Por isso quero pensar na minha vida. Tratar das coisas para os bebés, o nosso casamento...

- Por mim casávamos já manhã, mor. 

- Hehe, assim também não! Mas podíamos começar já a pensar numa data. Só quero algo simples e, de preferência, apenas com os amigos mais próximos.

-Temos é que ter cuidado depois na lua de mel, por causa dos bebés...

- Podíamos ir depois quando eles forem maiores. Só me quero casar contigo e dar-lhes uma ótima vida.

- Não te preocupes. Irás dar uma ótima mãe! Olha, novidades, descobrimos os homens com quem a Xana se relacionou nos últimos tempos e eles já vieram fazer o teste. Daqui a umas semanas saberemos os resultados.

- Isso é ótimo. Pode ser que este assunto fique resolvido de vez...

- Não confiava muito nisso. Ainda há pouco tive a falar com o meu padrasto e ele disse-me que no máximo dá-lhe uma semana de vida. O organismo dela está muito mau mesmo.

- E depois temos que tratar do funeral e isso. A Taty é que vai ficar chata!

- Ela já está a começar a desconfiar que algo se passa. Mas acredito que ela lide bem com a situação. Por falar nela, vou ver onde ela está. Ficas bem?

- Sim. Vai descansado. - e demos um beijo de despedida.

Não lhe contei pois não quero preocupá-lo. A prioridade dele nestes dias tem sido a filha. Está fazendo de tudo para que ela tenha todo o apoio que precisa.

Decido ligar ao Afonso para lho contar do que tinha ocorrido.

- Oi, Di. Tudo bem? - responde ele, alegre e surpreendido do outro lado da chamada.

- Sim, está tudo e contigo?

- Tem de ser. Estava a tratar do som para logo.

- Para partir a loiça toda logo - oiço ele do outro lado a rir-se. - Vi o pai no hospital. É um dos principais suspeitos de ter infetado a ex do Diogo com Sida.

- Esse filho da mãe! Só está bem a estragar a vida dos outroos. Falaste com ele?

- Sim. Acreditas que ele me ameaçou. Disse para não me meter na vida dele.

- Não te preocupes. eu trato dele. Não quero que te preocupes. Trata do Diogo e dos teus bebés. São a única coisa que quero que cuides.

Depois desta conversa, percebi: Eu estou grávida, não me convém preocupar com muitas coisas. Decidi investir naquela ideia que o Diogo me tinha dado há umas semanas: abrir uma escola de dança. Isto vai ser o meu futuro profissionalmente.

Comecei a sentir uma correria no hospital. 

Encontro o Paulo a correr em direção ao elevador.

- Paulo! - chamo. - O que se passa? - pergunto-lhe aos berros.

- Aquilo que já sabíamos que iria acontecer não tarda!

Depressa compreendi a mensagem e meti-me também no elevador acima para tentar saber novidades.


Fragilidades do Coração - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora