Capítulo 9

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Eros Demetriou

Eu sempre fui um homem preocupado com a saúde, pratico exercícios regularmente, faço exames periódicos anualmente e cuido muito bem da minha alimentação do jeito que dá.

Mas desde que vi a Kate hoje senti palpitação, tremores e suadouro.

Isso definitivamente não é normal, sabe o que é pior?

Eu desmaiei

Tipo, PUFF

Cai igual bosta no colo do Apollo.

O motivo?

Eu aparentemente sou o pai do bebê que a Kate está esperando.

Como diabos eu posso ser PAI, eu nem tive um.

Eu sou ótimo com as crianças, elas me adoram, mas eu não nasci para isso, definitivamente esse bebê não pode ser meu.

Quando recobro a consciência encaro o teto, pisco algumas vezes acostumando as vistas com a claridade, ouço algumas vozes vindo de outro cômodo e dou um sobressalto quando ouço meu amigo pigarrear do meu lado.

- Você pagou o maior mico da história. – Ele gargalha alto jogando a cabeça para trás.

- Cara que diabos... – Olho ao redor e não vejo ninguém.

- Você desmaiou por poucos minutos, estamos entre médicos checamos seus sinais vitais e aparentemente foi só uma queda de pressão – Ele analisa meu rosto e olho ao redor procurando as outras pessoas que estavam aqui – Eles estão em outro cômodo tendo uma conversa privada, acredito que os pais da loirinha já entenderam que você é o pai do bebê... nem sei o que te falar, parabéns? – Ele continua me analisando.

Coloco meu rosto entre as mãos e balanço a cabeça.

- Cara eu tenho certeza de que usamos camisinha e...

Antes de concluir sou interrompido pela mulher que tem invadido os meus sonhos e talvez seja mãe de um bebê meu.

- Quando meu pai disse que eu estava grávida falei a mesma coisa. – Ela dá um sorriso fraco – Apollo pode nos dar licença? Preciso conversar com o Eros e acho que seja melhor fazer isso a sós.

- Claro. – Ele se levanta rápido e sai do cômodo em que estamos.

Levanto a cabeça e encaro a loirinha parada na minha frente, ela parece nervosa mordendo o lábio inferior, sei que a situação é séria, mas ela está sexy pra caralho.

O vestido dela é um azul bebê estampado com algumas flores brancas ele e soltinho, mesmo assim marca sua barriga.

Ela se senta ao meu lado e encara um ponto fixo na sua frente.

- Eu nem sei o que dizer para você. – Ela balança a cabeça e vejo seus olhos marejados. – Antes de tudo preciso te falar que não quero obrigar você a participar da vida do bebê ou algo do tipo.

- Eu quero. – Falo sem pensar e ela me olha surpresa.

Nem sei porque disse isso, segundos atrás eu tinha tanta certeza de que esse bebê não é meu, porque diabos eu estou falando isso?

Eu cresci sendo ignorado pela minha mãe e meu pai sendo o pior exemplo masculino que eu poderia ter, nunca deixaria uma criança passar por isso, ainda mais sendo meu filho.

Posso não estar pronto para isso, estar desesperado, mas nunca abandonaria uma criança dessa forma, eu nunca seria como meu pai.

- Eu descobri que estava grávida dois meses depois que voltei para o Brasil, meu pai que insistiu para que eu fizesse o teste. – Ela sorri – Parece até piada, viajei para a Grécia porque descobri uma traição e quando eu volto estou grávida do único cara que eu resolvi transar casualmente em toda minha vida.

Grávida do grego misteriosoOnde histórias criam vida. Descubra agora