Capítulo 27

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POV'Emma

Tiro toda sua roupa, admirando a visão de tê-la totalmente nua em minha cama. Espero que os lençóis absorvam todo seu cheiro, nunca mais voltarei a lavá-los.

Passo minha língua por seu pescoço, me controlando para não deixar marcas. Alyssa se remexe embaixo de mim, agoniada por tão pouco contato.

- Emma...- ela arqueia as costas quando arrasto meus lábios até seus seios. - Por que está tão lenta?

- Não seja apressada, baby.

O problema é que Alyssa é virgem...e eu também. Tanto quero que sua primeira vez seja especial, como me sinto receosa por mim. Não espero que Alyssa faça nada, mas todos esses dias tive que me auto ajudar antes de ir dormir. No entanto, isso não está sendo o suficiente e me sinto frustrada.

- O que há de errado? - ela me puxa para cima, me fazendo ficar na altura de seus olhos.

- Não é nada.

- Você parece está pensativa. Tudo bem se você não quiser fazer nada.

- Não. Eu quero...eu só...

Bufo sem saber como colocar em palavras. Ela me encara com olhos curiosos e tudo o que eu faço é esconder meu rosto em seu pescoço.

- Eu também sou virgem. - minha voz sai abafada, mas audível o suficiente para que ela ouça.

- Você não quer perder sua virgindade comigo então, é isso? - seu corpo fica tenso embaixo do meu, me apresso para explicar.

Saio do meu esconderijo e voltando a olhar em seus olho, esclareço.

- Não. Não é isso. - ela parece se aliviar. - Eu só nunca fui tocada antes, e todos esses dias em que nos beijamos muito, eu também fiquei muito excitada e tive que...me masturbar. - sinto o formigamento em minhas bochechas. - Se a gente fizer coisas além de beijos agora, eu sei o que quero fazer com você, mas não sei o que você deveria fazer comigo. E isso me deixa receosa por que você pode não querer fazer nada de volta, e eu não quero que você se sinta obrigada ou pressionada a fazer algo como retribuição. Você também talvez não saiba o que fazer, daí tudo se tornará constrangedor e o clima vai...

Sou interrompida pelos seus lábios. Ela me beija com um sorriso.

- Você é tão fofa sabia?

Volto a esconder meu rosto em seu pescoço. Minhas bochechas queimam, de repente me sinto completamente tímida.

- Você sempre se preocupa mais comigo do que com você mesma. Sempre cuida de mim e põe minhas vontades e necessidades em primeiro lugar. Sempre cuida de mim e dos meus sentimentos. Eu sempre quis entender o porquê você é assim comigo.

- Porque eu te amo. Não suporto a ideia de você está se sentindo mal seja fisicamente ou sentimentalmente. Eu amo você mais do que a minha própria vida, Alyssa. É por isso que sempre te coloco antes de mim mesma.

Fito seus olhos emocionados por minhas palavras.

- De que forma você me ama?

Ela já perguntou isso em outro momento. E eu menti dizendo algo apenas para não lhe contar a verdade sobre meus sentimentos.

Quando eu levei o tiro e por um momento achei que iria morrer, tudo o que eu pensava era em Alyssa, e no quanto eu queria ter tido mais tempo com ela para mostrar meus verdadeiros sentimentos mesmo que não fosse correspondida. Eu estava satisfeita com todo amor que a dei, mas no fundo parecia que não era o correto morrer ainda porque faltava algo.

Quando acordei deixei esse sentimento de lado. Mas agora, eu estou tentando uma nova oportunidade para os expor, mas não consigo. Ela me rejeitaria se soubesse? Eu perderia até seus beijos que passei a ganhar.

- Que tal se tomarmos um banho? - saio dos meus pensamentos.

Ela mudou de assunto.

Seu rosto está desconfortável, provavelmente pelo meu estendido silencio. Ela se levanta e vai até o banheiro sem esperar minha resposta. Cubro meu rosto com minhas mãos e sinto vontade de me estapear.

Vou até o banheiro atrás dela e assisto ela tomar seu banho. Quando ela sai, ela não veste mais as minhas roupas, veste as suas próprias que estava antes.

- Onde você vai? - franzo o cenho.

- Para casa. - ela responde sem me olhar.

- Achei que você fosse dormir comigo hoje. - coço a nuca.

Alyssa nunca disse que dormiria aqui, falei isso apenas como um convite para ela ficar.

- É melhor não. - ela dá um sorriso forçado.

Quando termina, deixa um beijo em minha bochecha e se vai. Sem dizer uma palavra ou uma despedida descente.

Os dias foram passando e Alyssa, mesmo dizendo que não estava fazendo isso, estava me ignorando. O pior de tudo é que eu não sei qual motivo exatamente a deixou assim. Lembro que ela se chateou por eu não a ter dado uma resposta, mas no fim...sinto que não é apenas isso.

De qualquer forma, dei a ela o espaço que me pediu silenciosamente, tanto ela quanto eu precisava pensar um pouco e isso seria bom para as duas. Meu único desgosto é que isso deu abertura para que ela se aproximasse mais do seu amigo Matt. Mas meu coração se partiu mesmo, quando ela me dispensou, me mandando ir para casa porque iria ao cinema com ele.

- Você não vai. - respondo firme.

- Por que?

Diferente do normal, sua pergunta não foi raivosa. Foi uma pergunta calma como se ela realmente esparrasse por um explicação.

Mas eu não tenho uma. Ou até tenho, mas não uma que posso dizer. A única coisa que posso continuar fazendo, é continuar dizendo que ela não vai porque eu disse que não, mas...sem nenhuma razão aceitável.

Por isso, tentando esconder a tristeza em minha voz, olhando em seus olhos balancei a cabeça em concordância.

- Eu levo você.

Desvio meus olhos dos seus, sendo doloroso demais continua olhando pra garota que amo e que está preste a ir em um encontro com outra pessoa.

- Não precisa, eu vou com o Matt.

Ela olha para trás e eu sigo seu olhar. Lá está ele, a poucos metros de nós, encostado em seu carro com suas mãos no bolso e esperando por ela.

Em outro momento eu teria ficado com raiva, e seria capaz até de socar a cara dele para que nunca mais convidasse Alyssa para sair. Mas até quando eu iria ficar afastando as pessoas de Alyssa por puro ciúme, e impedindo ela de encontrar alguém legal e que se divirta?

Não poderia fazer isso para sempre. Em algum momento ela iria ter que amar alguém e eu teria que solta-la para que ela seja feliz com essa pessoa.

Mas meu amor é diferente do meu trabalho, então disse que ela só poderia ir se eu a levasse. Posso até aceitar que ela fique com outra pessoa, mas ainda não fui dispensada do meu serviço de protegê-la.

Paro o carro atrás do carro de seu colega, em frente ao shopping onde está o cinema. Antes de sair do carro, ela me olha uma ultima vez como se esperasse que eu dissesse algo. Mas eu não tenho nada para dizer.

Ela sai do carro e para ao lado da janela. Seu amigo vem até ela e para ao seu lado, pondo o braço em sua cintura. Olho para sua atitude com sentimentos ruins me sufocado e tento não deixar isso me incomodar tanto.

- Vou ficar aqui te esperando.

Ela me olha com surpresa e iria dizer algo, mas arranco com o carro.

Te Sigo BabyOnde histórias criam vida. Descubra agora