Capítulo 12

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Eros Demetriou

Existe poucos momentos na minha vida que tive medo, um deles foi quando minha mãe me espancou quanto eu tinha cinco anos por desobedecer a suas ordens de não me aproximar dela, lembro de implorar para ela parar e ódio que ela tinha quando me olhava.

Eu nunca entendi por que toda essa raiva de mim, eu era apenas um criança tentando ter a atenção da mãe.

Mas o momento que eu mais senti medo em toda minha vida foi quando vi a kate perdendo a consciência nos meus braços, eu quase entrei em desespero, eu nem sei como consegui chegar com ela no hospital.

Assim que cheguei com ela, colocaram ela em uma maca e começaram a levar ela comigo ao lado.

- Doutor Demetriou, não é da família e não pode acompanhar... – A enfermeira fala com um tom calmo.

- E meu filho e minha mulher eu não vou sair do lado dela, entendeu? – Falo nervoso.

Eu não sou uma pessoa mal-educada, mas quero ver quem é o louco que vai me tirar do lado da Kate agora, quero que alguém tente.

A enfermeira acena concordando e a equipe faz seu trabalho, tento ao máximo não atrapalhar, mas observo cada movimento deles.

- Ela teve um forte pico de estresse, façam uma bateria de... – Sou interrompido.

- O senhor não está aqui como médico, eu sou responsável pela paciente e você o acompanhante, sei que está nervoso, mas preciso que me deixe fazer meu trabalho. – O médico responsável fala.

Aceno com a cabeça concordando.

E torturante estar do outro lado, e não fiquei chateado pela forma que ele falou comigo, sei que estou errado, mas foi automático.

Observo cada movimentos das pessoas presentes na sala, quando o médico usa um aparelho pequeno para verificar os batimentos do bebê meu coração parece que vai saltar pela boca, ele faz várias tentativas...

Eu não sou uma pessoa de muita fé, mas me vejo implorando para qualquer ser superior proteger o bebê e a Kate.

Por favor

Por favor

Eu acabei de descobrir sobre ele, não podemos perder ele...

O médico finalmente encontra os batimentos do bebê e respiro aliviado.

- Achei, tudo certo com o pequeno papai. – Ele fala para mim e não consigo fazer nada além de dar um aceno e encarar um ponto fixo na minha frente.

Vejo Kate acordar e automaticamente colocar as mãos na barriga, me aproximo devagar e seguro sua mão.

- Está tudo bem, ele está bem. – Ela sorri aliviada e aperta minha mão.

- Graças a Deus... – Ela fecha os olhos por um momento e quando abre encaro aquelas orbes verdes sentindo um alívio no peito.

- Você avisou meu pai? – Ela pergunta me encarando.

Puta que pariu, com tudo que aconteceu eu nem pensei nisso.

- Eu liguei para ele, Kate. – A enfermeira que tentou me barrar fala.

Claro que alguém ligou para ele, estamos no hospital dele e a filha dele deu entrada. Eu não tinha a menor condição de lembrar de qualquer coisa, só consegui pensar que eu poderia perder a coisa mais preciosa que eu já consegui fazer, mesmo sem querer...

- Kate, aparentemente está tudo bem, os batimentos do bebê estão normais, os seus sinais vitais estão dentro do esperado. O desmaio pode ter sido pelo pique de estresse que o Eros comentou, precisa se cuidar, isso pode prejudicar você e o bebê, estava esperando você acordar para podermos fazer um exame de imagem, tudo bem? – O médico fala.

Grávida do grego misteriosoOnde histórias criam vida. Descubra agora