Capítulo 37

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Katerine Clark

Fui imprudente, se eu tivesse feito somente o que tivemos combinado o Eros não estaria passando por isso agora, ele descobriu que sua vida toda foi uma mentira enquanto segurava sua mãe ferida em seus braços.

Eu sou uma idiota, a Olivia agora está bem, se recuperando no quarto, mas a culpa não deixa de corroer o meu peito nem por um momento.

Ainda estamos na casa dos meus avós e meus pais e o Apollo voltaram para o Brasil, eles já passaram muito tempo fora e precisavam retornar com os seus próprios problemas, eu e Eros decidimos ficar por aqui até a mãe dele estar melhor e decidir se vai conosco para o Brasil ou não.

Os olhos azuis do homem que eu amo quase gritam para que ela escolha ficar próxima, para que eles finalmente possam construir uma relação.

Hoje a Olivia vem para "casa", ela ainda não teve oportunidade de conhecer o Heitor pessoalmente e o Eros está tão nervoso que nesse momento está andando de um lado para o outro enquanto a mãe não chega.

- Você precisa parar de andar igual barata tonta Eros, daqui a pouco vai fazer um buraco no chão. – Reviro os olhos implicando com ele.

- Eu devia ter ido buscar ela. – Ele me olha aflito e me aproximo dele.

- Você precisa relaxar grandão, ela já deve estar chegando. – Falo e vejo seus lábios curvarem em um pequeno sorriso. – Deus, tenho certeza de que você teve um pensamento impuro nesse momento.

- Agradeça por eu não externalizar ele. – Ele fala e dou uma risada abafada.

- Posso culpar os anos de convívio com o Apollo, né? – Falo e ele coloca uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha.

- Pode sim, a diferença e que ele falaria sem vergonha nenhuma o que ele pensou. – Ele olha para os meus lábios e institivamente passo a língua umedecendo-os.

Estar perto do Eros é sempre uma grande montanha russa de sentimentos, tudo ao lado dele é mais intenso, mais vivido e muito melhor.

Nós funcionamos bem juntos, temos uma dinâmica que funciona e não consigo imaginar um futuro em que ele não esteja incluído.

- Consegui distrair você? – Falo baixo e mordo meu lábio inferior.

- Sempre. – Ele me dá um beijo calmo e sinto como se estivesse flutuando.

Não sei se um dia esse sentimento vai ser diferente, se as borboletas no estomago vão parar de voar ou se eu vou deixar de ansiar pelo toque dele, mas mesmo se isso acontecer, eu vou fazer as borboletas reviverem e voarem de novo, eu vou querer que ele me toque a todo momento, porque eu escolho o Eros e vou escolher pelo resto dos meus dias.

Separamos nossos lábios e nos encaramos por um momento, um olhar que traz tantos significados.

- Eu te amo. – Digo e ele sorri.

- Eu te amo mais. – Ele acaricia minha bochecha.

Assim que vejo o carro parando do lado de fora eu cumprimento a Olivia com um sorriso e me viro para o Eros.

- Vou deixar vocês dois a vontade para conversar, vou estar no quarto com o Heitor, tudo bem? – Digo e ele me olha confuso. – Esse é um momento de vocês dois, não acho que eu deva estar aqui. – Beijo sua bochecha e ele acena.

Caminho para o quarto e assim que entro vejo o Heitor se remexer no berço brincando com os próprios pés, abro um sorriso involuntário e me aproximo dele.

- Você já está acordado meu amor. – Pego ele nos meus braços. – Hoje você vai conhecer sua outra avó, ela não se dava muito bem com o seu pai e agora os dois precisam de conversar muito. – Heitor balbucia e ri – Você é muito lindo, sabia disso? Mamãe te ama muito. – Encho sua barriga de beijos e ele gargalha.

Grávida do grego misteriosoOnde histórias criam vida. Descubra agora