Capítulo 8

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Katerine Clark

Na china existe a lenda Akai Ito ou como conhecemos popularmente como a lenda da linha vermelha do destino.

Ela diz que as pessoas que são ligadas pelos Deuses através desse cordão, estão destinadas a ficarem juntos, independente das circunstâncias, local ou hora.

O fio vermelho, uma conexão invisível, pode se emaranhar, pode se esticar, mas nunca irá se quebrar. É a união inquebrável entre duas pessoas.

Eu sempre achei que a pessoa que estava destinada a ficar comigo era o Leonardo, lembro que até usava um linha no dedo mindinho e colocava no dele também quando éramos mais novos.

Quando descobri que ele estava me traindo e vi meu mundo cair bem na frente dos meus olhos, já tem anos que não lembrava dessa lenda.

Mas hoje estou sentada com a minha família e o cara que conheci em outro continente prestes a ter um jantar.

O amigo dele está conversando com o meu pai e ele me encara como se pudesse ler a minha mente.

- A Kate é apaixonada pela cultura grega, comentei com você Eros. – Meu pai dá um sorriso – E vocês dois tem nome de Deuses, deve ser o destino trabalharem comigo.

Eros, filho de Afrodite e simplesmente o Deus do amor. Com suas flechas douradas, ele fere mortais e imortais, que acabam se apaixonando.

Será que ele me acertou? Não tem outra explicação, a gente ficou junto somente por uma noite e eu fiquei obcecada por esse homem.

E se ele for o Deus Eros encarnado...

Não viaja Katerine Clark, coisa de doido.

Apollo segura uma risada e sinto Eros ficar tenso.

- Claro, e é uma honra trabalhar com você. – Eros fala e toma um gole da sua bebida.

- A honra é toda minha, estudou em Harvard e se formou com honras, fora o currículo impecável, vocês dois foram um achado e tanto. – Ele sorri e me encara. – Você está quieta demais, tem certeza de que está bem?

- Estou pai, não se preocupe, acho que só estou impactada com a beleza dos nossos dois novos médicos. – Brinco, Eros parece engasgar-se com a bebida e Apollo dá uma risada.

- Vai matar o homem de vergonha filha. – Meu pai balança a cabeça em negativa e sorrio encarando Apollo e Eros.

- Você também é estonteante Katerine. – Apollo fala e sinto minhas bochechas ficarem vermelhas.

Socorro.

Eros já se recuperou e encara o amigo como se pudesse matar ele, está com ciúmes grego?

- Muito obrigada pelo elogio Katerine. – Eros responde formal.

Jesus

Acho que os hormônios da gravidez estão me deixando doida, porque ele mal falou e já sinto que estou molhada somente com o som da voz dele.

Cruzo as pernas e me remexo inquieta na cadeira.

Vejo mamãe entrar na sala de jantar e se sentar próxima do papai.

- Boa noite meninos, a comida já vai ser servida. Desculpa não os recepcionar eu precisava terminar nosso jantar. – Ela sorri.

- Ela insiste em fazer a comida, e eu não reclamo porque ela tem mãos de fada. – Meu pai beija o torso da mão da minha mãe e sorrio encarando os dois.

- Parem de ser melosos, tem visita. – Falo e encaro os dois homens na minha frente. – E então meninos, Apollo sei que é de Atenas, e você Eros e de onde?

Grávida do grego misteriosoOnde histórias criam vida. Descubra agora