Capítulo 24

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Eros Demetriou

Existe algumas definições de desespero:

Estado de consciência que julga uma situação sem saída; desesperança.

Estado de profundo desânimo de uma pessoa que se sente incapaz de qualquer ação; desalento.

Estado de consciência que faz com que um indivíduo se sinta sem saída. Ele se sente preso em uma determinada situação e pode ter uma forte sensação de desamparo, além de um desânimo profundo.

Quando abro meus olhos demoro algum tempo para conseguir focar a visão e quando consigo não reconheço o lugar que eu estou, a Kate não está do meu lado e não tem nenhum resmungo do nosso filho, está tudo quieto demais, parado demais e eu não lembro de absolutamente nada.

Meu peito se aperta e me sento em um rompante na cama, procuro na cama e na mesa ao lado o meu celular e não encontro nada.

Apollo

Onde diabos eu estou?

Cadê o Apollo?

Por que eu estou sem meu telefone?

Meu cérebro parece dar voltas intermináveis tentando se lembrar do que aconteceu e meu corpo parece mole demais.

Eu preciso ir para casa, Kate deve estar preocupada.

Encaro meu corpo e permaneço com parte da roupa da festa, exceto pelo terno que está jogado na poltrona ao lado da cama.

Me levanto e caminho até uma das duas portas que tem no cômodo, tento girar a maçaneta, mas a porta está trancada. Bato na porta e tento chamar por alguém, mas não tem barulho nenhum, silêncio absoluto é minha única companhia.

Ok, tem alguma coisa errada.

Verifico as duas janelas tentando abrir e elas não abrem de forma nenhuma.

Desespero, sou tomado pelo completo desespero. Eu preciso sair desse lugar, preciso encontrar o Apollo, preciso falar com a Kate, preciso...

Meus pensamentos são interrompidos quando a outra porta se abre e vejo Apollo que parece tão confuso quanto eu, seus cabelos bagunçados e as roupas amassadas ele cambaleia tentando se equilibrar.

Eu dou passos rápido até ele e seguro seu ombro.

- Você se lembra do que aconteceu? – Pergunto olhando ao redor tentando identificar onde estamos.

- Cara eu não sei, nem me lembro de ter bebido tanto assim... eu só lembro de beber um copo quando seu... – Ele para de falar e arregala os olhos parecendo compreender algo.

Apollo volta para o cômodo que ele estava e procura por alguma coisa e eu o sigo, estou confuso e completamente desesperado.

Kate...

- Meu telefone... – Ele fala jogando os lençóis no chão e procurando o aparelho. – Eros a gente precisa sair daqui, mas que caralho. – Ele xinga e caminha até mim.

Estou paralisado e não consigo pensar em nada além da Kate e do Heitor, ela deve estar preocupada, eu preciso falar com ela e explicar o que aconteceu.

Quer dizer... eu preciso entender o que aconteceu primeiro antes de explicar para ela, afinal eu não faço ideia do que houve ou de onde estamos e pela cara de raiva do Apollo ele também não.

- Apollo...

- Eros eu não me lembro de beber muito, nós chegamos na festa e seu pai nos recebeu com bebidas, depois disso... puff e como se tivesse um branco enorme. – Ele fala andando de um lado para o outro.

Grávida do grego misteriosoOnde histórias criam vida. Descubra agora